terça-feira, 30 de junho de 2015

Folclore Latino-Americano (1976)



Álbum triplo com um apanhado de algumas das obras mais expressivas da música folclórica latino americana. Constam até duas músicas do repertório brasileiro, com Estelinha Egg e Ely Camargo. 

Faixas:
LADO A

A1 Sapo Cancionero (Los Chalchaleros)
A2 Siete De Abril (Hermanos Abalos)
A3 Cancion Para Mi Canto (Carlos Di Fulvio)
A4 Lamento Negro (Estellinha Egg)
A5 La Obra Bienvenida (Tabare Etcheverry)
A6 Maldigo Del Alto Cielo (Violeta Parra

LADO B

B1 Con El Adios (Eduardo Falu)
B2 Vidala De La Copla (Los Tucu Tucu)
B3 Razon (Jose Larralde)
B4 Anocheciendo Zambas (Los De Salta)
B5 Yo Soy Huancaino (Conjunto Macchu Picchu)

LADO C

C1 Camino Del Indio (Atahualpa Yupanqui)
C2 Si Somos Americanos (Rolando Alarcon)
C3 Si Vas Para Chile (Pedro Messone)
C4 El Condor Pasa (Conjunto Macchu Picchu)
C5 O Canto Da Sereia (Ely Camargo)
C6 Rio Rio (Alberto Rey)

LADO D 

D1 Los Hombres Del Rio (Mercedes Sosa)
D2 El Curanto (Los De Ramon)
D3 Le Tengo Rabia Al Silencio (Suma Paz)
D4 De Mi Esperanza (Los Chalchaleros)
D5 Mi Dicha Lejana (Ginette Acevedo)

LADO E

E1 Gracias A La Vida (Violeta Parra)
E2 Ritmo En El Cuerpo (Conjunto Macchu Picchu)
E3 Mi LLamita (Los Supay)
E4 Cambita Viajera (El Cuarteto SAnta Cecilia)
E5 Recuerdos De Ipacarai (Alberto Rey)
E6 Drume Novila (Nicomedez Santa Cruz)

LADO F

F1 Carnavalito Quebradeño (Hermanos Abalo)
F2 Permiso (Jose Larralde)
F3 No Importa (Los De Salta)
F4 Yo Vendo Unos Ojos Negros (Los Chalchaleros)
F5 Huella De Santos Vega (Suma Paz)


Discos (triplo - sem riscos) e capa em muito bom estado.
Edição Brasileira 1976.
Saindo por R$ 50

Eric Clapton - The Early Clapton Collection (1988)



Além das bandas pelas quais Sir Clapton passou antes de seguir carreira solo (à exceção do Cream), tem-se aqui os The Immediate All-Stars, que surgiu de jams sessions de Clapton & Page (gravadas posteriormente no álbum "GUITAR BOOGIE - ERIC CLAPTON, JEFF BECK & JIMMY PAGE, de 1971), conforme segue abaixo a história completa:

"GUITAR BOOGIE - ERIC CLAPTON, JEFF BECK & JIMMY PAGE (1971)
A história desse álbum começou em junho de 1965, quando o guitarrista Jimmy Page convidou o guitarrista Eric Clapton para ir em sua casa em Miles Road, com o objetivo dos dois fazerem uma jam session no estúdio particular que ficava em sua residência. Desse encontro nasceu o registro de sete faixas instrumentais: "Choker", "Draggin' My Tail", "Freight Loader", "Miles Road", "Snake Drive", "Tribute to Elmore" e "West Coast Idea".

Após fazerem a "jam session" tanto Jimmy Page como Eric Clapton tiveram a mútua opinião de que as faixas gravadas eram apenas um ensaio ao invés de músicas completas, e que esse áudio teria o destino final de permanecer guardado na obscuridade.

O detalhe crucial foi que representantes da gravadora ''Immediate Records'' ficaram sabendo da gravação do ensaio, e se aproximaram de Jimmy Page informando-o de que a gravadora havia adquirido de forma legal os direitos de publicação de todas as gravações que ele havia feito, de acordo com os termos descritos pelo contrato que ele próprio havia assinado. Sem saída e relutante na sua decisão, Jimmy Page deu as gravações da Jam Session para os homens da gravadora, mas como ele estava com grande medo de sofrer um processo judicial, foi convidado a fazer uma limpeza no áudio colocando "overdubs" em cima do que estava originalmente gravado.

Em agosto de 1965 ele entrou no Olympic Sound Studios, no distrito urbano de Barnes, West London, com a nova e breve formação da banda britânica ''All-Stars'' (originalmente chamada de Cyril Davies (R&B) All-Stars). Dentro do estúdio Jimmy Page contou com os membros do ''The Rolling Stones'' (Mick Jagger, Bill Wyman & Ian Stewart), juntamente com o baterista Chris Winters (anotado como um possível pseudônimo para Charlie Watts, baterista do Rolling Stones). Todos esses músicos foram reunidos pela gravadora para formarem a ''The Immediate All-Stars'', com a única finalidade de ajudar Jimmy Page a finalizar as gravações. Após as gravações dos overdubs a formação foi desmontada e cada parte seguiu o seu caminho. (A banda All-Stars que teve a sua última formação contando com Jeff Beck na guitarra, havia encerrado as suas atividades no mesmo ano de 1965)

A gravadora ''Immediate Records'' era gerenciada e também de propriedade de Andrew Loog Oldham, que na época era o empresário da banda ''The Rolling Stones''. Esse detalhe (do retoque das músicas com adição de novos músicos, e do posterior lançamento) foi visto por Eric Clapton como uma traição de confiança por parte de Jimmy Page, danificando profundamente a relação pessoal entre os dois guitarristas, que permaneceram afastados e sem manter contato verbal por muitos anos.

A gravadora ''Immediate Records'' lançou estas faixas de forma oficial ao lado das gravações da banda ''The All-Stars featuring Jeff Beck''. As músicas foram espalhadas nos álbuns em formato de compilação chamados ''Blues Anytime Vol. 1–3''.

Houve também um lançamento chamado ''British Archives Vol. 1–4'', onde as canções figuraram entre os quatro volumes da série. As faixas foram atribuídas inicialmente para Eric Clapton e Eric Clapton e Jimmy Page, mas algumas versões subsequentes traziam créditos de autoria para a banda ''All-Stars''.

O disco foi lançado originalmente em 1971 pela gravadora norte-americana Camden Records. Em 1977 o álbum foi relançado nos Estados Unidos pela gravadora anglo-americana Pickwick Records.

O fato é que essas gravações foram lançadas de forma oficial pelas gravadoras, mas são faixas ilegítimas, pois não são reconhecidas pelos músicos que as fizeram, nem constam na discografia oficial dos mesmos.

Line-up / Músicos (The All-Stars featuring Jeff Beck)

• Jimmy Page – Guitar / Production
• Jeff Beck – Guitar
• Nicky Hopkins – Piano
• Cliff Barton – Bass
• Carlo Little – Drums

Line-up / Músicos (The Immediate All-Stars)

• Jimmy Page – Guitar / Production
• Eric Clapton – Guitar (Original Jam Session)
• Mick Jagger — Harmonica (Overdubs)
• Bill Wyman — Bass (Overdubs)
• Ian Stewart — Piano (Overdubs)
• Chris Winters, possibly Charlie Watts – Drums (Overdubs)

Canções / Faixas

* Todas as faixas são instrumentais.

01 - Choker (Eric Clapton with Jimmy Page) (1:21)
02 - Snake Drive (Eric Clapton) (2:30)
03 - Draggin' My Tail (Eric Clapton with Jimmy Page) (3:56)
04 - Steelin' (The Allstars featuring Jeff Beck) (2:33)
05 - Freight Loader (Eric Clapton with Jimmy Page) (2:43)
06 - West Coast Idea (Eric Clapton) (2:15)
07 - L.A. Breakdown (The Allstars featuring Jimmy Page) (2:02)
08 - Down in the Boots (The Allstars featuring Jimmy Page) (3:22)
09 - Chuckles (The Allstars featuring Jeff Beck) (2:20)
10 - Tribute to Elmore (Eric Clapton) (2:05)"

(Texto extraído do blog: www.barbaro-do-sul.blogspot.com.br)


Neste disco ora anunciados, eis as faixas:

Eric Clapton With The Yardbirds

Got To Hurry
I Ain't Got You
Good Morning Little Schoolgirl
Let Me Rock (Live)
A Certain Girl
Take It Easy Baby (Live)
Too Much Monkey Business (Live)


Eric Clapton with The Immediate All-Stars (Clapton & Page)

Draggin' My Tail
Tribute To Elmore
Snake Drive
West Coast Idea
Choker
Freight Loader
Miles Road


Eric Clapton with John Mayall's Bluesbreakers

Maudie (Live)
Lonely Years
Bernard Jenkins
I'm Your Witchdoctor
Telephone Blues
On Top Of The World


Disco (duplo) e capa (dupla) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1988.
Saindo por R$ 50

Chico Buarque (78)



" 'Uma verdadeira salada de frutas', é assim que Chico define seu disco de 1978, “o da samambaia”. De fato é uma mistureba mesmo, fugindo um pouco de alguns discos anteriores, que apresentavam uma certa unidade. Aqui sãoapresentadas músicas censuradas anteriormente e só liberadas naquela época quando a ditadura começou a afrouxar um pouco os nós. São três, a intrigante Cálice, a libertária Apesar de Você e a lusitana Tanto Mar. Ademais, algumas músicas compostas para o filme Se Segura Malandro e sua peça Ópera do Malandro, Feijoada Completa, O Meu Amor, Homenagem ao Malandro e Pedaço de Mim. Só três músicas foram compostas especialmente para o disco, Trocando em Miúdos, Até o Fim e Pivete. Para fechar o time, Pequeña Serenata Diurna de Silvio Rodriguez, cubano que conheceu na sua primeira de muitas viagens à Cuba, mesmo com a ditadura pegando no pé por isso.

Ao terminar esse álbum, dá a sensação de ter escutado uma coletânea do artista, devido a diversidade de momentos e propósitos das músicas que lá estão. A maior prova disso é Tanto Mar, que é uma segunda versão da música original censurada em 1975 que só foi gravada em Portugal. Homenagem à Revolução dos Cravos, Chico mudou o tempo da letra, passando-a do presente para o passado para “atualizá-la”.
Umas das características que mais gosto em Chico está presente aqui, a brutalidade nas palavras em músicas tão belas. Não tem ser no mundo que não se toque com a beleza de Pedaço de Mim, mesmo sendo tão dura com versos: Oh, pedaço de mim / Oh, metade arrancada de mim / Leva o vulto teu / Que a saudade é o revés de um parto / A Saudade é arrumar o quarto / do filho que já morreu; ou Oh, pedaço de mim / Oh, metade amputada de mim / Leva o que há de ti / Que a saudade dói latejada / É assim como uma fisgada / No membro que já perdi."

(http://tralhasmodernas.blogspot.com.br/2011/01/chico-buarque-1978-chico-buarque.html)


Disco e capa em muito bom estado.
Edição Original de 1978.
Saindo por R$ 20

Creedence Clearwater Revival - Bayou Country (1969)



"Antes de o serviço militar chamar o vocalista John Fogerty e o baterista Dough Cliford, o grupo que se tornaria o Creedence Clearwater Revival gravou alguns discos com os nomes de The Visions e The Gollywogs, fazendo um som pré-psicodélico no estilo inglês. Depois de cumprirem o tempo obrigatório, os rapazes mudaram de nome, abandonaram as pretensões britânicas e lançaram seu LP de estreia em 1968.

Os anos de turnê fizeram da banda uma atração ao vivo de dar água na boca. Claramente ambalada pelo rock primitivo dos anos 50, o Creedence fazia um irresistível rock puro, típico do sul dos EUA, numa volta às raízes que espelhava o caminho ao qual a The Band e Dylan tinham dado as costas, em seus excessos psicodélicos.

Segundo álbum do Creedence, Bayou Country incluiu o primeiro grande sucesso da banda, "Proud Mary", que vendeu um milhão de cópias - uma ode ao barco a vapor do Mississippi composta por Fogerty, que também era vocalista, guitarrista solo, arranjador e produtor do grupo. Ele fez tudo para se perpetuar como um mito sulista em seu trabalho com o Creedence, mas, na verdade, tinha nascido na Califórnia.

Outros destaques são "Good Golly Miss Molly", uma versão de um clássico de Little Richard, "Born on the Bayou", o blues "Graveyard Trin" e "Keep on Cooglin´", em que John Fogerty toca um maravilhoso trecho instrumental de quase oito minutos.

O sucesso deste álbum abriu caminho para os oito singles de ouro e e de platina que o grupo emplacou nos EUA nos dois anos e meio seguintes. Em 1971, uma pesquisa da New Music Express classificou o grupo como a melhor banda do mundo - acima dos Beatles."

(Resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer")

Disco (com sinais de uso-sem riscos) e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira de 1969.
Saindo por R$ 50


Ben E. King - Stand by Me: The Ultimate Collection (1987)



It was Ben E. King's 16th album, yet only his second compilation album. The album was released in 1987 and includes many classic hits such as the standard Stand By Me, plus the original Spanish Harlem and Young Boy Blues.

However, the single In the Middle of the Night, which was released on the Seven Letters album, is one of his better known songs that was overlooked for this compilation.

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1987.
Saindo por R$ 25


Beatles - Revolver (66)



"Antes os Beatles eram fabulosos e geniais; agora, esbanjavam autoconfiança, estampada na misteriosa capa preto-e-branco, uma composição de desenho com colagem criada por Klaus Voorman, que conheciam de seus dias em Hamburgo. Essa confiança está exposta ainda no título ambíguo... E está também nas 14 faixas impecáveis.

Revolucionário para a época - "Estou cansado de fazer coisas que as pessoas podem dizer que já ouviram antes", declarou McCartney -, Revolver repercutiu por décadas. O Earth, Wind & Fire levou o apoio do baixo de "Got to Get You Into My Life" à era disco. O The Jam copiou os riffs de "Taxman" em "Start!" e os Chemical Brothers basearam a sua carreira em "Tomorrow Never Knows".

Revolver é citado como o momento em que os Beatles começaram a se desentender: fizeram seu último show algumas semanas depois do lançamento do disco, Lennon e McCartney não estavam mais compondo juntos e Harrison se remoía de ressentimento.

As vendas foram impressionantes e a elas se somaram os números do único single lançado logo depois "Yellow Submarine/Eleanor Rigby": num lado, uma música eternamente infantil; no outro, um lamento a base de cordas que, mesmo hoje, não se parece com nada na música pop - ambos, como o álbum do qual se originam, simplesmente brilhantes"

(resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer")




Disco e capa (sanduíche) em ótimo estado.
Edição Brasileira Original de 1966 (Mono - selo Odeon).
Saindo por R$ 70



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Elis & Tom (1974)



"Carros, apartamentos, viagens? Nada disso. Em 1974, Elis Regina estava comemorando dez anos na gravadora Philips. Por causa da data redonda, a gravadora queria presentear Elis com o que ela quisesse. A cantora, como não é boba nem nada, acabou optando por gravar um disco com o maestro Antônio Carlos Jobim - aliás, uma ideia original do produtor André Midani -, compositor que Elis mais gravou em toda a sua carreira, seguido de perto pela dupla João Bosco e Aldir Blanc. Sábia decisão, que acabou gerando um dos grandes discos da carreira de Elis, de Tom e de toda a música popular brasileira.

Um parêntese interessante aqui: em 1964 (exatos dez anos antes da gravação deste disco), Elis fez testes para estrelar o musical Pobre Menina Rica, de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na boate Au Bom Gourmet, no Rio de Janeiro. Tom Jobim acabou descartando a cantora - optando por Nara Leão -, dizendo que Elis ainda estava "cheirando a churrasco". Fecha parêntese.

Em seu livro Música, Ídolos e Poder: do Vinil ao Download, André Midani fala um pouco sobre a concepção do álbum. "Elis ia celebrar dez anos de carreira em 1974, aniversário que merecia de todos nós a maior atenção. Menescal e Armando Pittigliani, em particular, queriam produzir um disco espetacular, memorável! Porém... Qual? Essa era a questão. (...) Voltando aos dez anos de carreira de Elis, em consenso com Roberto Oliveira - administrador da carreira de Elis Regina - Menescal, Armando e eu pensamos que Tom Jobim seria o parceiro ideal para a celebração. O maior compositor do Brasil em dueto com a maior cantora do Brasil."

Aceito o convite, Elis e seu marido Cesar Camargo Mariano viajaram para a Califórnia, e quando lá chegaram já estava instalado um clima tenso no ar. Tom Jobim não concordava com o fato de Cesar ficar responsável pelos arranjos, além de implicar com o seu piano elétrico. Tom chegou até mesmo a ligar para os maestros Claus Orgeman e Dave Grusin, que não puderam participar do projeto, por falta de tempo.

Conformado com a situação, o disco começou a ser gravado, com Elis colocando voz praticamente ao vivo nas canções, e Tom tocando piano em algumas faixas e violão em "Chovendo na Roseira". O maestro Bill Hitchcock também participou do LP, regendo uma orquestra de cordas em cinco de suas 14 faixas. O acompanhamento ficou por conta dos músicos que acompanhavam Elis naquele ano: Hélio Delmiro (guitarra), Luizão Maia (baixo), Paulo Braga (bateria) e Oscar Castro Neves (violão), além do próprio Cesar Camargo Mariano (piano elétrico e, eventualmente, piano acústico).

"Águas de Março", a primeira faixa do álbum - produzido por Aloysio de Oliveira e gravado nos estúdios MGM de Los Angeles em fevereiro e março de 1974 - talvez seja o dueto mais famoso da história da MPB. A canção já havia sido gravada anteriormente por Elis, mas o dueto com Tom consegue ser mais fantástico. Os dois casaram as suas vozes de uma maneira perfeita e espontânea, apesar do clima não muito favorável durante as gravações. Outros duetos de Tom e Elis também fazem parte do álbum. "Corcovado", além da voz, conta com o piano de Tom Jobim. As cordas regidas por Bill Hitchcock e o arranjo econômico de Cesar Camargo Mariano, com ênfase na voz da cantora gaúcha, fazem desta faixa outro grande momento do disco.

O famoso "Soneto de Separação", de Vinícius de Moraes, também é outro destaque. As vozes dramáticas de Elis Regina e Tom Jobim, somadas ao piano único do maestro, fazem da gravação uma das mais tristes do repertório de Elis. A última faixa do disco também é mais um dueto; mais do que isso, "Inútil Paisagem" é um encerramento perfeito. Apenas as vozes dos dois e o piano de Tom. Simples, econômico e magnífico.

Mas nem só de duetos vive Elis & Tom. Se as músicas que têm a participação de Tom soam mais dramáticas, as faixas que contam apenas com Elis e sua banda são mais descontraídas e alegres. A impressão que fica é a de que, sem Tom ao seu lado, a cantora relaxou e se soltou mais. "Só Tinha de Ser com Você", "Triste", "Brigas, Nunca Mais" e "Fotografia" são bons exemplos. Todas estas quatro faixas são mais puxadas para a bossa nova, sem o peso das cordas de Bill Hitchcock. A bateria sincopada e a batida característica de violão se sobressaem, e a sonoridade fica bem mais leve.

Em outras faixas, como "Modinha" (com uma interpretação sensacional de Elis), "Retrato em Branco e Preto" e "Por Toda a Minha Vida", Tom participa com o seu piano. O resultado, como pode ser notado, é muito mais tenso e completamente diferente das quatro em que ele ficou de fora. Em "Chovendo na Roseira", Tom Jobim não só tocou piano, como também participou com o seu violão.

Na contracapa do LP, Elis Regina escreveu o seguinte texto: "Nos meus dez anos de gravadora ganhei de presente um encontro com Tom. Foram momentos vividos por duas pessoas muito tensas, que só conseguem se descontrair através da música. Ficou a saudade de um passado recente, em que as cores eram outras e as pessoas mais felizes."

Trinta e seis anos depois, uma coisa é certa: não foi só Elis que ganhou esse presente."

(Por Luiz Felipe Carneiro, jornalista-Esquina da Música, in: http://www.collectorsroom.com.br/2010/01/discos-fundamentais-elis-regina-e-tom.html)




Faixas:
1 Águas de Março 
2 Pois é 
3 Só Tinha de ser com Você 
4 Modinha 
5 Triste 
6 Corcovado 
7 O que Tinha de Ser 
8 Retrato em Branco e Preto 
9 Brigas, Nunca Mais 
10 Por Toda a Minha Vida 
11 Fotografia 
12 Soneto da Separação 
13 Chovendo na Roseira 
14 Inútil Paisagem


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1974.
Saindo por R$ 60


DINOSAUR JR. - WHERE YOU BEEN (1993)



"20 ANOS DE UM CLÁSSICO"

"Alguns grandes motivos fazem o aniversário de 20 anos do disco Where You Been do Dinosaur Jr ser lembrado. Um dos trabalhos mais famosos do grupo liderado por J Mascis acabou se tornando um importante símbolo para uma geração que cresceu na década de 1990 escutando Rock Alternativo e andando de skate. Mais do que isso, é uma excelente obra introdutória àqueles que se depararam pela primeira vez com a banda no ano passado, em um dos melhores discos de 2012, I Bet On Sky.

O disco foi um grande sucesso comercial do grupo. No entanto, não representou uma grande ruptura com o som estridente que tornou o power trio famoso. Foi o último disco com o baterista, Murph, até a reunião total da banda com o baixista Lou Barlow em 2005, outro que já havia abandonado o barco após o disco Bug de 1988. Após Where You Been, Dinosaur Jr. se tornaria quase como um projeto pessoal do seu líder, J Mascis.

No álbum, temos diversos elementos que tornaram o som do grupo realmente único. A voz característica de Mascis, melódica e imutável ao longo de sua carreira, misturada a solos e riffs de guitarra que são, acima de tudo, precisos e barulhentos. Out There, a faixa de abertura, se tornou um dos grandes clássicos do grupo, um hino para uma geração e servindo inclusive de trilha sonora para um programa de TV da MTV no mesmo período.

Start Choppin é talvez um dos singles de maior sucesso da banda. Com guitarra suingada, tem um clima ensolarado, se mostrando extremamente divertida no refrão em falsete, e praticamente desengonçado de Mascis. O riff da música é, até hoje, um dos icones na carreira musical do Dinosaur Jr.

Outros grandes momentos na guitarra são vistos em On the Way e What Else Is New, com acordes rápidos, estridentes e perfeitos para um rolê de skate na rua. Poucas bandas acompanham uma atividade tão bem como Dinosaur Jr. e este disco deveria constar em qualquer playlist skatista, juntamente com um bom par de fones de ouvido.

A capacidade melódica de Mascis, criador de grandes baladas, é vista em canções como Not the Same e Get Me. Sua voz consegue se adaptar facilmente a diversas estruturas musicais, sempre com muita sinceridade percorrendo as suas letras e cordas vocais. Estas canções mostram um lado mais radiofônico do grupo, o que acabaria favorecendo a popularização deste disco no mercado americano e inglês.

Vemos ainda mais baladas ao longo do disco como a belíssima Goin Home e a lenta, e quase letárgica Drawerings, perfeita para ser cantada em momentos longe da sobriedade. Hide e I Ain’t Sayin, no entanto, não deixam o clima se tornar muito meloso, retomando as distorções e barulhos que fizeram a fama da banda. Mas talvez, desde sempre, a capacidade do grupo esteve muito ligada à capacidade de Mascis tocar e cantar tão bem, o que fez com que o lado alternativo da banda se tornasse cada vez mais tangível ao grande público.

Um dos discos mais famosos de um dos símbolos do Rock Alternativo, Where You Been se mostra um item essencial na discografia do Dinosaur Jr. e um excelente ponto de partida para quem quer se aprofundar na banda."

(http://monkeybuzz.com.br/artigos/3672/dinosaur-jr---where-you-been-20-anos-de-um-classico/)




Disco e capa em excelente estado.
Importado Canada.
Relançamento Rhino Vinyl 180 gram.
Saindo por R$ 90

Rolling Stones - Get Yer Ya-Ya's Out! The Rolling Stones in Concert (1969)



É um álbum ao vivo dos Stones, lançado em 4 de setembro de 1970 pela Gravadora Decca no Reino Unido e pela Gravadora London nos EUA, gravado em Nova York e Maryland, em novembro de 1969, pouco antes do lançamento de Let It Bleed. 

Foi o primeiro álbum ao vivo a alcançar o primeiro lugar de vendas no Reino Unido. É considerado um dos melhores álbuns ao vivo de rock já lançado, ao lado de Live at Leeds do The Who, e do Alive! do Kiss.

O Grande sucesso do álbum,aliado ao auge musical da banda tanto em relação às suas apresentações ao vivo, quanto a maestria de suas músicas, em um momento em que os Beatles já não existiam mais, levou muitos adeptos do Rock reconhecerem os Rolling Stones como a maior banda de Rock do Mundo.

Uma razão para lançar um álbum ao vivo foi para combater o lançamento de Live'r Than You'll Ever Be, uma gravação pirata de uma performance Oakland na mesma turnê, a qual andava fazendo muito sucesso entre o público.

Sem fazer turnês desde abril de 1967, os Rolling Stones estavam ansiosos para pegar a estrada em 1969. Com seus dois álbuns mais recentes, Beggars Banquet e Through the Past, Darkly (Big Hits Vol. 2) sendo muito elogiados, as audiências estavam antecipando seu retorno aos palcos. Sua Turnê Americana de 1969, durante novembro e dezembro, teve a participação de BB King (substituído em algumas datas por Chuck Berry), Ike e Tina Turner e Terry Reid, tocando para casas lotadas. 

Essa turnê foi a primeira de Mick Taylor com os Stones, pois Brian Jones havia sido substituído pouco antes de sua morte, em julho. As performances apresentaram a interação da guitarra de Taylor com Keith Richards. Embora tenha participado da gravação de apenas duas faixas de Let It Bleed, foi nesse álbum em que as habilidades de Taylor foram plenamente demonstradas.

Ao contrário do formato usualmente utilizado hoje em dia, no qual se registra o show completo, sem cortes e na sequência da apresentação, na época, o usual era se colocar nos discos faixas independentes, fora da ordem de execução, se priorizando as músicas com melhor execução e resultado ao vivo, até porque, a capacidade de armazenamento dos antigos LP's era bem mais limitada que o das mídias digitais posteriores. Live at Leeds, o clássico álbum ao vivo do The Who, também teve as faixas editadas da mesma forma.

A faixa "Love in Vain" foi gravado em Baltimore, Maryland, em 26 de novembro de 1969. As demais faixas foram gravadas nos dois dias seguintes, no Madison Square Garden em Nova York. No primeiro show foram gravadas 'Jumpin' Jack Flash' e 'Honky Tonk Women' ainda na noite de 27 de novembro e 'Carol', 'Stray Cat Blues', 'Sympathy for The Devil', 'Little Queenie' e 'Street Fighting Man' já na madrugada de 28 de novembro de 1969. Por fim, no segundo show, naquela mesma noite do dia 28, foram gravados 'Midnight Rambler' e 'Live With Me'. As gravações foram trabalhadas durante Janeiro e Fevereiro de 1970, no Olympic Studios de Londres. O produto final contou com vocais novos em meia às faixas, e backing vocais adicionados por Richards em várias outras.

O título do álbum foi adaptado a partir da música "Get Yer Yas Yas Out" por Blind Boy Fuller, mais especificamente do verso ""get your yas yas out the door"". A foto da capa foi tirada no início de fevereiro de 1970, tendo Charlie Watts com guitarras e bumbos penduradas no pescoço de um burro. Foi inspirada na letra da música "Visions of Johanna", composta por Bob Dylan (embora essa letra se refira a uma mula).

Na revisão do álbum para a revista Rolling Stone, o crítico Lester Bangs disse: "Eu não tenho dúvida de que é o melhor concerto de rock já registrado."

"Get Yer Ya-Ya's Out" foi lançado em setembro de 1970, bem nas sessões para o seu próximo álbum de estúdio, Sticky Fingers, sendo muito bem recebido por crítica e público, produzindo enorme sucesso comercial, atingindo por fim o 1º lugar entre os mais vendidos no Reino Unido e 6º lugar nos EUA, onde foi platina. Com exceção de compilações, foi o último álbum que a banda lançou através da Decca Records ou da London Records. A Partir de então, lançariam seus novos discos pela sua própria Rolling Stones Records.




Faixas

Lado A
1. "Jumpin' Jack Flash"   4:02
2. "Carol"   3:47
3. "Stray Cat Blues"   3:41
4. "Love in Vain"   4:57
5. "Midnight Rambler"   9:05

Lado B
6. "Simpathy For The Devil"   6:52
7. "Live With Me"   3:03
8. "Little Queenie"   4:33
9. "Honky Tonk Women"   3:35
10. "Street Fighting Man"  


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1981.
Saindo por R$ 70

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Raimundos (1994)



"Há exatos 20 anos, em 12 de maio de 1994, chegava às lojas Raimundos, disco homônimo de estreia da banda brasiliense Raimundos. No disco, clássicos que marcaram o rock nacional produzindo na década de 90 como Puteiro em João Pessoa, Palhas do Coqueiro e Selim. 

O álbum, lançado pelo selo Banguela Records, da banda paulista Titãs, com a produção assinada por Eduardo Miranda, vendeu mais de 100 mil cópias.

A sonoridade pesada, com letras debochadas e cheias de duplo sentido, colocou a banda na crista da onda e foi o cartão de visitas para um trabalho coerente, mas cheio de altos e baixos. Na época, formado por Rodolfo, Fred, Canisso e Digão o grupo era figurinha tarimbada na televisão, presença garantida em grandes festivais - como o Hollywood Rock e o Monsters of Rock, ambos de 1996. 

Nos primeiros sete anos de carreira, os Raimundos emplacaram dezenas de hits e venderam mais de três milhões de álbuns com Lavô Tá Novo (1995), Cesta Básica (1996), Lapadas do Povo (1997) e Só no Forévis (1999)."

(http://virgula.uol.com.br/musica/rock/album-de-estreia-dos-raimundos-completa-20-anos-listamos-letras-mais-engracadas-da-banda-brasilense)





Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1994.
Saindo por R$ 90

segunda-feira, 8 de junho de 2015

The Velvet Underground (1969)



"Se levarmos em conta a agressividade imposta no debut lançado em 1967 e a completa reformulação dos sons apresentada em White Light/White Heat (1968), com o terceiro registro em estúdio, o The Velvet Underground parecia buscar por um efeito natural de oposição. Musicalmente controlado e livre das experimentações, o disco abre de forma evidente um espaço autoral para a poesia de Lou Reed – agora desacompanhado de John Cale. Cada vez mais influenciado pelas drogas, o músico atravessa grande parte do disco em uma descrição melancólica sobre o próprio cenário que o cerca. Seja ao assinar confissões, em Pale Blue Eyes, ou tingir com ironia os versos de Jesus, a cada passo dado pela obra, Reed se converte em matéria-prima para as composições. 

Melódico, o disco parece crescer dentro do mesmo universo sombrio representado com acerto pela capa do álbum, com todos os sons sendo confortavelmente instalados em um estágio de proximidade. Mesmo a boa forma e os novos rumos não conseguiram atrair a atenção do público, muito mais interessado no peso do novo rock que aflorava naquele momento."

(http://miojoindie.com.br/cozinhando-discografias-the-velvet-underground/)


Disco e capa em excelente estado. Novo.
Relançamento 2010´s. Importado USA 180gram.
Saindo por R$ 100

Van Halen (1978)



"Jimi Hendrix fez da guitarra um instrumento mais amado e respeitado e colocou o mundo ao avesso com suas ‘invenções’. Após o surgimento de Hendrix, era previsível o aparecimento de novos músicos tentando seguir o mesmo caminho e/ou trazendo algumas inovações. O que não se esperava era o surgimento de mais um guitarrista que revolucionasse o mundo com um novo estilo, novos efeitos e técnicas ainda nos anos 70. Porém, o inesperado aconteceu. Menos de oito anos depois da morte de Jimi Hendrix, mais exatamente em 10 de fevereiro de 1978, entrava em cena Edward Van Halen (Guitarra) acompanhado por seu irmão Alex Van Halen (Bateria) e pelos companheiros Michael Anthony (Baixo) e David Lee Roth (Vocais) com o debute auto intitulado do Van Halen.

O álbum começa com “Runnin’ With The Devil”, uma excelente música, que acaba servindo como um ‘aquecimento’ para a segunda faixa, “Eruption”, que se tornou a instrumental mais famosa da história do rock. Não é para menos. Eddie Van Halen inovou, usando e abusando de novas idéias e efeitos e popularizando uma técnica que até hoje muitos pensam ter sido criada por ele: o uso das duas mãos no braço da guitarra, o two hands, tapping, entre outros nomes que descrevem a técnica que Eddie usou e POPULARIZOU. Na verdade, violonistas clássicos já usavam disso na interpretação de algumas composições e outros guitarristas também, porém, nenhum deles havia inserido essa técnica de forma tão intensa e expressiva em uma música, como Eddie fez em Eruption e no decorrer de todo o primeiro álbum do Van Halen.

Depois da verdadeira “erupção” na segunda faixa, vem uma versão para “You Really Got Me”, escrita por Ray Davies (Kinks), mas que também se tornou sucesso depois de passar pelas mãos de Eddie & cia. Na sequência, as inesquecíveis “Ain’t Talkin’ ‘Bout Love” e “I’m The One”, que apresentam ao mundo um vocalista talentoso, que também influenciou toda uma geração com seu jeito de cantar, de se vestir e de atuar nos shows. E o espetáculo que é o debute do Van Halen não para por aí. “Jamie’s Cryin”, “Atomic Punk”, “Feel Your Love Tonight”, “Little Dreamer”, “Ice Cream Man” (escrita por John Brim) e “On Fire” mantém o ritmo das cinco primeiras faixas bombásticas. Aliás, “On Fire”, foi muito bem escolhida para finalizar essa obra de arte, pois, desde a “erupção”, o álbum segue “incendiando” com músicas criativas e bem compostas, que mostravam influências do passado aliadas a inovações que, até hoje, fazem o presente e dão o caminho para o futuro.

O álbum “Van Halen” é indicado a todas as pessoas. Fãs de pop, rock, heavy metal, jazz, blues, country, música clássica e todos os outros estilos, já que, neste álbum, nasce uma geração que constrói uma nova era, com pessoas influenciadas pela guitarra de Eddie, ou pelos backing vocals agudos de Michael Anthony ou então pelo modo de se vestir e cantar de David Lee Roth. Definitivamente, um álbum indispensável, que teve e ainda tem enorme importância no meio musical e também social."

(http://whiplash.net/materias/cds/003207-vanhalen.html)

Disco e capa (com algum desgaste) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1988.
Saindo por R$ 50

sábado, 6 de junho de 2015

Jorge Ben - Negro É Lindo (1971)



É seu oitavo álbum de estúdio, lançado em 1971, e é o terceiro e último no qual o artista é acompanhado pelo Trio Mocotó.

Lado A

1. "Rita Jeep"   3:02
2. "Porque É Proibido Pisar na Grama"   4:54
3. "Cassius Marcello Clay"   Jorge Ben Jor / Toquinho 3:41
4. "Cigana"   3:14
5. "Zula"   2:56

Lado B

1. "Negro É Lindo"   3:03
2. "Comanche"   2:55
3. "Que Maravilha"   Jorge Ben Jor / Toquinho 4:05
4. "Maria Domingas"   3:41
5. "Palomaris"   3:04


"Simples e calmo como um fim da tempestade: este é um disco sem sobressaltos, apesar da efervecência do tema. Na homenagem definitiva de Jorge à sua 'raça de todos as cores', o desfile da nega 'Zula' e a elegância do campeão 'soul (ou so?) brother' 'Cassius Marcelo Clay' são sintomas da ascensão e resistência negra.

Neste arco-íris, o pote de ouro está espalhado por aí: 'Rita Jeep' (um revival do flerte com a mutante e seu jeep amarelo Charles (!), 'Porque é proibido pisar na grama' (pérola rara, o futuro incomoda o eterno presente) e uma límpida, flutuante 'Que maravilha'."

(http://somdubaum.blogspot.com.br/2007/03/jorge-ben-negro-lindo.html)

Disco e capa em excelente estado. Novo.
Edição Brasileira, relançamento Polysom.
Saindo por R$ 80

Pink Floyd - Works (1983)



É uma coletânea do Floyd, lançada em 1983 pela Capitol Records. Apesar de ter sido fraco nas vendas, o disco é procurado por colecionadores por conter a faixa "Embryo", até então gravada apenas em uma coletânea da gravadora Harvest Records.

Faixas
"One of These Days" – 5:50
De Meddle
"Arnold Layne" – 2:52
Single, de Relics
"Fearless" – 6:03
De Meddle
"Brain Damage" – 3:50
De The Dark Side of the Moon
"Eclipse" – 1:45
De Dark Side of the Moon
"Set the Controls for the Heart of the Sun" – 5:23
De A Saucerful of Secrets
"See Emily Play" – 2:54
Single. Também de Relics
Several Species of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving with a Pict" – 4:47
De Ummagumma
"Free Four" – 4:07
De Obscured by Clouds
"Embryo" (Roger Waters) – 4:39
Da coletânea de vários artistas Picnic - A Breathe of Fresh Air, de 1970


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1985.
Saindo por R$ 50

Iron Maiden - Somewhere in Time (1986)



"O lançamento de "Somewhere in Time" foi estrondoso e as vendas foram muito boas, mas logo começaram as críticas em relação ao disco. Os fãs mais fervorosos acusavam a banda de ter mudado muito o seu som e estarem se tornando mais comerciais, visando especialmente o mercado americano.

Apesar de todo o alvoroço causado na época, atualmente este é considerado um verdadeiro clássico da Donzela, figurando facilmente entre os preferidos pelos fãs. Abro aqui um parêntese para citar o porquê este review me será muito especial.

Simplesmente pelo fato deste álbum, junto com "...And Justice for All", do METALLICA, ser considerado por mim o melhor disco de todos os tempos. "Somewhere in Time" tornou-me um verdadeiro fã de boa música e me fez aprender a curtir cada detalhe de uma canção. Este disco não é apenas um grande álbum de Heavy Metal, ele é uma verdadeira obra-prima da música moderna.

De cara, "Somewhere in Time" já chama a atenção pela sua maravilhosa arte de capa. A ilustração, novamente feita por Derek Riggs, possui inúmeros detalhes que nos remetem a história da banda. Falaremos destes detalhes mais adiante.

Como já citado anteriormente, a banda optou neste disco por uma musicalidade e temática futuristas, baseando-se especialmente no filme "Blade Runner", de 1982. Não se trata necessariamente de um disco conceitual, mas as músicas em geral falam sobre o tempo e a relação das pessoas com ele. Bruce Dickinson não teve participação nas composições e isso gerou certo desconforto entre os músicos, Harris ainda figurava como principal compositor e Adrian Smith participa com mais efetividade que outrora na parte criativa.

Mantendo a mesma formação desde "Piece of Mind", o entrosamento da banda já é algo indiscutível, a forma como cada nota se encaixa beira a perfeição. A dupla que Adrian Smith e Dave Murray fazem nas guitarras se tornaria uma das mais importantes e influentes do Heavy Metal, neste disco a dupla chega a seu ápice criativo, despejando riffs memoráveis e alguns dos melhores solos de toda sua carreira. Bruce Dickinson, apesar de não ter participação na criação das músicas, mostra mais uma vez todo seu potencial imprimindo sua personalidade inconfundível a cada faixa do disco. Steve Harris também vive um de seus melhores momentos em técnica e composição e junto com Nicko McBrain, que demonstra uma técnica e velocidade monstruosas, formam uma cozinha impecável.

O disco abre com a veloz e variada "Caught Somewhere in Time". Após uma introdução calma e melodiosa que deixa clara a proposta da banda para o disco, a velocidade toma conta da música, especialmente na bateria, onde Nicko demonstra uma técnica absurda no bumbo, sem sequer utilizar pedal duplo. Cheia de variações, a música vai evoluindo até chegar aos solos, onde Smith demonstra toda sua versatilidade e virtuosismo, sem perder o feeling. Diferente dos discos anteriores, onde a banda abria com uma faixa mais direta, "Caught Somewhere in Time" é uma música longa e em seus mais de 7 minutos mostra-se bastante complexa e variada, apesar do peso e velocidade constantes.

"Wasted Years" é o maior hit do disco e seu single fez bastante sucesso na época. Sem muita frescura e virtuosismo desnecessário, a música apresenta uma introdução interessante, um refrão pegajoso e se desenvolve em uma estrutura melódica bastante simples, mas eficaz. Nesta música Adrian Smith apresenta mais um solo extraordinário.
O disco mantém uma regularidade impressionante. Sua qualidade é tão constante que torna-se praticamente impossível destacar este ou aquele aspecto. Em "Sea of Madness", por exemplo, Steve Harris e Nicko McBrain iniciam a música com uma levada interessantíssima, o já famoso andamento cavalgado de Harris contrasta com o peso das variações de Nicko. Em seguida Dickinson entra com sua interpretação arrebatadora chegando ao ápice no refrão, onde é impossível não cantar junto, a plenos pulmões. Por fim, os riffs de Murray e Smith presentes em toda a extensão da música são empolgantes e precisos.

"Heaven Can Wait" é a música melhor aproveitada ao vivo pela banda, especialmente devido a seu ritmo empolgante e refrão bombástico. A música inicia com uma sequência distinta de notas e uma melodia cortante acompanhada da bateria precisa de Nicko McBrain. Assim como a faixa de abertura, "Heaven Can Wait" é uma música mais embalada, com um ritmo mais rápido, mas ainda assim sobra espaço para solos e melodias precisos. Sua letra é soberba, de longe a melhor do disco e fala sobre uma pessoa recebendo nova oportunidade de continuar vivendo.
Vale destacar que, diferente dos discos anteriores que possuíam alguns momentos mais interessantes, outros um pouco menos inspirados, "Somewhere in Time" mantém o mesmo nível em todo seu decorrer, sem músicas que se sobressaem. "The Loneliness Of The Long Distance Runner", apesar do título esquisito é uma música incrível. Ela inicia com belas melodias e vai ficando mais encorpada conforme vai se desenvolvendo, com mudanças constantes de ritmos e quebradas de tempo diversas que culminam em mais dois solos inacreditáveis, um mais lento e melodioso de Adrian Smith, outro mais rápido e preciso de Dave Murray.

"Stranger in a Strange Land" começa com Harris e McBrain novamente demonstrando seu entrosamento. Trata-se de uma faixa mais cadenciada, mas ainda assim muito pesada. Adrian Smith nos presenteia nesta canção com o solo mais bonito do disco e provavelmente um dos melhores de toda a sua carreira, ele é também o autor da letra que fala da história de um explorador que visitava o Ártico, morreu congelado e depois de cem anos seu corpo foi encontrado preservado por outros exploradores. Esta faixa também foi lançada como single, mas apesar de sua qualidade não obteve o mesmo sucesso que "Wasted Years".

A única participação de Murray como compositor no disco se dá em "Dejà Vu", que junto com Steve Harris não decepciona. A música começa com um dedilhado belíssimo e uma melodia bastante emotiva. Uma música bastante moderna, que soa atual mesmo após quase 30 anos de sua gravação. A velocidade é predominante e os duetos de guitarras estão por todos os lados. O termo "dejà vu" é francês, e diz respeito à sensação de já ter vivenciado uma situação anteriormente. ("Feel like i've been here before", "Sinto como se já tivesse estado aqui antes").

Fechando o disco temos a épica "Alexander the Great". Apesar do descaso da banda para com essa obra-prima, ela figurava na lista das preferidas de muitos fãs, inclusive na minha. Após uma introdução narrada, o instrumental e a parte lírica se completam de forma inexplicável, chegando ao ápice no refrão bombástico. Todas as melodias e harmonias se encaixam de forma perfeita e a música se desenvolve em diferentes climas de forma que ao transcorrer seus quase 9 minutos você sente que ela poderia ainda se prolongar por outros 30.

Apesar de tantos adjetivos que "Somewhere in Time" carrega consigo, a maioria de suas canções não foram aproveitadas após a turnê do disco. Apenas "Wasted Years" e "Heaven Can Wait" ainda são lembradas em alguns shows da banda. Mesmo a épica "Alexander the Great", considerada umas das melhores músicas da banda, nunca foi executada ao vivo. Enfim, como somente o tempo pode provar muitas coisas, este disco se tornou um clássico, reverenciado pela maioria dos fãs de Heavy Metal, mesmo aqueles que torceram o nariz para o disco na época em que foi lançado.

Curiosidades a cerca da capa de "Somewhere in Time":
Pode não ser a mais bonita, mas com certeza a capa de "Somewhere in Time" é a mais interessante da carreira do IRON MAIDEN. A capa deste disco, ilustrada pelo famoso Derek Riggs apresenta diversos detalhes a respeito da história e das músicas da banda, além de outros detalhes divertidos. Veja a seguir alguns detalhes a respeito desta arte genial:

- "This is a very boring painting", mensagem escrita ao contrário atrás da perna direita do Eddie;
- Aces High bar, com um avião da Segunda Guerra Mundial voando ao fundo. (Referência à música "Aces High", do álbum "Powerslave");
- Ancient Mariner Seafood Restaurant. (Referência à música "Rime of the Ancient Mariner", do álbum "Powerslave");
- Eye of Horus sobre o anúncio da Webster à esquerda da arma de Eddie. (Referência à música "Powerslave", do álbum "Powerslave");
- Phantom Opera House. (Referência à música "Phantom of the Opera", do álbum "Iron Maiden");
- Na contra-capa vê-se um homem em queda livre, trata-se de Icaro caindo do sol com as asas de cera em chamas. (Referência à música "Flight of the Icarus", do álbum "Piece of Mind");
- O relógio na contra-capa, no viaduto, marca 23:58. (Referência à música "2 minutes to midnight", do álbum "Powerslave");
- "Tonight GYPSY'S KISS", abaixo do relógio. (Referência à primeira banda do baixista Steve Harris);
- Live After Death e Blade Runner são os filmes em cartaz no cinema. (Referência ao disco ao vivo, "Live After Death" e ao filme "Blade Runner", no qual o disco "Somewhere in Time" é inspirado);
- O cinema é o Philip K. Dick, que é o autor de "Do Androids Dream of Electric Sheep?", em que o filme "Blade Runner" foi baseado.
- Ruskin Arms (Velho pub onde o IRON MAIDEN tocava no início da carreira);
- The Rainbow Bar (Outro clube que a banda frequentava nos primórdios);
- Marquee Club (Mais um velho clube freqüentado pela banda);
- Hammerjacks (Um dos bares favoritos da banda nos EUA, "Hammerjacks Night Club" em Baltimore, no estado de Maryland);
- Tehe's bar é o local onde a banda conseguiu as pessoas que contam os Backing Vocals de "Heaven Can Wait". Batman está embaixo do anúncio do Tehe's bar;
- West Ham 7 x 3 Arsenal. Placar de futebol mostrando a vitória do time preferido da banda, West Ham;
- Long Beach Arena (Referência ao lugar onde foi gravado o disco ao vivo, "Live After Death");
- Nicko McBrain veste uma camiseta com o dizer "Iron What?";
- "Bradbury Hotels International" (Referência ao autor Ray Bradbury de clássicos como "Ice Nine", "The Martian Chronicles", etc.);
- As pirâmedes na contra-capa fazem referência à capa do disco "Powerslave";
- Próximo às pirâmides pode-se ver a sombra da morte;
- Os letreiros escritos em japonês fazem referência ao disco ao vivo "Maiden Japan";
- "Maggies revenge" na contracapa faz referência à primeira ministra britânica Margareth Tatcher, que teve uma confusão com o Iron Maiden por volta de 1980 em virtude dos singles "Sanctuary" e "Women In Uniform", que a ilustravam morta por Eddie no chão e escondida atrás de uma parede observando Eddie, respectivamente;
- A rua em que Eddie se encontra é a Acacia Avenue (Referência a música "22 Acacia Avenue" do álbum "The Number of the Beast");
- Em uma das janelas da Acacia Avenue há uma garota sentada próximo à uma janela, ela é supostamente a prostituta Charlotte (Referência a música "Charlotte the Harlot", do álbum "Iron Maiden");
- Bruce Dickinson segura um cérebro em suas mãos (Referência ao disco "Piece of Mind");
- Há uma lixeira embaixo da perna esquerda de Eddie junto a um poste de luz. Estes objetos constam na capa do álbum de estréia, "Iron Maiden";

Outras curiosidades:
- Devido a falhas na gestão financeira da banda na época, pouco material da turnê foi gravado em vídeo, visando redução de gastos, fazendo com que registros ao vivo dessa época sejam raríssimos;
- Pela primeira vez desde o lançamento do 'debut' "Iron Maiden", a banda passou um ano sem lançar discos, lançando "Powerslave" em 1984 e "Somewhere in Time" em 1986;
- As músicas que foram regravadas por outras bandas foram as seguintes: "Wasted Years" (FATES PROPHECY, THUNDERSTONE, NOCTURNAL RITES, SKUNK D.F, DEVILDRIVER, SIGMA), "Sea of Madness" (PROTOTYPE), "Stranger in a Strange Land" (DISBELIEF, ERROR SEVEN), "Alexander the Great" (ELEVENTH HOUR), "Caught Somewhere in Time" (MADINA LAKE)

(Fonte: Resenha - Somewhere in Time - Iron Maidenhttp://whiplash.net/materias/cds/183107-ironmaiden.html#ixzz2cdqwjRjm)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1986.
Saindo por R$ 50,00