quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Adriana Calcanhoto - Enguiço (1990)



Muito conhecida hoje por trabalhos autorais, já que nos últimos CDs a maioria das canções são de autoria própria, nesse primeiro disco ela optou por priorizar seu lado intérprete, ainda que também tenha músicas próprias, como “Enguiço” (que deu nome ao disco) e “Mortaes”.

Embora eu goste muito de suas composições que certamente contribuíram para consolidar sua carreira nesses mais de vinte anos, esse primeiro disco acabou ficando marcado por algumas interpretações de canções de outros músicos, mas que com a voz e arranjos dela, adquiriram vida própria.

Eu hoje ando atrás de algo impressionante... Que me mate de susto... Um impulso...Um rompante...
Depois de iniciar com a citada “Enguiço”, ao som de uma banda de metais (saxofones, trumpetes, trombones, etc), vem “Naquela Estação”, bela canção de João Donato, Caetano Veloso e Ronaldo Bastos que tocou muito nas rádios na época e serviu para apresentar Adriana Calcanhoto ao público:
e o meu coração embora...finja fazer mil viagens...fica batendo parado naquela estação...

Em seguida, ela transformou completamente a canção do Roberto e Erasmo “Caminhoneiro” (cuja original eu particularmente não gostava). Com novo arranjo e uma voz límpida, o resultado ficou muito bom. Em seguida, fez a mesma coisa com “Sonífera Ilha”, desacelerando completamente a conhecida música dos Titãs, incluindo cordas e empregando à canção um novo sentido.
Disseram que voltei americanizada... Com o burro do dinheiro, que estou muito rica...Que não suporto mais o breque de um pandeiro...Que fico arrepiada ouvindo uma cuíca...

Ao interpretar velha canção de Luiz Peixoto e Vicente Paiva feita para Carmen Miranda, quando retornou ao Brasil após sua primeira viagem aos Estados Unidos, Adriana Calcanhoto consegue outro belo resultado.
Meu bem o azar foi seu...eu ganhei o carnaval....porque você perdeu...e me perdeu...

Na sequência, Calcanhoto desfila seu “Orgulho de um Sambista”, de Gilson de Souza numa suave canção de amor de carnaval.
Nunca... em que o mundo caia sobre mim...Nem se Deus mandar nem mesmo assim...As pazes contigo eu farei...

Fiel às suas origens (ainda que hoje seja, antes de tudo, uma cantora brasileira), ela ainda inclui no repertório “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues, o mais clássico compositor gaúcho, novamente acompanhada por instrumentos de cordas que valorizam sua voz.
Depois de “Pão Doce” de Carlos Sandroni, que conta com a participação do também gaúcho Renato Borghetti (Borghettinho) e de “Mortaes”, a segunda música autoria própria nesse seu primeiro disco, ela finaliza com a bem humorada “Injuriado” de Eduardo Dusek, acelerando o ritmo, dando boa demonstração de sua versatilidade.
Quando voltei foi então que pude constatar
Que não adianta fazer nada
Pra essa coisa melhorar
E então melhorei!...

Desde o lançamento desse disco, Calcanhoto (que também desenvolve excelentes trabalhos paralelos como Adriana Partimpim) vem consolidando cada vez mais sua carreira e hoje é, certamente uma das cantoras e compositoras brasileiras mais versáteis. E embora discos posteriores dela possam ser considerados até melhores, Enguiço serviu como cartão de visita de uma intérprete que concilia suavidade com personalidade. Felizmente para nós, ela seguiu atrás de algo impressionante.

(http://1001br.blogspot.com.br/2011/10/adriana-calcanhoto-enguico-1990.html)

Disco em excelente estado. Capa em ótimo estado; com encarte.
Edição Original 1990.
Saindo por R$ 15

Alberta Hunter - Remember my Name (1979)



É uma das lendas do século 20, e tinha uma vida muito intensa e mostra isso na sua maneira de cantar. Suas gravações de jazz e clássicos do blues são simplesmente incríveis. Ela foi uma cantora pioneira cujo caminho cruzou o jazz, o blues e a música pop. Ela fez contribuições importantes para todos esses gêneros e teve uma carreira que sobreviveu seis décadas. Viajou extensivamente por conta própria a partir de 1925, quando ela comprou uma passagem para a França. 

Alberta Hunter foi um das primeiras cantoras negras, juntamente com Sippie Wallace, a fazer a transição dos humildes prostíbulos e clubes onde se apresentava para a ribalta internacional. Ela se tornou parte da era do jazz, e deu a Bessie Smith uma de suas composições, ‘Downhearted Blues’. Ela cantou em prostíbulos e cantou para Al Capone e para Eisenhower. Ela viajou o mundo, cantou em Londres e gravou com Louis Armstong e Duke Ellington. Então, ela desapareceu da música e trabalhou como enfermeira durante vinte anos atendendo a pacientes que não tinham idéia de quem ela tinha sido.

Alberta desafia qualquer categorização e sua longevidade como artista popular é igualada por poucos. Com oitenta anos ela encenou um retorno impressionante à música deixando sua marca como cantora de jazz e blues para multidões e com quatro novos álbuns antes de sua morte. Uma mulher incrível. Gravou ‘Amtrak Blues’ com 83 anos. A música ‘My Handy Man’ com Alberta, em comparação com a versão de Ethel Waters em 1920, é pura diversão. Sim, Alberta era uma mulher muito velha quando gravou este álbum e ainda assim desfrutou completamente de si mesma e cantou sobre sexo com dignidade e credibilidade. Este álbum é uma jóia absoluta. Sua voz está até melhor do que em 1920. Uma voz que eu prefiro, áspera e de personalidade mundana que ela adquiriu ao longo dos anos.

Quando ‘The Glory of Alberta Hunter’ foi gravado, Alberta Hunter tinha 87 anos e estava desfrutando de seu renascimento como artista. Grande sobrevivente da década de 20, Alberta estava, de algum modo, persuadida a retornar ao estágio em que se tornou grande estrela da vida noturna de Nova York. Neste álbum, apoiada por grandes músicos, Alberta está claramente se divertindo. 

Curiosamente ela não era tão interessante quando mais jovem em comparação com pesos pesados da época, mas a idade lhe deu a liberdade do charme que não tinha antes. Basta ouvir como ela termina ‘I've Had Enough’: ‘And if I never see you again brother...good bye, sayonara, au reuvoir, see ya see ya, auwiedersehn, hasta la vista…’. Rindo de si mesma é uma despedida rancorosa de uma amante. Ou em ‘Sometimes I'm Happy', batendo palmas e incentivando os músicos como se eles estivessem na casa dos 80 anos e não o contrário. Impossível não gostar. 

Alberta nasceu em Memphis. Seu pai abandonou a família quando ela nasceu, e sua mãe tornou-se o ganha-pão trabalhando como empregada doméstica em um bordel. E Albeta passou a infância entre uma mãe rigorosa, que lhe ensinou a ser auto-confiante e respeitar a si mesma, e uma avó que viu nela potencial e o desejo louco de viajar. Sua educação musical precoce veio de sua exposição às bandas de blues da Beale Street. Quando W.C. Handy veio a Memphis com seu blues em 1905, Alberta correu para ouvir. 

Aos dezesseis anos, ela fugiu para Chicago e foi descascar batatas em uma pensão. Cativada pela vida noturna da cidade, começou a se apresentar em bordéis e clubes. Sua estréia profissional foi no clube ‘Dago Frank’, um lugar freqüentado por bandidos. Alberta permaneceu ali por dois anos e só saiu depois que o clube foi fechado. Sua mãe se juntou a ela em Chicago logo depois. As duas desenvolveram a política do ‘não pergunte, não diga’ para que não fosse discutido a sua homossexualidade ou os problemas conjugais de sua mãe. E ela foi cantar em clubes um pouco mais respeitáveis. Em 1915 ela estava cantando no ‘Panama Café’, um clube da moda que servia a clientela branca. Este lugar também foi fechado depois de um assassinato.

Em 1919 era celebridade em Chicago, e começou a prestar mais atenção à sua imagem. Nessa época havia poucos artistas abertamente homossexuais, e cantores de blues e jazz eram obrigados a ostentar a falsa heterossexualidade e Alberta não foi exceção. Casou-se com o garçom Willard Saxby Townsend do clube onde cantava, mas o casamento nunca foi consumado. Dois meses depois Townsend pediu o divórcio que só foi concedido em 1923. E Alberta Hunter já estava morando em Nova York com o grande amor de sua vida, Lottie Tyler, sobrinha do comediante americano Bert Williams. Em 1927, ela e Tyler embarcaram para Paris, onde Josephine Baker já era uma estrela. Foi uma oportunidade para escapar do racismo e preconceito norte-americano e se tornar reconhecida por seu talento. No entanto Paris foi também onde ela rompeu com Tyler, que se tornaram boas amigas depois. Em 1928, sem Tyler, que tinha retornado aos Estados Unidos, Alberta deixou Paris e foi para Londres.

Sua primeira aparição profissional em Londres, dois dias depois que ela chegou, foi no Picadilly Circus. Depois de um breve retorno a França, para abrir o ‘Cotton Club’ de Paris retornou aos Estados Unidos em 1929. Se ela pensou que o seu sucesso absoluto em Paris e Londres seria suficiente para abrir as portas nos Estados Unidos ela estava enganada. A depressão econômica mantinha as pessoas longe das casas noturnas. Em 1934 ela foi para Copenhagen, na Dinamarca. E novamente para Londres. Quando a segunda grande guerra estourou e Paris caiu nas mãos dos nazistas, artistas negros retornaram a Nova York, fazendo com que a concorrência por empregos fosse muito aguerrida. Adicionando a isso surgiu uma nova geração de cantoras liderada por Ella Fitzgerald, Billie Holliday, e Lena Horne. E a carreira de Alberta esfriou. 

Imperturbável ela encontrou uma nova carreira, cantando para os soldados americanos na Segunda Guerra Mundial como membro do ‘United Service Organizations’ (USO). Experimentou um ataque aéreo e em teatros se apresentou para o general Eisenhower, o marechal Montgomery e Marshal Zhukov. Mais tarde continou a entreter os soldados durante a Guerra da Coréia. Alberta Hunter saiu do show business por duas décadas a partir de 1956, e foi trabalhar como enfermeira em um hospital na cidade de Nova York. Ela somente quebrou a rotina em 1961, a fim de gravar um álbum com seus velhos amigos Lovie Austin e Lil Hardin Armstrong. 

Nenhum de seus pacientes ou colegas de trabalho do hospital tinha a menor idéia de quem ela era ou quão famosa ela tinha sido, e Hunter preferiu dessa maneira. Aposentou-se como enfermeira em 1977, e em 1981 estava pronta para voltar à estrada. Gravou quatro discos incluindo o extraordinário ‘Amtrak Blues’, que para muitos jovens fãs são os registros definitivos de Alberta Hunter. 

Curiosamente, estes mesmos fãs têm pouca paciência para o seu doce e precioso cantar dos anos 20, e pouca tolerância para o seu trabalho nos anos 30 com Jack Jackson. No entanto, todas as gravações de Alberta são interessantes e importantes para o jazz e o blues. Ela continuou a se apresentar quase até o fim. Em Denver, no verão de 1984, ela finalmente decidiu que não podia mais continuar e voltou ao seu apartamento em New York. Alberta Hunter faleceu pouco depois.

Neste disco Alberta compôs e interpretou as canções para o filme "Remember my Name", escrito e dirigido por Alan Rudolph, produzido por Robert Altman e protagonizado por Geraldine Chaplin e Anthony Perkins. 

(http://pintandomusica4.blogspot.com.br/2010/08/alberta-hunter.html)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1979.
Saindo por R$ 25


The Allman Brothers Band - Enlightened Rogues (1979)



35 Years Ago: The Allman Brothers Band Release ‘Enlightened Rogues’

In January 2014, guitarists Warren Haynes and Derek Trucks announced their plans to leave the Allman Brothers Band at year’s end, prompting longtime leader Gregg Allman to proclaim the band’s simultaneous retirement. However, you shouldn’t bet against an eventual rebirth, since the iconic southern rockers made their first comeback from an extended “breakup” in Feb. 1979 via their ‘Enlightened Rogues’ LP.

Three years earlier, the Allmans had conclusively ground to a halt, when years of personal tragedies (brother Duane and Berry Oakley’s crushing deaths), escalating substance abuse, diminished inspiration, competing solo careers and celebrity wives culminated in Gregg ratting out his road manager to beat federal drugs rap.
But musical marriages seem to heal all wounds, in time, because by December 1978, Gregg, Dickey, plus drummers Jaimoe and Butch Trucks were already working together again as the Allman Brothers Band — this time complemented by guitarist Dan Toler (latterly of Betts’ solo outfit, Great Southern) and bassist David Goldflies — at Miami’s Criteria Sound Studios.

Even longtime producer Tom Dowd was back on the team, but ‘Enlightened Rogues’ tellingly saw Dickey Betts running the show, creatively speaking, thanks to multiple contributions like the country-inflected ‘Crazy Love,’ the instrumental ‘Pegasus,’ the Latin-flavored ‘Try it One More Time,’ dreamy ‘Sail Away,’ and pure southern rocker ‘Can’t Take it With You.’

Gregg, for his part, simply weighed in with the mellow, weary and mournful ‘Just Ain’t Easy,’ which seemed to carry the weight of the world on its shoulders but, thankfully, not the rest of the album (rounded out by a pair of covers), nor the inherent pressures and tall expectations associated with an Allman Brothers reunion.

This, in the event, clearly met with success. The reshuffled band was warmly embraced by most critics and certainly their fans. While it proved no blockbuster at the cash register, ‘Enlightened Rogues’ performed well enough to get the Allman Brothers Band back on track for a few years.

Still, true stability wouldn’t come until the 1990s, thanks in large part to the integration of the aforementioned Warren Haynes (and sorely missed bassist Allen Woody) and the Allman Brothers Band has remained a reliable touring force ever since, despite continuing turnover. Or at least until now, and while the band’s long road appears to be finally ending, one can find some consolation in the original rebirth carried out by ‘Enlightened Rogues,’ all those years ago.

(http://ultimateclassicrock.com/allman-brothers-enlightened-rogues/)


Disco e capa (dupla) em ótimo estado; com encarte.
Importado Germany 1979.
Saindo por R$ 45


Atahualpa Yupanqui - Solo de guitarra Volumen 6 (1958)



Atahualpa Yupanqui (que en quechua quiere decir “el que viene de lejanas tierras para decir algo”), nació el 31 de enero de 1908, en Pergamino. Fue un cantautor, guitarrista, poeta y escritor argentino. Es considerado el más importante músico argentino de folclore. Sus composiciones han sido cantadas por reconocidos intérpretes, como Mercedes Sosa, Pedro Aznar, Los Chalchaleros, Horacio Guarany, Jorge Cafrune, Alfredo Zitarrosa, José Larralde, Víctor Jara, Ángel Parra, Jairo, Andrés Calamaro, Divididos, Marie Laforêt, Mikel Laboa y Enrique Bunbury entre muchos otros.

Compuso 325 canciones, entre las más conocidas están: Viene clareando, El arriero, Zamba del grillo, La añera, La pobrecita, Milonga del peón de campo, Camino del indio, Chacarera de las piedras, Recuerdos del Portezuelo, El alazán, Indiecito dormido, El aromo, Le tengo rabia al silencio, Piedra y camino, Luna tucumana, Los ejes de mi carreta, Sin caballo y en Montiel, Cachilo dormido, Tú que puedes vuélvete, Duerme negrito, así como también el extenso relato por milonga El payador perseguido.

Como escritor, publicó Piedra sola (1940), Aires indios (1943), Cerro Bayo (1953), Guitarra (1960), El canto del viento (1965), El payador perseguido (1972) y La Capataza (1992).En 1986 Francia lo condecoró como Caballero de la Orden de las Artes y las Letras.

En 1986, Francia lo condecoró como Caballero de la Orden de las Artes y las Letras. Murió en en Nîmes, Francia, el 23 de mayo de 1992. Sus restos fueron repatriados y descansan en Cerro Colorado.

(http://www.semanariohispanico.com/2012/01/atahualpa-yupanqui-que-le-llaman.html)



Disco e capa em ótimo estado.
Importado Argentina.
Edição Original 1953. RARO.
Saindo por R$ 150


Augusto Jatobá - Matança (1988)



Uma bela produção que contou com participações especiais e super especiais. Encabeçam, logo estampados na capa, os nomes de Geraldo Azevedo, Elomar, Xangai e João Omar. Contudo, ainda temos os músicos instrumentistas, gente fera como Joca, Franklin, Jacques Morelembaum, Chiquinho do Acordeon, entre outros…

Jatobá é um poeta e compositor na essência. Segundo eu li, ele não toca nenhum instrumento, mas cria músicas maravilhosas. Basta ver (e ouvir, claro) músicas como “O primeiro vegetal”, “Mastruço”, “Imbuzeiro”, “Frutos de plástico”… aaah… todo o disco. Bão demais!
Este álbum eu esperava publicar no dia 21 de setembro, Dia da Árvore. Mas como a ‘matança’ começou, não sei se estaremos vivos até lá.

(http://www.toque-musicall.com/?p=343)




Faixas:

primeiro vegetal
imbuzeiro
mata atlântica
matança
frutos de plástico
ave árvore
mastruço
homem arvoredo
buraco negro
parado no ar




Disco e capa (dupla) em ótimo estado; com encarte.
Edição Original 1988.
Saindo por R$ 30



Adalberto Tafuri - Gente Humilde (1977)



"Foi numa fazenda, em Novo Horizonte, sua terra natal, bem às margens do lendário Rio Tietê que conheci Adalberto Tafuri.

Era menino ainda, mas já manifestava a sublime vocação que o impelia para a senda divina da música, através do seu impecável violão.

Cercado pelo sagrado silêncio das grandes solidões da fazenda imensa, ouvindo o canto dos pássaros e a misteriosa mensagem do vento que, em lufadas intermitentes, entoava nas ramagens das árvores próximas a melancólica canção da tristeza e da saudade, dedicava-se a compor e a interpretar as ternas melodias que bem evidenciavam a extrema sensibilidade de sua alma de artista.

Formou sua alma na música e passou-a toda para seu violão. Do violão modesto que aprendia, ao Tarrega, violão concerto que recebeu, como presente do ilustre prefeito de Santa Isabel, Waldemar de Brito Simão, chegou ao seu primeiro disco.

Qual criança que nasce, ele busca seu afeto e lhe dará em recompensa o conforto do belo, do suave, da arte. "Ternura", de lindos acordes, caminhos de criança, "Caixinha de Música" que não se sabe se feita para passado, para presente ou se é mensagem de amor para o futuro.

"Chora por mim violão", como a pedir reforço para as cordas da alma, para chorar o choro dos jovens que pensam ter perdido as belezas da infância e que por antecipação choram o amor perdido que temem não encontrar.

E nesse conjunto de emoções aparentemente contraditórias identificamos a figura jovem do Adalberto Tafuri, como uma força evocativa que faz com que refluam as imagens perdidas de um passado feliz que retorna, que se faz presente e que nos proporciona a deliciosa mentira de novas esperanças..."

(texto da contracapa, por Roberto Della Togna)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1977.
Saindo por R$ 20


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

AC/DC - High Voltage (1976)



No próximo dia 14 de maio, a versão internacional de “High Voltage”, do AC/DC completará 39 anos de seu lançamento. Antes disso, a banda dos irmãos Malcolm e Angus Young haviam lançado dois álbuns apenas na Austrália (“High Voltage” e “T.N.T.”, ambos em 1975). As músicas foram gravadas nos anos 1974 e 1975 nos estúdios Albert, em Sydney, na Austrália.

Esse disco distribuído fora da terra natal mescla faixas dos dois trabalhos do ano anterior, totalizando nove canções. Outras músicas também desses álbuns foram parar em diferentes lançamentos como, por exemplo, em “Dirt Deeds Done Dirty Cheap”, de 1976 e no EP póstumo “’74 Jailbreak”, de 1984.

Lançado internacionalmente pela Atlantic Records, “High Voltage” vendeu só nos Estados Unidos três milhões de cópias, iniciando aí uma grande legião de fãs do AC/DC em território ianque.

O disco é aquilo que Angus Young e cia. fazem até hoje, ou seja, rock and roll de primeira qualidade. A única diferença é a line up: uma vez que o posto de vocalista era ocupado pelo carismático e saudoso Bon Scott e o baixo foi feito por Mark Evans.

Em “High Voltage” tem canções que até hoje são obrigatórias nos concertos do AC/DC, como “T.N.T.” e “The Jack”, além das clássicas “It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock ‘N’ Roll)” e a faixa-título.

Outra curiosidade é que, dependendo do país, as músicas “It’s a Long Way To The Top…” e “High Voltage” vem editadas. 

(Por Jorge Almeida, in: https://culturaefutebol.wordpress.com/2011/01/03/os-35-anos-do-primeiro-album-internacional-do-acdc/)


Álbum: High Voltage
Intérprete: AC/DC
Produtores: Wanda & Young
Gravadora: Atlantic Records
Lançamento: 14 de maio de 1976

Bon Scott: voz e gaita de fole em “It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock ‘N’ Roll)”
Angus Young: guitarra
Malcolm Young: guitarra e backing vocal
Mark Evans: baixo e backing vocal
Phill Rudd: bateria

1. It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock ‘N” Roll) (Young / Young / Scott)
2. Rock ‘N’ Roll Singer (Young / Young / Scott)
3. The Jack (Young / Young / Scott)
4. Live Wire (Young / Young / Scott)
5. T. N. T. (Young / Young / Scott)
6. Can I Sit Next To You Girl (Young / Young)
7. Little Lover (Young / Young / Scott)
8. She’s Got Balls (Young / Young / Scott)
9. High Voltage (Young / Young / Scott)


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1981.
Saindo por R$ 50


Atahualpa Yupanqui - A qué le llaman distancia - volumen 8 (1960)



Atahualpa Yupanqui (que en quechua quiere decir “el que viene de lejanas tierras para decir algo”), nació el 31 de enero de 1908, en Pergamino. Fue un cantautor, guitarrista, poeta y escritor argentino. Es considerado el más importante músico argentino de folclore. Sus composiciones han sido cantadas por reconocidos intérpretes, como Mercedes Sosa, Pedro Aznar, Los Chalchaleros, Horacio Guarany, Jorge Cafrune, Alfredo Zitarrosa, José Larralde, Víctor Jara, Ángel Parra, Jairo, Andrés Calamaro, Divididos, Marie Laforêt, Mikel Laboa y Enrique Bunbury entre muchos otros.

Compuso 325 canciones, entre las más conocidas están: Viene clareando, El arriero, Zamba del grillo, La añera, La pobrecita, Milonga del peón de campo, Camino del indio, Chacarera de las piedras, Recuerdos del Portezuelo, El alazán, Indiecito dormido, El aromo, Le tengo rabia al silencio, Piedra y camino, Luna tucumana, Los ejes de mi carreta, Sin caballo y en Montiel, Cachilo dormido, Tú que puedes vuélvete, Duerme negrito, así como también el extenso relato por milonga El payador perseguido.

Como escritor, publicó Piedra sola (1940), Aires indios (1943), Cerro Bayo (1953), Guitarra (1960), El canto del viento (1965), El payador perseguido (1972) y La Capataza (1992).En 1986 Francia lo condecoró como Caballero de la Orden de las Artes y las Letras.

En 1986, Francia lo condecoró como Caballero de la Orden de las Artes y las Letras. Murió en en Nîmes, Francia, el 23 de mayo de 1992. Sus restos fueron repatriados y descansan en Cerro Colorado.

(http://www.semanariohispanico.com/2012/01/atahualpa-yupanqui-que-le-llaman.html)

Letra:

A qué le llaman distancia,
eso me habrán de explicar,
sólo están lejos las cosas
que no sabemos mirar.

Los caminos son caminos
en la tierra y nada más,
las leguas desaparecen
si el alma empieza a aletear.

Hondo sentir, rumbo fijo,
corazón y claridad.
Si el mundo está dentro de uno
afuera, por qué mirar.

Qué cosas tiene la vida,
misteriosas por demás,
uno está donde uno quiere,
muchas veces sin pensar.

Si los caminos son leguas
en la tierra y nada más
a qué le llaman distancia,
eso me habrán de explicar


Faixas:

1 A QUE LE LLAMAN DISTANCIA
2 CAMINO DEL INDIO
3 EL LLANTO
4 EL ARRIERO
5 DANZA DE LA PALOMA ENAMORADA
6 VENDEDOR DE YUYOS
7 CHACARERA DEL PANTANO
8 ZAMBITA DE ALTO VERDE
9 CHACARERA DE LAS PIEDRAS
10 RECUERDOS DEL PORTEZUELO
11 EL COYITA
12 INDIECITO DORMIDO
13 MALQUISTAO
14 KALUYO DE HUÁSCAR

Disco e capa em ótimo estado.
Importado Argentina.
Edição Original 1960. RARO.
Saindo por R$ 100


Allan Holdsworth - Metal Fatigue (1985)



ALLAN HOLDSWORTH: A ALMA DO JAZZ ROCK E FUSION

Ele é um dos maiores guitarristas de todos os tempos, mas são poucos os que conhecem sua obra. Allan Holdsworth, apesar de tocar um instrumento extremamente pop, não está nas paradas de sucesso. Seus discos são obras primas do jazz rock e do fusion. Sua técnica, baseada principalmente no legato, é uma das mais apuradas no mundo da música. Mesmo assim é muito raro ouvir uma de suas faixas no rádio, seja no Brasil, seja no Reino Unido, país onde ele nasceu.

Discos como Metal Fatigue e Heavy Machinery são clássicos modernos. Na verdade, desconhecer o trabalho de Holdsworth é uma espécie de crime para os apreciadores de música. A riqueza harmônica de suas composições e os complicadíssimos solos feitos sobre elas são obrigatórios no currículo de qualquer um que goste das tendências mais contemporâneas do jazz, como o fusion e o jazz rock.

Este pacato inglês de Bradford recebeu suas primeiras aulas do pai, que era um músico amador. Depois, já um virtuose em seu instrumento, ele foi convidado por um dos maiores saxofonistas ingleses, Ray Warleigh, para tocar em Londres.

Nos anos 1970, ele deu início à sua frutífera carreira solo. Nos anos 1980, ele foi um dos primeiros músicos a utilizar um SynthAxe, instrumento que era uma mistura de guitarra e sintetizador. Nos anos 1990, ele já era uma das figuras mais importantes da história do jazz rock e do fusion.

Sem dúvida nenhuma, Allan Holdsworth é um dos mais criativos guitarristas, suas músicas são marcadas por complexas e, muita vez, impossíveis progressões e improvisações. O som limpo produzido por sua técnica de legato é inconfundível.

Além de sua inegável qualidade musical, Holdsworth também é responsável por várias inovações tecnológicas da guitarra. Suas experimentações não se limitam apenas ao campo musical, ele sempre está buscando novas possibilidades técnicas no instrumento.

Por esses e outros motivos, sua obra levou a capacidade desse instrumento para locais jamais imaginados. Alguns dos acordes que ele executa só podem ser ouvidos em suas músicas simplesmente porque outros músicos não são capazes de fazê-los. A obra de Holdsworth ampliou muito as possibilidades de improvisação da guitarra e levou o jazz rock e o fusion para campos harmônicos nunca dantes navegados.

Hoje, com 62 anos e com contrato assinado com o selo de outro guitarrista, o norte-americano Steve Vai, Holdsworth está trabalhando no CD Snakes and Ladders, o qual deve ser lançado nos próximos meses.

No mundo do jazz rock e do fusion são muitos aqueles que aguardam sedentos pelo novo disco desse sensacional guitarrista."

(http://obviousmag.org/archives/2009/07/allan_holdsworth.html)


Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira 1985.
Saindo por R$ 40


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Café Preto (2012)



"E aí, galera. Tudo beleza?

Estou com um projeto totalmente diferente da DEVOTOS, se chama Café Preto, e é um disco realizado por mim em parceria com o DJ e produtor Bruno Pedrosa e o também músico PI-R. As letras são de minha autoria, os samples coletados por Pedrosa, as programações e a produção musical são assinadas por Pedrosa e PI-R.

Sempre fui eclético em relação a ouvir música, gosto de vários estilos, e claro, o punk rock e o hardcore estão no sangue. Mas o reggae tem uma parada que eu sempre quis cantar, por favor, não me peçam para explicar pois não vou conseguir. Só sei que é uma energia muito boa.

Neste trabalho as influências sonoras escolhidas por mim foram o dub e o ragga, ritmos derivados do reggae roots jamaicano. CAFÉ PRETO tem como convidados especiais alguns dos mais talentosos músicos da manguetown. Fred Zeroquatro e Areia (mundo livre s/a), Chico Tchê, Publius, Ori, Marcelo Campello, Berna Vieira e Zé Brown, além do carioca Ras Bernardo, fazem parte da nossa história com muito prazer.

A minha voz aparece com delays e reverbs característicos do dub. Para quem sempre me viu na Devotos, minha banda com os parceiros Neilton e Celo, me ouvir agora cantando influenciado por ritmos jamaicanos chega a ser uma experiência inusitada. Em tempo: a DEVOTOS continua firme e forte!

O disco foi todo concebido no Estúdio do Poço, em Recife, entre os meses de março e agosto de 2007. A mixagem ficou por conta do nova-iorquino Victor Rice e do paulistano Mau no estúdio COPAN, em São Paulo, nos últimos meses de 2009 e no começo de 2010. A masterização foi feita pelo engenheiro de som Fernando Sanches no estúdio EL ROCHA, também em São Paulo, em setembro de 2011.

A arte da capa tem a assinatura de Jorge Dü Peixe, h.d. Mabuse e Haidée Lima (autom.ato).

Café Preto no palco é: Eric Gabino (baixo), PI-R (teclados), Marcus Antonio (guitarra), Bruno Pedrosa (programações, efeitos e samples), Mércio Marley (bateria) e Cannibal (voz)."

(texto de Cannibal, in: http://cafepreto.mus.br/)


Disco (vinil amarelo) e capa em excelente estado; com encarte.
Edição Brasileira (vinil prensado na França) 2012.
Saindo por R$ 75


Curtis Mayfield - Superfly (72)



"Superfly, mais que um disco com canções que servem como trilha sonora para o filme de mesmo nome, é um dos marcos da cultura urbana dos anos 70.

Terceiro álbum da carreira do genial Curtis Mayfield, foi lançado na metade de 1972 e é mais uma pá de terra sobre os anos 60 e suas cores, paz, amor e todo o blá blá blá hippie sobre o mundo estar a caminho de uma nova era. O lance aqui é sobre a sujeira das grandes cidades, não sobre o ar puro dos campos.

Se o filme – um dos mais importantes da Blaxploitation, diga-se – narra a história do poço sem fundo que é o universo junkie, as músicas de Curtis presentes no disco vão além de background para as imagens e funcionam como um relato, uma ampla narração feita por um observador atento.

Essa função de trovador do caos serve como uma luva à Mayfield. Sua capacidade lírica, já demonstrada desde o primeiro e homônimo trabalho, é refinada e destilada em Superfly, notavelmente em faixas como “Pusherman” – sampleada pelos Beastie Boys – e Freddie’s dead” – sampleada pelos Racionais MCs.

De base para as letras e a voz aveludada de Curtis Mayfield, deep funk e soul music regados a wah wah e com uma seção rítmica poderosa, entorpecente. Um pesado groove psicodélico para aplacar a neurose junk de temas como “Eddie you should know better” e “No thing on me (cocaine song)”.

Por tudo isso e muito mais, Superfly merece ser ouvido, descoberto e redescoberto. A classe de Curtis como cantor e sua inteligência como compositor, aliados ao poder de fogo da banda que o acompanhou na gravação do disco, tornam este um momento único na música contemporânea e – como já dito – um ponto de ruptura com o passado bicho grilo de paz e amor.

A era de aquário não chegou, mas as histórias contadas em Superfly permanecem mais atuais que nunca. Você viu aquele mano na porta do bar?

Essencial!"

(http://pequenosclassicosperdidos.wordpress.com/category/ost/)


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1972.
Saindo por R$ 80,00


Almir Sater - Doma (82)



Seu segundo disco, Doma (1982, RGE), marcou seu encontro com o parceiro Paulo Simões.

"Almir Sater ao meu ver é um dos grandes nomes da nossa música brasileira, que tem mostrado com louvor que a música sertaneja não é esse festival de canções patéticas e pifias que vemos hoje dia com o tal do "sertanejo universitário''.
Doma é um album fora de série que mostra o som puro e simples da viola tocada de maneira belissima, junto com a verdadeira poesia do campo em toda sua sinceridade e beleza, na verdade não existe uma única música que se destaque mais que as outras nesse trabalho pelo simples fato de todas serem genuinamente belas de se ouvir, experimente escutar todas as músicas do disco para você entender do eu estou falando e depois dar sua opinião sobre ele, não é complicado encontrar o disco na internet apesar de eu ter um LP aqui casa, se depois de ouvir Doma você ainda achar o tal do "sertanejo universitário" algo espetacular aí não tem mais jeito (rsss....)"

(http://musicofcentury.blogspot.com.br/2011/05/almir-sater-doma-1982.html)

Músicas:

1. Trem do Pantanal
(Paulo Simões / Geraldo Roca)
2. Galopada
(Almir Sater / Paulo Simões)
3. Doma
(Almir Sater / José Gomes) Instrumental
4. O Último Condor
(Almir Sater / João Bá / Kapenga Ventura)
5. Sonhos Guaranis
(Almir Sater / Paulo Simões)
Participação: Tetê Espíndola
6. Cavaleiro da Lua
(Almir Sater / João Bá)
7. Boieiro do Nabileque
(Almir Sater / João Bá)
8. Varandas
(Almir Sater / Paulo Simões)
9. Na Subida do Balão
(Almir Sater / Paulo Simões)
10. Viola e Vinho Velho
(Almir Sater / Paulo Simões)


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original de 1982.
Saindo por R$ 15,00


Beastie Boys - Paul's Boutique (1989)



É o segundo álbum de estúdio gravado pelo grupo norte-americano de hip-hop Beastie Boys, lançado em 25 de Julho de 1989 pela Capitol Records.

Tem produção dos Dust Brothers, e as gravações aconteceram no Mario G's Studio em Los Angeles e no The Opium Den no Brooklyn, Nova Iorque de 1988 a 1989. As mixagens de áudio foram feitas em Manhattan no Record Plant Studios.

Os Beastie Boys estavam em auto-imposto exílio em Los Angeles durante o começo de 1988. Seguindo o sucesso comercial de Licensed to Ill, os Beastie Boys estavam focados em produzir um álbum com mais criatividade e menos material comercial. O disco anterior tinha tido enorme resposta popular e foi aclamado pela crítica; embora simples, tinha batidas pesadas e letras comicamente juvenis. 

Gravado para a Capitol Records, Paul's Boutique foi co-produzido pelos Dust Brothers, cujo extensivo e inovador uso do sample em diversas camadas ajudaram a estabelecer a prática como uma arte. Apesar de os Dust Brothers estarem focados em fazer um disco com vários "hits", concordaram com o grupo em produzir um som mais experimental. No total, 105 músicas foram sampleadas para o disco, incluindo 24 samples individuais somente na última faixa. Os samples utilizados em Paul's Boutique foram utilizados sem permissão, o que só foi possível porque o disco foi produzido antes de Gilbert O'Sullivan processar o rapper Biz Markie, o que mudou para sempre a história do uso do sample na música.

Paul's Boutique foi inicialmente considerado um fracasso comercial pelos executivos da Capitol Records, pois suas vendas não batiam com vendas anteriores do grupo, e o selo decidiu parar de promover o álbum. Apesar disto, o álbum virou cult ao passar dos anos. Altamente diverso, tanto no som como nas letras, Paul's Boutique assegurou aos Beastie Boys um lugar nos favoritos dos críticos e sendo reconhecido por muitos como sendo o grande disco do grupo.

Em 27 de Janeiro de 1999, Paul's Boutique foi certificado pela RIAA, disco de platina dupla em vendas.2 Em 2003, o álbum ficou na posição 156 na lista Os 500 maiores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone.

(wikipedia)

Faixas
"To All the Girls" – 1:29
"Shake Your Rump" – 3:19
"Johnny Ryall" – 3:00
"Egg Man" – 2:57
"High Plains Drifter" – 4:13
"The Sounds of Science" – 3:11
"3-Minute Rule" – 3:39
"Hey Ladies" – 3:47
"5-Piece Chicken Dinner" – 0:23
"Looking Down the Barrel of a Gun" – 3:28
"Car Thief" – 3:39
"What Comes Around" – 3:07
"Shadrach" – 4:07
"Ask for Janice" – 0:11
"B-Boy Bouillabaisse" – 12:33
"59 Chrystie Street"
"Get on the Mic"
"Stop That Train"
"Year and a Day"
"Hello Brooklyn"
"Dropping Names"
"Lay It on Me"
"Mike on the Mic"
"A.W.O.L."


Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira 1989.
Saindo por R$ 80


The Doors - The Soft Parade (1969)



Depois do incidente em Miami, as coisas começaram a piorar. Morrison nadava solenemente em um mar de drogas, e principalmente, nas bebidas, chegando atrasado às gravações e criando pouco. Isso obrigou os demais membros a comporem, principalmente Krieger, que reformulou o som do grupo. O resultado é que The Soft Parade acabou recebendo uma aceitação oposta ao sucesso que o The Doors havia alcançado até então, apesar de ter chegado na sexta posição na Billboard, principalmente por conta de “Touch Me”, um dos maiores hits dos californianos, e que demonstra muito do que é o álbum, com sua forte sessão de metais acompanhando os vocais perdidos de Morrison. 

Discordo daqueles que falam que durante todo o álbum, presenciamos a inclusão de metais e cordas. Isso ocorre com ênfase apenas nas duas primeiras faixas do Lado A, a chocante “Tell All The People”, destacando o piano de Ray, e a já citada “Touch Me”, fazendo o The Doors parecer uma banda de apoio para programa de TV, com sua linha alegre e nem um pouco psicodélica, mas com qualidades suficientes para sacudir a perna do vivente, principalmente no empolgante solo do saxofonista Curtis Amy. Os metais surgem também em “Runnin’ Blue“, uma canção experimental que homenageia Otis Redding (falecido em dezembro de 1967), fundindo jazz com rock, country e soul, e destacando a imitação de Krieger para Bob Dylan. 

O grupo também passeia pelo country em “Easy Ride”, e com naturalidade, vai ao blues lisérgico de “Shaman’s Blues”, colocando as cordas de Krieger para fritar em um óleo extremamente quente oferecido por órgão e Densmore, e mais lisergia surge no riff marcante de Krieger em “Wild Child”, imitando os cânticos indígenas. A balada do álbum fica para a bela “Wishful Sinful”, recheada com cordas e com uma interessante linha de baixo, que se sobressai em “Do It“, uma das canções mais injustamente desprezadas pelos fãs de The Doors, principalmente por que é impossível não sair pulando pela casa quando Morrison solta o “Please, please Listen to me children”, além das diversas mudanças de andamento em tão pouco tempo. 

O melhor ficou para o fim, com a experimental faixa-título, daqueles raros momentos que entram para a história não somente pela música, com infinitas variações de estilos e andamentos em seus quase nove minutos de duração, mas também pelo momento em que foi concebida, já que a gravação do vocal do último épico do The Doors foi feita com Morrison totalmente stoned (chapado) e recebendo uma “ajuda oral” de sua namorada Pamela Courson em pleno estúdio. Uma canção conturbada, ácida e marcante, mas que infelizmente, demorou para conquistar os fãs, assim como quase todo o álbum, que considero o mais criativo que o grupo gravou, e tranquilamente Top 3 entre os melhores dos californianos.

(http://consultoriadorock.com/2013/12/08/discografias-comentadas-the-doors/)

Disco e capa em ótimo estado.
Importado Germany.
Saindo por R$ 85


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn (1967)



"Como banda da casa no UFO Club em meados dos anos 60, o Pink Floyd começou uma revolução psicodélica-musical em Londres, rivalizando com a realizada pelo Grateful Dead em São Francisco. Apesar do nome enganoso - roubado dos artistas Pink Anderson e Floyd Council -, o Pink Floyd não era um grupo de hippies maltrapilhos se aventurando na música negra, e sim um bando de estudantes de arquitetura e arte bem vestidos em busca de um som próprio. The Piper at the Gates of Dawn tingiu esse objetivo com resultados fascinantes.

O sucesso do álbum se deve à habilidade da banda em equilibrar a exploração sonora de seus shows ao vivo e a técnica de composição por trás de hits como "Arnold Layne" e "See Emily Play". Ninguém escrevia canções psicodélicas como Syd Barrett. Mesmo "Astronomy Domine" orbita em torno de uma estrutura pop conhecida. No entanto, o compositor estava claramente lutando para controlar a música e a mente, enquanto o baixista Roger Waters, o pianista Richard Wright e o baterista Nick Mason queriam decolar numa vigem espacial. Essa tensão fez com que a barroca "Matilda Mother" e a jazzística "Pow R Toc H" funcionassem muito bem. A peça central do álbum é "Interestellar Overdrive", um passeio de foguete que dura dez minutos e contém a melhor execução de guitarra da banda antes da chegada de David Gilmour.

Logo depois, Barrett teria um colapso mental e o grupo ganharia as diretrizes da guitarra épica de Gilmour. Waters se tornaria a força criativa da banda e alimentaria o fascínio do público com seus ciclos de canções conceituais. O Pink Floyd voaria mais alto, especialmente em Dark Side of the Moon, mas, com The Piper at the Gates of Dawn o grupo conseguiu capturar com perfeição a essência psicodélica dos anos 60"

(resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir antes de Morrer")


"Foi o único álbum da banda que foi feito sob a liderança de Syd Barrett. O álbum tem letras caprichosas sobre espantalhos, gnomos, bicicletas e contos de fadas, juntamente com passagens instrumentais de rock psicodélico é considerado um dos pioneiros do art rock. O álbum foi gravado no Abbey Road Studios, e foi editado em 5 de Agosto de 1967, chegando a ser o 6º mais vendido no Reino Unido e o 131º mais vendido nos Estados Unidos.

O título do álbum é baseado no conto infantil O vento nos salgueiros, de Kenneth Grahame, onde o Rato e a Toupeira, enquanto procuram um animal perdido, têm uma experiência religiosa. ("Este é o local do meu sonho, onde eu ouvi a música," segredou o Rato, como se estivesse em transe. "Aqui é o meu local sagrado, se O pudermos encontrar nalgum lado, é aqui"). O flautista (em inglês: piper) é identificado com o deus grego Pan."

(wikipedia)


Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira 1985.
Saindo por R$ 90