sábado, 27 de setembro de 2014

Stéphane Grappelli - Just one of those things (1973)



"This is a typically swinging live set by the great violinist Stephane Grappelli, who is featured in a quartet with pianist Marc Hemmeler, bassist Jack Sewing and drummer Daniel Humair at the 1973 Montreux Jazz Festival. Grappelli, who was experiencing a bit of a renaissance at the time, sounds quite exuberant on many of the tunes, particularly "Just One of Those Things," "All God's Chillun Got Rhythm" and "Them There Eyes." This CD reissue gives listeners a fine example of Grappelli's joyous playing."

(https://itunes.apple.com/gb/album/just-one-of-those-things/id692309340)


1 Cheek to Cheek
2 Are you in the mood
3 Just one of those things
4 There's a small hotel
5 Pent up house
6 I'll remember April
7 The surrey with the fringe on top
8 I get a kick out of you
9 Blue Moon
10 Them there eyes
11 I can't give you anything but love
12 How high the moon
13 Waltz du passe
14 My one and only love


Disco e capa em ótimo estado.
Importado USA.
Edição 1984.
Saindo por R$ 30

Stan Getz, Chick Corea/Bill Evans Sessions (1964-1967)



Tracklisting:

A1 Night And Day 
A2 But Beautiful 
A3 Funkallero 
B1 My Heart Stood Still 
B2 Melinda 
B3 Grandfather's Waltz 
C1 Litha 
C2 O Grande Amor 
C3 Sweet Rain 
D1 Con Alma 
D2 Windows

Discos (duplo) e capa (dupla) em ótimo estado.
Edição nacional 1985.
Saindo por R$ 40

Ave Sangria - Perfumes y Baratchos - Ao Vivo (1974)



"Nos dias 28 e 29 de dezembro de 1974, a hoje cult e lendária Ave Sangria fazia no vetusto Teatro Santa Isabel o show Perfumes Y Baratchos. Foi uma curta temporada de apenas duas concorridas apresentações(com tanta gente no lado de fora, que na metade de cada show, o vocalista Marco Polo mandava que os portões fossem abertos). Foi a mais bem sucedida apresentação da curta carreira da Ave Sangria. No entanto, aquele seria o canto de cisne do grupo, que se dissolveria logo depois.

De prestígio em alta em Pernambuco e no Sudeste, onde algumas das faixas do único álbum que lançaram tocavam bem no rádio, Marco Polo, Almir de Oliveira, Agrício Noya (o Juliano), Ivson Wanderley (Ivinho), Israel Semente Proibida, e Paulo Rafael davam a volta por cima depois do baque sofrido com a censura e apreensão do primeiro e único LP, por causa da faixa Seu Valdir (o disco foi relançado sem esta música): “A gente estava no maior pique, mas manter uma banda de rock no Brasil na época era muito complicado. Lembro que levei o disco para a Rádio Tamandaré, na época a mais refinada da cidade e a moça que me atendeu, o nome era Norma, deve ter achado a música muito estranha, e não tocou. Além do mais, a Ave Sangria só vivia entrando em rolo. Como eu ainda era menor, faziam as coisa no meu nome. O Santa Isabel, por exemplo, foi alugado assim. Fui eu que fui numa tal Censura Estética da Polícia Federal liberar os cartazes do show", recorda o guitarrista e produtor Paulo Rafael, hoje morando no Rio. Geneton Moraes Neto, atualmente diretor de redação do Fantástico, em 1974, cobria a cena músical pernambucana daquela década e assinava a coluna Ensaio Geral, no Diario de Pernambuco. Ele lembra de um dessas confusões com os Rolling Stones do Nordeste, como a Ave Sangria era também conhecida, tanto pela música quanto pelos rolos que protagonizava: “Eles eram muito invocados. Uma vez um dos integrantes teve algum problema com a polícia, e os caras foram na redação para pedir que o jornal não publicasse a notícia. Fiz entrevistas com eles, dei muitas notas, mas não vi esse último show”, testemunha.

Lailson, o cartunista do DP, fez a direção musical de Perfumes Y Baratchos , e também o responsável pela arte do cartaz (restaurando a ave do logotipo do grupo, semelhante a um carcará, que foi refeita de forma grosseira, no Rio, para a capa do disco Ave Sangria, saído pela Continental). Para ele, aquela foi uma morte de certa forma anunciada: “Lembro que pouco antes do show, Marco Pólo chegou a comentar comigo que pretendia partir para carreira solo”. 
Lailson recorda que sentia um certo clima de rivalidade entre Almir e Marco Pólo, enquanto Israel era uma estrela à parte. “Acho que o afastamento de Rafles, espécie de relações pública deles, contribuiu para o fim”, conclui. Paulo Rafael destaca a participação de Ivinho: “Ele era meio militar, levava tudo muito a sério. Quando a gente entrou no palco, havia um bocado de castiçais, da decoração bolada por Kátia Mesel. Ivinho, quando viu aquilo reclamou, ‘Tá parecendo coisa de macumba’”. Além das velas tinha ao fundo um castelo:” Pegamos de um cenário do teatro, acho que de alguma ópera”. Marco Polo, atualmente na Continente Multicultural, numa entrevista ao crítico Héber Fonseca (no JC), dois dias antes do show, não parecia pensar em carreira solo: “Não é ainda o trabalho da Ave Sangria. Há apenas um esboço, uma insinuação, é dela que vamos partir para outros caminhos”. O produtor Zé da Flauta, então no Ala D’Eli, efêmera banda de Robertinho do Recife, tocou flauta e sax no Perfume Y Baratchos. Ele também não imaginava que aquele seria o início do fim da banda: “Pensava que dali eles iniciariam uma nova fase”.

O certo é que Ave Sangria fez duas apresentações tecnicamente impecáveis: “O show começa com um tema meu, A grande lua, meio Pink Floyd. Os amplificadores Milkway, de Maristone (dono do melhor som de palco do Recife nos anos 70), se a gente mexesse uns botõezinhos faziam a guitarra soar feito um sintetizador”, conta Paulo Rafael. “Nesses dois shows fizemos várias músicas inéditas”, completa Marco Polo.

Há unanimidade entre Zé da Flauta, Paulo Rafael ou Marco Polo (Agrício Noya, Ivinho e Almir de Oliveira não foram localizados para esta matéria. Israel Semente já faleceu) sobre o catalisador da dissolução da Ave Sangria: “No início de janeiro, Alceu, que namorava a banda há muito tempo, fez o convite para os músicos tocarem com ele no festival Abertura da TV Globo. Eu ainda fiz alguns shows no Rio, aqui, com Israel, mas já estava casado, com filho, decidi voltar ao jornalismo”, conta Marco Polo. O guitarrista Paulo Rafael completa: “Não teve assim um ‘vamos acabar’. Depois do Abertura a gente se questionou. Eu queria sair de casa, uns já estavam casados, economicamente não havia no momento outra coisa a fazer. Continuamos tocando com Alceu”.

O Ave Sangria voltaria a reunir-se mais uma vez, para gravar um clipe para o Fantástico, de Geórgia Carniceira. Almir de Oliveira (que não foi tocar com Alceu Valença) revelou que o clipe foi um equívoco da produção da Globo: “Queriam era a banda de Alceu, mas acabaram chamando a Ave Sangria”. O clipe, gravado num estúdio em Botafogo, nunca foi ao ar. Permanece até hoje nos arquivos da emissora carioca."

(Texto de José Teles, publicado originalmente no portal JC OnLine, in: http://brnuggets.blogspot.com.br/2007/12/perfumes-y-baratchos-live-1974.html)

Faixas:
01. Grande Lua
02. Janeiro em Caruaru
03. Vento Vem (Boi Ruache)
04. Dia-a-dia
05. Geórgia, a Carniceira
06. Sob o Sol de Satã
07. Instrumental
08. Por Que
09. Hey Man
10. O Pirata
11. Lá Fora 

Disco (duplo) Lacrado.
Edição 2014, pelo selo Ripohlandya em Gatefold e vinil de 180g, com áudio remasterizado a partir do original.
Saindo por R$ 100

Ave Sangria (1974)



"Eles usavam batom, beijavam-se na boca em pleno palco, faziam uma música suja, com letras falando de piratas, moças mortas no cio. E eram muito esquisitos; "frangos", segundo uns, e uma ameaça às moças donzelas da cidade, conforme outros. Estes "maus elementos" faziam parte do Ave Sangria, ex-Tamarineira Village, banda que escandalizou a Recife de 1974, da mesma forma que os Rolling Stones a Londres de dez anos antes. Com efeito, ela era conhecida como os Stones do Nordeste. 

"Isto era tudo parte da lenda em torno do Ave Sangria" - explica, 25 anos depois, Rafles, o ministro da informação do grupo. "O baton era mertiolate, que a gente usava para chocar. Não sei de onde surgiu esta história de beijo na boca, a única coisa diferente na turma eram os cabelos e as roupas." Rafles por volta de 68, era o "pirado" de plantão do Recife. Entre suas maluquices está a de enviar, pelo correio, um reforçado baseado, em legítimo papel Colomy, para Paul McCartney. Meses depois, ele recebeu a resposta do Beatle: uma foto autografada como agradecimento. 

Foi Rafles quem propôs o nome Tamarineira Village, quando o grupo tomou uma forma definitiva, com a entrada do cantor e letrista Marco Polo. Isto aconteceu depois da I Feira Experimental de Música de Fazenda Nova. Até então, sem nome definido, Almir Oliveira, Lula Martins, Disraeli, Bira, Aparício Meu Amor (sic), Rafles, Tadeu, e Ivson Wanderley eram apenas a banda de apoio de Laílson, hoje cartunista do DP. 

Marco Polo, um ex-acadêmico de Direito, foi precoce integrante da geração 45 de poetas recifenses. Com 16 anos, atreveu-se a mostrar seus poemas a Ariano Suassuna e a Cesar Leal. Foi aprovado pelos dois e lançou seu primeiro livro em 66. Em 69, iniciou-se no jornalismo, como repórter do Diário da Noite. Logo ganhou mundo. Em 70, trabalhou por algum tempo no Jornal da Tarde, em São Paulo, mas logo virou hippie, trabalhando como artesão na desbundada praça General Osório, em Ipanema. O primeiro show como Tamarineira Village foi o Fora da Paisagem, depois do festival de Fazenda Nova. Vieram mais dois outros shows, Corpo em Chamas e Concerto Marginal. A partir daí a banda amealhou um público fiel. 

Ciganos

A mudança do nome aconteceu quando o grupo passou a ser convidado para apresentações em outros Estados. Os músicos cansaram-se de explicar o significado de Tamarineira Village. O Ave Angria, segundo Marco Polo, foi sugestão de uma cigana amalucada, que encontraram no interior da Paraíba: "Ela gostou de nossa música e fez um poema improvisado, referindo-se a nós como aves sangrias. Achamos legal. O sangria, pelo lado forte, sangüíneo, violento do Nordeste. O ave, pelo lado poético, símbolo da liberdade do nosso trabalho. 

Na época, o som do Quinteto Violado era uma das sensações da MPB. Não tardou para as gravadoras mandarem olheiros ao Recife em busca de um novo quinteto. A RCA foi uma delas. O Ave Sangria foi sondado e recusou a proposta (a RCA contratou a Banda de Pau e Corda). 

O disco viria com a indicação da banda, pelo empresário dos Novos Baianos, à Continental, a primeira gravadora a apostar no futuro do rock nacional. Antecipando a gozação por serem nordestinos, os integrantes da banda chegaram no estúdio Hawai, na Avenida Brasil, Rio, todos de peixeira na mão: "Falamos para o pessoal ter cuidado, porque a gente vinha da terra de Lampeão", relembra Almir Oliveira. Foi um dos poucos momentos de descontração da banda. Com exceção de Marco Polo, nenhum dos integrantes conhecia o Rio e jamais haviam entrado num estúdio de gravação. 

De peixeira na mão

Como agravante, quem produziu o disco foi o pouco experiente Marcio Antonucci. Ex-ídolo da Jovem Guarda (formou a dupla Os Vips, com o irmão Ronaldo), Antonucci ficou perdido com o som que tinha em mãos, e o pôs a perder: "Ele não entendeu nada daquela mistura de rock e música nordestina que a gente fazia, e deixou as sessões rolarem. O diabo é que a gente também não tinha a menor experiência de estúdio", conta o guitarrista Paulo Rafael. Resultado: o disco acabou cheio de timbres acústicos. O Ave Sangria, involuntariamente, virou uma espécie de Quinteto Violado udigrudi. E adulterado não foi apenas o som. A gravadora não topou pagar pela arte da capa e colocou em seu lugar um arremedo do desenho original, assinado por Laílson. 

O disco, mesmo pouco divulgado, conseguiu relativo sucesso no Sudeste, e vendeu bastante em alguns Estados do Nordeste. Uma das músicas que fizeram mais sucesso, e polêmica, foi o samba-choro Seu Waldir. "Seu Waldir o senhor/ Machucou meu coração/ Fazer isto comigo, seu Waldir/ Isto não se faz não... Eu quero ser o seu brinquedo favorito/ Seu apito/ Sua camisa de cetim..." Numa época em que a androginia tornava-se uma vertente da música pop. Lá fora com o gliter rock de David Bowie, Gary Glitter e Roxy Music com Alice Cooper, a aqui com o rebolado dos Secos & Molhados, Seu Waldir foi considerado pelos moralistas pernambucanos como uma apologia ao homossexualismo, quando não passava de uma brincadeira do irreverente do Ave Sangria. 

Seu Waldir por pouco não vira mito. Uns diziam que era um senhor que morava em Olinda, pelo qual o vocalista do Ave Sangria apaixonara-se. Outros, que se tratava de um jornalista homônimo. Enfim, acreditava-se que o tal Waldir era um personagem de carne e osso. Marco Polo esclarece a história do personagem "Eu fiz Seu Waldir, no Rio, antes de entrar na banda. Ela foi encomendada por Marília Pera para a trilha da peça A Vida Escrachada de Baby Stomponato, de Bráulio Pedroso, que acabou não aproveitando a música". 

O Departamento de Censura da Polícia Federal não levou fé nesta versão. Proibiu o LP e determinou seu recolhimento em todo território nacional. A proibição incitada, segundo os integrantes do Ave Sangria, pelo hoje colunista social do Diário de Pernambuco, João Alberto: "Ele tocava a música no programa de TV que ele apresentava e comentava que achava um absurdo, que uma música com uma letra daquelas não poderia tocar livremente nas rádios", denuncia Rafles. Almir Oliveira diz que lembra dos comentários do jornalista na televisão: "Mas não atribuo diretamente a ele. Se não fosse ele, teria sido outra pessoa, a música era mesmo forte para a época", ameniza. A proibição, segundo comentários da época, deveu-se a um general, incentivado pela indignação da esposa, que não simpatizou com a declaração de amor a seu Waldir. 

O disco foi relançado sem a faixa maldita, mas aí o interesse da mídia pelo grupo já havia passado. A Globo, por exemplo, desistiu de veicular o clipe feito para o Fantástico, com a música Geórgia A Carniceira. O grupo perdeu o pique: "A gente era um bando de caras pobres, alguns já com filhos, a grana sempre curta. No aperto, chegamos até a gravar vinhetas para a TV Jornal (uma delas para o programa Jorge Chau)", relembra Marco Polo. 

Em dezembro de 1974, o Ave Sangria parecia querer alçar vôo novamente. O grupo fez uma das suas melhores apresentações, com o show Perfumes & Baratchos, agora relançado, juntamente com o álbum homônimo de 1974 em vinil duplo pelo selo Ripohlandya com uma nova edição em Gatefold e vinil de 180g, com áudio remasterizado a partir do original. O público que foi ao Santa Isabel não sabia, mas teve o privilégio de assistir ao canto de cisne da Ave Sangria. Foi o último show e o fim da banda."

(Texto de José Teles, publicado no site Senhor F, in: http://brnuggets.blogspot.com.br/2006/03/ave-sangria-ave-sangria-1974.html)


Faixas:
01. Dois Navegantes
02. Lá Fora
03. Três Margaridas
04. O Pirata
05. Momento na Praça
06. Cidade Grande
07. Seu Waldir
08. Hei! Man
09. Por Que?
10. Corpo em Chamas
11. Geórgia, a Carniceira
12. Sob o Sol de Satã

Disco Lacrado.
Edição 2014, pelo selo Ripohlandya em Gatefold e vinil de 180g, com áudio remasterizado a partir do original.
Saindo por R$ 100


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Bob Dylan - Desire (76)



É o décimo sétimo álbum de estúdio de Dylan.
Em 1976, Bob Dylan mostrava-se incansável. Em menos de dois anos lançava seu quinto disco, entre os quais um dos mais importantes discos de Dylan daquela década: "Desire".

Não são poucos os que consideram os álbuns lançados por Dylan, nos anos 70, superiores aos que editou na década anterior. Mais maduro e ciente da sua importância, Dylan mostrava novas facetas ao público, além de não ser mais aquele jovem arrogante e crítico nas entrevistas coletivas.

Não há a menor dúvida que a canção mais importante do disco seja mesmo "Hurricane". Dylan conta que prestou atenção na vida de Rubin Carter após este lhe mandar uma cópia de sua auto-biografia que escrevera na prisão, The Sixteenth Round: "ao ler o livro de Rubin, percebi que éramos irmãos, espiritualmente falando. Ele é um homem brilhante e um dos mais honestos e profundos que conheci. É um cidadão perfeito e eu o amo como a um irmão. Não foi justo que aconteceu com ele e precisa ser solto."

A causa de Carter havia gerado a The Hurricane Trust Found, e Dylan, mesmo não sendo uma das celebridades que a ajudavam, deu muita credibilidade ao escrever a canção, além de fazer um concerto no Madison Square Garden, que tocou com várias presenças ilustres, sendo o legendário boxeador Muhammad Ali, uma delas.

Em um dos momentos mais emocionantes, ligaram para a prisão onde Carter estava, que emocionado agradeceu o esforço. Os dois se encontraram pessoalmente no dia 5 de dezembro de 1975 na prisão Clinton State, onde fez um concerto, com Rubin subindo ao palco.

"Hurricane" é uma das canções mais longas já escritas por Dylan, uma história de quase seis páginas e teve que ser reescrita por pressão dos advogados da Columbia Records que temiam processos de Alfred Bello e Arthur Dexter Bradley, que eram acusados por Dylan de "sumirem com os corpos", crime, do qual, não foram sequer julgados.

Mas "Hurricane", rendeu a ele um processo da ex-garçonete Patty Valentine, que não gostou nada de ver seu nome usado sem autorização.

Além de "Hurricane", o disco trazia outros momentos inesquecíveis. "Isis" fala de uma jovem que casa antes mesmo de aprender os valores da lealdade. "Mozambique" nasceu de uma brincadeira entre Dylan e Levy que queriam ver quantas palavras com a terminação "ique" conheciam.

"One More Cup of Coffee" traz um dueto com a cantora country Emmylou Harris. "Oh, Sister", novamente cantada com Emmylou se tornou um dos momentos principais dos shows, em que fala da fragilidade do amor.

"Joey" rendeu outra polêmica, pois era uma homenagem ao gangster Joey Gallo, morto em 1972, aos 43 anos. Para Dylan, Gallo era um homem com princípios, que se recusava a matar inocentes, era amigo dos negros e um homem que protegeu seus familiares quando levaram tiros em um restaurante.

O disco fecha com uma balada dirigida à ex-esposa Shirley Marlin Noznisky, conhecida como Sara Dylan: "Sara". Ela já havia sido tema de uma linda e pungente canção de amor em Blonde on Blonde ("Sad Eyed Lady of the Lowlands"). O divórcio fora retratado no primoroso disco Blood on the Tracks.

Ao ser lançado, Desire recebeu aprovação unânime da crítica e foi para o topo da parada norte-americana.

(http://www.beatrix.pro.br/mofo/desire.htm)

Em 2003, o disco foi incluído na lista da revista Rolling Stone no nº 174 dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos.

Disco e capa (um pouco envelhecida - vide foto) em ótimo estado; com encarte.
Edição Brasileira de 1977.
Saindo por R$ 30,00


The Cigarettes (2012)




“The Cigarettes”, o terceiro disco, saiu em vinil com tiragem limitada a 250 cópias, com 11 músicas. O vinil tem 180 gramas, foi fabricado na Rep. Tcheca, traz encarte com todas as letras. Além do vinil, uma versão em CD traz as mesmas 11 músicas só que sem a masterização de Gustavo, apenas como foram gravadas, no estúdio BPM em 2008.

Além disso, um EP com tiragem limitada a 50 cópias – “Visions of Mandy” – foi prensado para atender a  algumas das 67 pessoas que ajudaram a bancar o vinil antes da prensagem, através de um crowdfunding que rendeu mais de R$9 mil. Poster com arte de Daniela Hasse e camisa são alguns dos outros mimos que poucos felizardos (e colecionadores) terão por ter ajudado a banda a prensar o vinil.

Além dos fãs, algumas empresas também ajudaram no lançamento:
Locomotiva Discos
Café Elétrico
Coquetel Molotov
RWND
Baratos da Ribeiro


"Marcelo Colares demorou quase duas décadas para lançar o melhor e mais completo registro à frente de sua banda “particular”, o The Cigarettes. Criado pelo músico em 1994, o projeto é ao lado de bandas como Pelvs, Second Come, e Astromato um dos grandes representantes do rock alternativo que invadiu a cena carioca e paulistana no começo da mesma década. Uma surpreendente e inspirada onda de artistas que ajudaram a estabelecer importantes características e marcas ao panorama local, cenário que mais tarde ganharia visível força, estrutura, um selo próprio (Midsummer Madness) e definiria de vez o que ainda hoje é compreendido como os primeiros anos do indie rock em solo tupiniquim.

Mais do que um retorno do artista de Itaperuna – que desde o álbum All Is Well (2005) não lança um novo álbum completo -, o homônimo trabalho serve como um brilhante cartão de visita de Colares para toda uma nova geração de ouvintes. É como se o compositor ocupasse cada uma das 11 canções do presente disco de forma a se apresentar pela primeira vez a um inédito e desconhecido público. Ouvintes tecnicamente preparados pelas recentes distorções proclamadas por grupos como Yuck, Cloud Nothings e The Pains Of Being Pure At Heart, uma nova frente de bandas que de uma forma ou outra parecem estar em sintonia com a proposta do veterano músico carioca.

Embora alguns fios de cabelo branco tenham surgido na cabeça do artista e muito tenha se transformado desde que os primeiros registros do músico foram lançados em idos de 1994 (ainda em fita K-7), as bases que definem as composições do The Cigarettes permanecem felizemente as mesmas. Das distorções nostálgicas proclamadas por The Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine, passando pela sutileza das vozes que preenchem os iniciais registros do Teenage Fanclube – principalmente na fase Bandwagonesque -, tudo parece inalterado nas sempre cativantes músicas do cantor, que ao alcançar o terceiro registro oficial não apenas revive estes experimentos como os  aprimora.

Construído com parcimônia ao longo de quatro anos, o registro passou quase metade desse tempo nas mãos de Gustavo Seabra, guitarrista e vocalista da banda Pelvs que tratou de produzir e mixar o que hoje pode ser compreendido como o novo álbum do Cigarettes. Trabalho mais polido e bem planejado de Colares – que em 2010 deu uma prévia do registro com o lançamento do EP Happiness, Glory and Calmness -, o álbum mergulha nas melancolias e recortes cotidianos do cantor, que assim como nos primeiros trabalhos usa de sua poesia como um instrumento de aproximação, convertendo histórias particulares e doces desilusões em tratados líricos que bem se relacionam com qualquer ouvinte.

Mais do que um registro de conexão entre a música do passado e as presentes gerações de ouvintes, a polidez do álbum acaba por revelar um artista renovado e parcialmente inédito, mesmo àqueles que há tempos acompanham o trabalho do carioca. É como se longe das densas camadas de distorção e ruídos involuntários que impregnavam as antigas e artesanais composições do músico fosse possível encontrar e estabelecer uma relação um compositor raro, um artista que se deixa consumir por doses leves de psicodelia (Time To Go) e pequenas aproximações com o pop (We Are Alone e Older) sem jamais esquecer das guitarras enevoadas que lhe garantiram mínimo destaque no passado.

Em tempos de distorção no rock alternativo, com bandas como The Sorry Shop, Subburbia e Single Parents assumindo as rédeas dessa proposta, o retorno do The Cigarettes não apenas se revela como um feito essencial, como traz de volta uma série de referências e ensinamentos talvez esquecidos por estes recentes grupos. É como se Marcelo Colares, além de garantir subsídios e inspiração para toda uma presente geração de ouvintes e novas bandas fizesse desse retorno uma espécie de benção, estabelecendo uma sólida conexão entre o rock independente proposto há duas décadas e aquilo que predomina na cena atual."

(http://miojoindie.com.br/tag/the-cigarettes/ - "OS 50 MELHORES DISCOS NACIONAIS DE 2012")


Disco e capa em excelente estado - com encarte.
Edição Limitada 250 cópias - única edição.
Saindo por R$ 45

Xangai Quê qui tu tem canário (1981) Kuarup Discos



"Eugênio Avelino nasceu em Vitória da Conquista, Bahia, em 1948. Ainda criança, mudou-se com a família para a Zona da Mata de Minas Gerais. Lá, seu pai montou uma sorveteria, na cidade de Nanuque, cujo nome era Xangai. Daí o artista tirou, mais tarde, seu nome artístico. Sua família era ligada à música. O avô era sanfoneiro, e Xangai iniciou os estudos musicais na sanfona, passando, posteriormente, ao violão. 

No início da década de 1970, viveu na fazenda de seu primo, o compositor Elomar. Com ele, conheceu a cultura e a música caipira, e aprendeu a cantar aboiando o gado. Essa convivência foi fundamental para sua formação musical. Em 1973, mudou-se para o Rio de Janeiro. Chegou a começar uma faculdade de economia, que largou para dedicar-se à música. 

Em 1976, gravou seu primeiro disco. Xangai chama a atenção não só pelo talento, mas também porque faz críticas abertas à cultura de massa, e ao monopólio musical instituído pelas grandes gravadoras. Ele faz questão que sua música seja uma resistência a isso. E notemos que seus primeiros discos, gravados em meados da década de 70 e no começo da década de 80, coincidiram com o apogeu das grandes gravadoras. Ele fala da mídia de massa, que impõe a todo o mundo a música de alguns poucos artistas, como um rolo compressor que massacra as culturas populares locais, que, por mais que tenham qualidade e consigam resistir, ficam em estado de extrema vulnerabilidade. Mas ele alerta que existem pessoas que não se deixam enganar pelo canto das “pseudo-sereiras”, a quem ele denomina “guerrilheiros culturais”, e entre os quais ele mesmo se inclui. Apesar disso, Xangai alcançou grande sucesso, e hoje é um artista muito conhecido. Mas sua postura, fiel à música de qualidade, não permitiu que ele ficasse rico. Segundo ele, dá para pagar as contas, mas nunca tem dinheiro sobrando. 

Qué qui tu tem canário é o terceiro disco da carreira de Xangai, gravado em 1981. Apesar de Xangai não rotular sua música, sua obra evidencia claramente sua afinidade com os sons e os temas do sertão. Nesse disco, ele mostra o grande compositor que já era em início de carreira, e seu enorme talento como intérprete. Destaco as faixas Estampas Eucalol, de Hélio Contreiras, e Matança, de Jatobá."

(http://www.acervoorigens.com/2010/12/xangai-que-qui-tu-tem-canario-21122010.html)


1. Cantoria do Galo
2. Qué Qui Tu Tem Canário
3. Curvas do Rio 
4. Pés de Milho
5. Galope Beira Mar (Fragmentos Soletrados)
6. Estampas Eucalol
7. Matança
8. Os Carneirinhos
9. Água
10. Esquindô de Zombaria

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1981 - com encarte/letras.
Saindo por R$ 45

Genesis - Nursery Cryme (1971)



"Se você liga o nome Genesis a baladas pop, pare um pouco, ouça "Nursery Cryme" e reveja seus conceitos: a banda que Phil Collins colocou nas paradas de sucesso pop de todo o mundo já foi um caso muito, muito sério. Bom, para começar, nem era a banda de Phil Collins, mas um grupo construído em volta do quarteto Peter Gabriel (vocal e flauta), Tony Banks (teclados), Anthony Philips (guitarra) e Mike Rutherford (baixo), remanescentes da primeira e frustada formação, que lançara nos anos 60 o álbum "From Genesis To Revelation" e que, anos depois se reagrupara e gravara, acompanhados de John Mayhew (bateria), o belo álbum "Trespass" (1970).

Aconteceu, então, a mudança que colocaria o Genesis na elite do progressivo, com a entrada dos excelentes Steve Hackett (guitarra) e Phil Collins (bateria); o grupo encontrou neste quinteto a maturidade como compositores, como intérpretes e, mais importante, como banda. A formação que viria ser considerada a ideal por fãs e crítica entrou em estúdio, um ano depois, ainda produzidos por John Antnony, e gravou uma obra-prima.

O álbum abre com "The Musical Box", uma longa peça (10min30seg) que inspirou a sangrenta, bizarra e dantesca capa, onde uma menina e sua ama, no período vitoriano, jogam críquete com cabeças de outras crianças. No folheto que acompanhava o disco, há uma historieta imaginativa e gótica explicando-a em detalhes. Como música, "The Musical Box" tem grandes achados, transmitindo através da escolha de instrumentos e timbres, o clima e a trama que vão se desenvolvendo e se revelando aos poucos: a menina achando a caixa de música, maravilhando-se, o "envelhecimento" do irmão, o apetite sexual distorcido, a transformação e o epílogo. Nessa peça, quem já conhecia o grupo pôde perceber como a entrada de Steve Hackett foi proveitosa. As delicadas frases em sua Gibson e os solos mais distorcidos, sem perder a clareza, somaram muito ao som da banda. Temos que notar aqui que o trabalho de guitarra e bateria mantiveram a linha escolhida pelo grupo, mas o nível dos artistas fez a diferença. Outro destaque é o vocal de Peter Gabriel, mais interpretativo do que era até então.

A segunda faixa, como contraponto, é uma singela balada acústica de apenas 1min43seg, delicada e gentil como seu tema. "For Absent Friends" descreve suavemente, como quem vê uma cena de filme, uma visita de duas viúvas à igreja. Sua melodia é tão doce que qualquer letra, romântica ou pastoril, se encaixaria perfeitamente nela, desde que tivesse como tema a paz.

"The Return Of The Giant Hogweed", outra faixa longa, traz à memória os engenhosos e pueris filmes B de ficção científica dos anos 50, narrando a história bizarra de um arbusto gigante que destruiria a todos nós, imune a qualquer bateria herbicida. Mais notável que a música, a letra é um trunfo bem jogado por Peter Gabriel que, mais uma vez, tem a chance de ser mais um ator que um cantor. Qualquer semelhança com a narração de "Guerra dos Mundos" por Orson Welles pode não ter sido mera coincidência.

O lado B brindava o ouvinte com, na minha modesta opinião, a melhor peça do Genesis desta fase. "Seven Stones" é como um aliança de ouro com um diamante incrustado: o mineral mais cobiçado e o metal mais rico são combinados para dar um sentido palpável a um sentimento, valorizando ao mesmo tempo a jóia. A história do velho marinheiro vai entrando mais em nosso coração que em nossos ouvidos, e os acordes finais do mellotron de Banks (uma das grandes marcas registradas do Genesis), sublinhados pela bateria, é um dos finais mais felizes que qualquer música jamais teve.

Outro achado é "Harold The Barrel", que se segue. A música vai contando mais uma historieta, dessa vez através de um noticiário, de pessoas na rua e dos protagonistas do drama que se desenrola e culmina num suicídio anunciado várias vezes. Antes que Harold pule do alto do prédio, todos tentam dissuadi-lo, inclusive sua mãe. Essa, por sinal, é apresentada brilhantemente através do arfar resfolegante por ter subido os degraus de um prédio, onde seu filho se encontra no parapeito, sonhando estar a muitas milhas distante, navegando num barco em alto-mar. Seu final, inconcluso, é outro ponto marcante, e você não tem como evitar se sentir despencando junto com o infeliz Harold.

Tal e qual no lado A, uma peça mais suave serve de intermezzo entre histórias tão dramáticas e vigorosas. Agora é "Harlequin", que tem um arranjo mais calcado nas guitarras e violões, com os vocais cantando versos quase soníferos, de tão suaves que são, com imagens calmas como "All, always the same / but there appears in the shade of dawning / though your eyes are dim / all of the pieces in the sky."

Para finalizar, outra música de longa duração, como convém aos temas progressivos. Ambientada na Grécia Heróica, conta o mito de Hermafroditus, semideus que foi unido num só corpo a uma ninfa. Novamente baseando seu arranjo desde a introdução no som orquestral do mellotron e do órgão, "The Fountain of Salmacis", abre um pequeno espaço, no meio da peça, para que guitarra e flauta se destaquem, já que a cozinha Rutherford/Collins é simplesmente impecável nessa faixa. Vale a pena prestar atenção também nos vocais que se sobrepõem, reforçando a dualidade da origem do filho de Hermes e Afrodite que se funde a ninfa Salmacis (para quem não sabe, atualmente o termo hermafrodita designa indivíduos que possuem ambos os sexos).

Após esse disco perfeito, o Genesis gravaria outra obra de arte, "Fox Trot", álbum que finalmente levaria o grupo para os quatro cantos do mundo e que levaria o público em geral a descobrir esta maravilha que é, ainda hoje, "Nursery Cryme"."

(http://whiplash.net/materias/cds/003258-genesis.html)


Disco e capa em ótimo estado.
Edição 1975 "Pop Giants vol. 22".
Saindo por R$ 30

Egberto Gismonti Em Família (1981)



"Egberto Gismonti em mais um clássico de sua vasta discografia. 
(Vinil na cor branca em homenagem à Branquinho, filho de Egberto Gismonti).

Com a participação de Mauro Senise, Zeca Assumpção e Nenê.

Faixas:
01 - Lôro (Egberto Gismonti)
02 - Don Quixote (Geraldo Carneiro - Egberto Gismonti)
03 - Em família (Egberto Gismonti)
04 - Sanfona (Egberto Gismonti)
05 - Folia (Egberto Gismonti)
06 - Chôro (Egberto Gismonti)
07 - Auto-retrato (Geraldo Carneiro - Egberto Gismonti)
08 - Branquinho (Egberto Gismonti)


Disco e capa em ótimo estado; com encarte+Jornal Caipira.
Edição Original 1981.
Saindo por R$ 50

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Nektar - Down to Earth (1974)



"After one of the finest progressive rock masterpieces "Remember The Future" the guys from Nektar had to decide the direction of their next project. Do you continue with the theme record and the longer tracks or attempt something different? Nektar went with the alternate route and along with "Sounds Like This" comes their most underrated achievement.

1974's "Down To Earth" with Hawkwind friend Robert Calvert acting as ringmaster for the progressive circus is a tremendous listen. "Astral Man" is in its proper place as the album opens. Offering the perfect combination of catchy instrumentation with a great vocal, the three–minute tune would be superlative on stage as well. "That's Life" is a work of art. The beauty of the song comes alive each listen. "Fidgety Queen" is in your face Nektar rock and roll with no apologies needed. "Oh Willy" can be thought of as a shorter version of "A Day In The Life Of A Preacher" from "Sounds Like This." In short form it still takes hold of your body.

The album builds momentum and by the time the eighth track rolls around "Show Me To Way" you are elevated to an even higher level of musical brilliance. Make sure to please purchase the remaster with 6 alternate versions and some Robert Calvert ringmaster outtakes!

If you are looking for the first Nektar album to purchase any order of "Remember The Future", "Recycled", or "A Tab In The Ocean" will surpass your expectations. Once you have absorbed the wizardry, next should be "Journey To The Center Of The Eye", "Sounds Like This", and "Down To Earth." Those would cover the original Roye Albrighton catalog. "Magic Is A Child" with Dave Nelson stepping in takes a different approach but still a must own. You then will have several reunion choices and Roye solo projects to engulf.

Enjoy the music and be well,
Craig Fenton
Author of the Jefferson Airplane book "Take Me To A Circus Tent"

(http://www.thenektarproject.com/discography/dte.aspx)

"Astral Man" – 3:07
"Nelly the Elephant" – 5:02
"Early Morning Clown" – 3:21
"That's Life" – 6:49
"Fidgety Queen" – 4:04
"Oh Willy" – 4:00
"Little Boy" – 3:03
"Show Me the Way" – 5:55
"Finale" – 1:36

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1975 (Sábado Som).
Saindo por R$ 45

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Djavan - A Voz, o Violão, A Música de Djavan (1976)


"A Voz, o Violão, a Música de Djavan (estilizado como A Voz • O Violão • A Música de Djavan) é o primeiro álbum do cantor e compositor brasileiro Djavan, lançado em 1976. O disco traz alguns dos maiores hits do cantor, como "Flor de Lis", "Fato Consumado", "E Que Deus Ajude" e "Muito Obrigado".

Alvaro Neder, em uma revisão feita para a Allmusic, elogia o álbum pela sua forma de trabalho: "Os destaques são as maravilhosas melodias, a sonoridade musical de suas músicas, o violão inteligente do Djavan, e a interação rica rítmica entre voz e violão. Todas as composições são ótimas, explorando do samba e baião".


Lado A
1. "Flor de Lis"   3:45
2. "Na Boca do Beco"   2:04
3. "Maçã do Rosto"   3:15
4. "Para-Raio"   2:28
5. "E Que Deus Ajude"   3:02
6. "Quantas Voltas Dá Meu Mundo"   3:33

Lado B
7. "Maria das Mercedes"   2:52
8. "Muito Obrigado"   3:06
9. "Embola Bola"   2:31
10. "Fato Consumado"   2:32
11. "Magia"   2:58
12. "Ventos do Norte"   3:16


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1976.
Saindo por R$ 40


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Garoto (1979)



Somente com ele, existe o LP Garoto (COLP 12392 - MIS-029), lançado pelo MIS-Rio/Copacabana/FEMURJ em 1979, a partir de matrizes de gravações realizadas na Rádio Nacional, com as faixas:

Lado A
1. Alma Brasileira (Radamés Gnattali) - solo de violão (1'32")
2. Sons De Carrilhões (Joao Pernambuco) - solo de violão (1'17")
3. Benny Goodman No Choro (Garoto) - solo de violão-tenor, com orquestra (3'36")
4. Rato Rato (Casemiro Rocha - Claudionor Costa) - solo de violão-tenor, com orquestra (2')
5. Tico-tico No Fubá (Zequinha de Abreu) - solo de violão-tenor, com
orquestra (1'43")
6. Duas Contas (Garoto) - solo de violão (2'46")
7. Amor Não Se Compra (Bonfiglio de Oliveira) - solo de cavaquinho, com Regional (1'50")
8. Cavaquinho Boogie (Garoto) - solo de cavaquinho, com orquestra (3'23")

Lado B
1. Carinhoso (Pixinguinha - João de Barro) - solo de violão, com Lyrio
Panicali ao piano (2'40")
2. Relâmpago (Garoto) - solo de cavaquinho, com Lyrio Panicali ao piano (2'04")
3. Chinatown, My Chinatown (Willian Jerone - Jean Schwartz) - solo de violão-tenor, com orquestra (2'49")
4. Chorinho Do Ahu (Garoto) - solo de violão-tenor, com orquestra (1'46")
5. Nacional (Garoto) - solo de violão-tenor, com orquestra (2'22")
6. Sempre Perto de Você (Garoto) - solo de violão-tenor, com orquestra (3'17")
7. Saudade de Iguapé (Garoto) - solo de violão, com acompanhamento de dois violões (3'51")


Trechos do texto da contra-capa:

"...são gravações em acetato - algumas com base de vidro e outras com base de alumínio - realizadas, ao vivo, durante a irradiação dos programas da fase áurea da Rádio Nacional. Não se trata de discos "caprichados", produzidos em moldes profissionais, porque eles eram gravados objetivando analisar o trabalho realizado por artistas, maestros, arranjadores, músicos de orquestra ou solistas e até mesmo estudar o difícil problema da colocação de cada um diante do microfone. Os acetatos da Rádio Nacional eram o laboratório onde cada um aprendia. (...) 

Aqui, em cada faixa um flagrante. Apesar dos ruídos, chiados e 'pipocas' que restaram (o que dá um excelente ar de autenticidade), Garoto mostra-se à vontade, sem retoques, sem a perfeiçãoo da atual técnica eletrônica, mas com a sinceridade de um talento artístico invejável. Há erros de colocação ao microfone, há imperfeições, há instrumentos encobertos por outros e o violino do Patane' pouco aparece em "Rato Rato". Mas a gente percebe bem o piano de Radamés em "Benny Goodman no Choro"; o de Lyrio Panicali em "Carinhoso" e "Relâmpago"; o violão rico de baixaria de Bola Sete, em "Amor Não Se Compra"; o vibrafone do Luciano
Perrone em "Nacional"; a flauta do Pedrinho Vieira Gonçalves, no "Tico-Tico no Fubá'"... 

Muita gente, entretanto, não foi identificada. É possível que, depois da publicação deste LP, surjam informações de críticos, estudiosos ou de participantes que dirão: "Quem tocava tamborim era o Fulano..." Ou então: "Este solo de piston é meu!"... Com isto, completaremos nossos apontamentos para, quem sabe, um dia, numa segunda edição, relacionarmos um maior número
de nomes entre os que estão, ao lado do Garoto, nestas hoje históricas gravações que a Rádio Nacional realizou, em seus estúdios, numa época que muita gente recorda com saudade."
(Paulo Tapajós)


Disco e capa (com assinatura) em ótimo estado.
Edição Original 1979. 
Disco Raro.
Saindo por R$ 60


Keith Jarrett - Staircase (1976)



"Staircase is Keith Jarrett’s fourth solo piano album for ECM, and his first after the previous year’s Köln Concert. In contrast to his earlier studio effort, Facing You, Jarrett elides romantic titles in favor of four singly marked suites in this entirely improvised studio session. Like every carefully chosen word of a William Carlos Williams verse, Jarrett’s equally lyrical insights plough to the heart of the matter like no others.

The title work gives special insight into the pianist’s improvisational process. Atop a foundation of steady syncopation, he constructs a helical tower. Rather than expanding it into a broader sound palette, however, he works his way into every crevice. Ever the master builder, he approaches melodies as if they were bricks to be laid. Upon these he takes careful steps, taking care to rest his fingers upon ivory like toes upon stone. And though he may stumble, there is always a counterbalancing action waiting in the wings, swooping down like an owl from the rafters, pulling a thread in its break to that final microscopic strand.

While Jarrett often works wonders with variations, in the first part of “Hourglass” we also experience the reverse. With great vibrancy, he rolls through its spiritual-infused fields like a child tumbler. Yet this is only a prelude to Part II, in which the ecstasy of elegy blinds us with its 14-minute plenitude. Jarrett’s crisp yet fluid arpeggios run across the keyboard with the fullness of a life that has much to give still. Every note in the left hand is a feather tested by the heavy air of the right. And as every utterance floats ever so gently to the waters below, it traces a zigzag of arcs in the winds of our slumber.

Like the angled shadow of its eponymous timepiece, Part I of “Sundial” appears still when we look at it directly, and only seems to move when we do not. It is at once frozen and highly animate, pulling existence forward with every intangible revolution. Jarrett sings with a genuine croon, holding his breath through the keys. This music is his respiration, and he concludes it on a forgiving sigh.

The three-part “Sand” rises in large handfuls before being thrown into the air. We listen, enthralled, as Jarrett scours the landscape, picking up every last grain. He places them into the hourglass, which he rests on a nearby sundial before ascending the staircase out of sight.

Though difficult to spot in the shadows of other many fine solo outings, there is an essential quality to Staircase that one rarely finds in the confines of a studio. Jarrett accomplishes something much greater than music here, flushing out details like a biological organism developing in reverse, so that by the end we return to the music’s infancy, where the corruptions of a nurturing world fail to wreak havoc on a tender mind. There is a method to his seeming lack thereof, and its name is “now.”

(http://ecmreviews.com/2010/12/24/staircase/)

Keith Jarrett piano
Recorded May 1976 at Davout Studio, Paris
Engineer: Roger Roche
Produced by Manfred Eicher) 



Discos (duplo) e capa em ótimo estado.
Importado USA.
Edição 1977.
Saindo por R$ 50

domingo, 21 de setembro de 2014

Arrigo Barnabé - Clara Crocodilo (1980)



"Quando o disco Clara Crocodilo foi lançado, em 1980, a reação de boa parte do público foi de estranhamento. “Que música é essa? Isso não é música”, diziam. Por isso, minutos antes do show de Arrigo Barnabé no Mundo Pensante, em São Paulo, na última quarta-feira (19), quando tive a oportunidade de entrevistar o artista, perguntei na primeira: “As pessoas ainda estranham sua obra em 2014?”. Eu certamente não faria essa pergunta se já soubesse o que veria instantes depois: a obra de Arrigo Barnabé ovacionada e aclamada por um público em êxtase. Quase 35 anos depois, parece que o estranhamento deu lugar à admiração a um dos mais originais nomes da música brasileira. Afinal, que outra reação além do êxtase pode haver para quem acompanha ao vivo algo que certamente pode ser considerado único? Único porque não há nada igual. E não há mesmo. 

A inventividade de Arrigo foi tanta que nenhum gênero já existente poderia abarcar sua obra em Clara Crocodilo. Foi preciso criar algo totalmente novo. Ele incorporou as inovações da música erudita contemporânea e a misturou à música popular.  As estruturas foram modificadas. Não tem jeito. Nossos ouvidos acostumados às canções são levados a um local desconhecido. A essa ousadia, some um texto povoado pelo universo degradante da São Paulo do fim dos anos 70, em que um coroa leva uma prostituta com calcinha pele de leopardo ao Acapulco Drive-In, pessoas caem num antro sujo de diversões eletrônicas, a viúva grita, blasfema e se entrega a todo homem, o beijo tem sabor de veneno e, é claro, o office boy, para recuperar a caixa de supermercado que virou chacrete, se submete a uma experiência científica e vira o monstro Clara Crocodilo. Como diz a letra: “você consegue me seguir neste labirinto?” 

Nesta entrevista exclusiva ao Azoofa, Arrigo Barnabé falou sobre o processo de criação de Clara Crocodilo e as dificuldades para gravar a obra de maneira independente, comentou o reconhecimento à importância da Vanguarda Paulista, movimento do qual foi um dos principais nomes ao lado de Itamar Assumpção e Grupo Rumo, adiantou novos projetos e ainda revelou que em breve veremos um documentário sobre sua obra. Acompanhe!   

Azoofa: Em 2014 as pessoas ainda estranham Clara Crocodilo da mesma forma como em 1980, quando o disco foi lançado? 
Arrigo Barnabé: Estranham menos no mal sentido. Porque antigamente tinha o estranhamento bom e tinha o estranhamento ruim. As pessoas falavam: “isso não é música”. Então hoje em dia você não tem mais essa coisa de “isso não é música”. Esse estranhamento ruim não tem mais, mas as pessoas ficam ainda impactadas. Eu fiquei um bom tempo sem tocar o Clara. Eu fiquei quase uns 15 anos sem fazer show com banda tocando o Clara Crocodilo. 

Mas por algum motivo especial? 
Porque eu fazia outras coisas, outros trabalhos. De 2004, 2005 pra cá que eu voltei. 

Você o considera um disco atemporal? 
Eu acho que ele tem bastante potência. Ele resiste bem ao tempo. Ele resiste bem à passagem do tempo. Você o escuta e não sente o tempo. 

Apesar de o texto ter uma relação forte com a época? O texto só que tem algumas coisas que não existem mais. Você não disca mais ao telefone, por exemplo. Mas as pessoas não escutam bem esses detalhes. Elas escutam a ideia, o que é, aquela coisa meio histérica, e as linhas de contraponto, a polifonia… as pessoas escutam isso. 

Em Clara Crocodilo você quis fazer algo totalmente novo. A música não é de nenhum gênero que já existia. Foi tudo criado. De onde veio essa vontade? 
Lá em Londrina, no Paraná, a gente tinha um grupo formado por mim, o meu irmão Paulo Barnabé, o Mário Lúcio Côrtes – que fez o Clara comigo -, o Antônio Carlos Tonelli e o Robinson Borba. E a gente gostava de escutar coisas diferentes, de escutar música erudita. E eu e o Mário éramos mais radicais com isso. A gente tocava e lia bastante música e estava sempre conversando. E eu lembro que a gente leu no jornal que ia se apresentar no Festival da Canção um compositor novo, que misturava música erudita e popular. Era o Egberto Gismonti. E como a música era um sonho, nós ficamos muito curiosos: “Puta, o que será isso? Quem é o Egberto?”. A gente sempre tinha essa curiosidade. Eu tinha 16 ou 17 anos. Daí eu participei de um festival em Ouro Preto e tomei contato com música contemporânea. Conheci como é que se escrevia, como é que os caras faziam para conseguir aqueles resultados de assimetria rítmica e da sensação de você não ter um tom… E o Mário era muito talentoso. Era o melhor de nós. E a gente começou a compor junto já querendo fazer uma coisa que nunca tivesse sido feita. A gente nem sabia se isso ia pra frente ou não. Na época ela fazia Engenharia Eletrônica e eu fazia Arquitetura. E depois ele continuou a carreira na Engenharia e hoje é professor na Unicamp. Mas a primeira coisa que a gente compôs foi o Clara Crocodilo. Foi logo a primeira música. E já tinha ali um monte de ideias de coisas que não existiam.

E você fez primeiro a música? O texto veio depois? 
O texto demorou. Eu fiquei de 1972 a 79 fazendo. Trabalhando, retrabalhando, tendo as ideias… porque não tinha a ideia ainda. A gente fez a musica, mas não tinha a ideia da peça, porque o Clara é uma peça. Tem um narrador radiofônico que vai entrevistar o monstro e faz a locução – isso aí não existia. Aí a Clara canta, depois o narrador incorpora a Clara e começa a falar com a plateia:  “Vamos ver se você consegue me seguir neste labirinto”. E depois vem o coro final e ainda uma narração final. E isso não tinha. Eu fui desenvolvendo. 

Você define como a obra? 
Eu já li a definição de que é uma ópera-rock… O Clara (a faixa Clara Crocodilo, do disco de mesmo nome) é uma peça pequena. Dá uns 10 minutos. Antes dela tem o Office boy, que explica como apareceu o Clara. Essas duas músicas são juntas, são uma coisa só, você pode pensar nelas como uma coisa só, de 15 a 18 minutos de música dependendo da interpretação. Isso é como se fosse uma performance. Sei lá eu, nunca pensei direito sobre isso… ou uma mini ópera. 

Você acha que depois de você mais alguém teve essa ousadia de tentar criar algo totalmente novo na música? 
As pessoas fazem, cada um faz o novo de um jeito, mas com tanta informação como eu fiz eu não conheço. Não conheço. Mas a gente não pode achar que para a coisa ser nova ela tem que ter muita informação. Às vezes uma obra pode ter uma coisa nova nela embora não tenha uma informação nova. 

Tem algum músico atualmente que você considere de vanguarda? Eu gosto do Kiko Dinucci. Acho legal o trabalho dele. É bem interessante o que ele faz. Eu tô meio por fora… Gosto das coisas que o Paulo Braga faz como pianista, do meu irmão (Paula Barnabé) com a Patife. 

Você escuta pouca coisa nova ou pouca música em geral? 
Eu escuto pouca música em geral. 

Mesmo? 
Agora estou escutando o Lupicínio Rodrigues. Você já fez um trabalho com as músicas dele. Fiz e estou fazendo o segundo. Vou fazer agora o Caixa de ódio 2, com mais 16 canções do Lupicínio. É uma coisa que estou curtindo. Eu tenho trabalhado bastante como intérprete. Comecei com o Caixa de ódio, depois fiz a trilha de um filme que chama Anita e Garibaldi. Fiz uma trilha legal, uma canção com letra e uma valsa. Depois fiz uma série de parcerias com o Luiz Tatit. Nós nunca tínhamos feito nada juntos. Então fizemos nove canções. Eu fiz nove músicas e ele fez nove letras. A gente fez um show com essas músicas, mais algumas coisas minhas inéditas, tem uma parceria com o Zeca Baleiro, uma parceria com o Mário Manga e mais algumas músicas inéditas do Tatit. Então nós fizemos um show, gravamos e vai sair em março um CD com esse material e quem interpreta é a Lívia Nestrovski. Depois eu comecei a fazer um show cantando as coisas do Hermelino Neder, que é meu parceiro e eu gosto muito, e estava esquecido. Então eu fiz esse show Pô, Amar é Importante, com O Neurótico e as Histéricas. E paralelamente com isso tudo, como está fazendo 100 anos do nascimento do Lupicínio Rodrigues, eu estou fazendo o Caixa de Ódio 2 – Cevando o Amargo, que é o nome de uma música dele. Então esses são os meus trabalhos mais recentes. 

Você faria hoje de novo um disco de composições suas pensando em fazer algo diferente como foi o Clara Crocodilo? 
Isso não é uma coisa que você fala “eu vou fazer”. Não tem jeito, não depende da sua vontade. Você tem que ver o que você está fazendo, o que está aparecendo. Eu fiz essas coisas com o Tatit e tem três canções na onda do Clara Crocodilo. São três canções na onda do Clara, musicalmente. 

O mercado ainda impõe muitas dificuldades para os compositores que tentam algo diferente? 
O mercado… hoje em dia eu não sei o que é o mercado mais. As coisas são complicadas. É difícil você conseguir espaço, mas no meu tempo era muito, muito mais difícil. Era uma coisa assim… não tinha nada. Não tinha como gravar. 

Você bancou o Clara Crocodilo? 
O Robinson Borba bancou. Eu não tinha dinheiro. O Robinson, amigo meu daquela turma que eu te falei de Londrina, se formou engenheiro, ganhou dinheiro e, quando eu ganhei o Festival da Tupi com melhor arranjo e ganhei projeção nacional, ele veio a São Paulo e começou a trabalhar comigo. Porque chegou uma hora que nenhuma gravadora quis gravar, embora a gente estivesse fazendo bastante show em São Paulo, e com sucesso. Recentemente saiu o documentário Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista, do Riba de Castro. 

Você acha que ainda vão surgir muitos livros e filmes sobe o movimento Vanguarda Paulista? 
O (cineasta) Alain Fresnot está fazendo um documentário sobre o meu trabalho. E já tem muito material. Vai sair, só não sei quando. Eles estão captando dinheiro, mas já estão com um material enorme. 

Acredita que a Vanguarda Paulista ainda vai receber um reconhecimento maior pelo que representou? 
A gente já tem bastante reconhecimento. Acontece o seguinte: na época a gente não tinha nenhuma possibilidade de penetrar nas mídias eletrônicas. Então a gente ficou uma coisa só de jornal. Teve uma divulgação grande em jornal, mas a gente não passava na televisão nem tocava no rádio. Isso deixou o alcance limitado, pequeno. Agora é difícil mudar esse panorama. Então a gente vai ficar um objeto de estudo. Vão falar “porra, teve aquele negócio, que foi interessante”. Vão considerar, vão saber que teve aquilo, mas não vai sair disso, dentro desse alcance limitado."

(http://www.azoofa.com.br/blog/entrevistas/entramos-no-labirinto-de-arrigo-barnabe-e-clara-crocodilo)




obra absurda da vanguarda paulistana 80´s (... para muitos - e digo muitos meeesmo - a obra é difícil...rs)... 
para tentar "aclarar" o terreno, seguem postados os três links do programa "Som do Vinil", apresentado no Canal Brasil por Charles Gavin (programa incrível, diga-se, que analisa clássicos da música brasileira)...

obra cult, por óbvio...

Capa e disco em excelente estado... impecável.
Edição Original 1980. Relativamente Raro.
Saindo por R$ 90,00






Bob Marley and The Wailers - Catch A Fire (1973)



"A primeira coisa que chama atenção no álbum é sua maravilhosa capa, que simula um isqueiro Zippo. Já em outra edição - bastante conhecida aqui no Brasil -, temos a imagem igualmente emblemática de Bob Marley fumando uma "bomba".

Assim como acontece no Blues, o Reggae é um estilo que prima pela interpretação, vide as ótimas passagens carregadas de sentimentos profundos, como na bela canção que abre o disco, "Concrete Jungle".

Embora minimalista, o disco reúne o que de melhor tem o estilo no quesito instrumentistas. Além de contar com o vocal de Rita Marley e a cozinha lendária formada por Carlton Barrett (bateria) e Aston "Family Man" Barrett (baixo), Peter Tosh também da as caras e brilha como cantor e compositor, principalmente em "400 Years" e "Stop The Train".

Os arranjos das canções se entrelaçam, formando uma estrutura cheia de groove. A guitarra com seu ritmo constantemente ajuda no balanço, enquanto o órgão de timbre doce se encarrega da harmonia. Mas o que realmente encanta são as linhas de baixo do espetacular Family Man. Não tem como esquecer suas clássicas frases em "Babe We've Got a Date (Rock It Baby)" e, obvio, "Stir It Up". É difícil também ignorar as letras sobre miséria e as cicatrizes da escravidão, vide a imponente "Slave Driver".

Bob Marley é um dos grandes ícones da música pop mundial. Arquitetou um estilo colocando a Jamaica no mapa da música e a cultura rastafari em evidencia, sendo Catch A Fire o máximo da sua obra."

(http://paisdobaurets.blogspot.com.br/2013/04/discoteca-basica-bob-marley-and-wailers.html)

Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira 1988.
Saindo por R$ 80


sábado, 20 de setembro de 2014

Mike Oldfield Boxed (1976)



Boxed features quadraphonic remixed versions of his first three albums. Oldfield later explained that instead of being true 4 channel sound, the initial quad remix of Tubular Bells, released few months after the stereo version, was a "strange fake out-of-phase system", because it was so complex a mix without automation.The quad remix of Tubular Bells on Boxed was entirely different and true 4 channel sound. 

The traditional hornpipe melody "The Sailor's Hornpipe", which was the finale from Tubular Bells, has an extended speech from Viv Stanshall, which is from the recording sessions at The Manor Studio (see Tubular Bells original ending).

Tubular Bells was re-mixed in quad by Phil Newell, assisted by Alan Perkins. Hergest Ridge was re-mixed in quad by Mike Oldfield. Ommadawn was re-mixed in quad by Mike Oldfield and Phil Newell.

(wikipedia)




LP one – Tubular Bells[edit]
Side one[edit]
"Tubular Bells" Part One (Mike Oldfield) – 25:30
Side two[edit]
"Tubular Bells" Part Two (Oldfield except "Sailor's Hornpipe" (Traditional)) – 25:47




LP two – Hergest Ridge[edit]
Side three[edit]
"Hergest Ridge" Part One (Oldfield) – 21:24
Side four[edit]
"Hergest Ridge" Part Two (Oldfield) – 18:46




LP three – Ommadawn[edit]
Side five[edit]
"Ommadawn" Part One (Oldfield) – 20:06
Side six[edit]
"Ommadawn" Part Two (Oldfield) – 17:22

LP four – Collaborations[edit]
Side seven[edit]
"Phaeacian Games" (David Bedford) – 3:59
"Extract from Star's End" (Featuring David Bedford, Chris Cutler and The Royal Philharmonic Orchestra) (Bedford) – 7:33
"The Rio Grande" (Traditional, arrangement by Bedford) – 6:34
Side eight[edit]
"First Excursion" (Oldfield, Bedford) – 5:57
"Argiers" (Traditional, arrangement by Oldfield) – 3:59
"Portsmouth" (Featuring Leslie Penning) (Traditional, arrangement by Oldfield) – 2:04
"In Dulci Jubilo" (Featuring Leslie Penning and William Murray) (Traditional, arrangement by Oldfield) – 2:51
"Speak Tho' You Only Say Farewell" (Featuring Bedford) (Ray Morello, Horatio Nicholls) – 2:56




Discos (caixa quádrupla) em excelente estado, impecáveis.
Caixa em excelente estado, com encarte (fotos).
Importado England.
Edição Original 1976.
Saindo por R$ 150

Stephen Stills - Manassas (1972)



"Ao saber que o amigo Chris Hillman morria de tédio no Flying Burrito Brothers, Stephen Stills o convidou para tocar em seu novo álbum solo, ao lado da pedal steel do guitarrista do Burritos, Al Perkins, e do rabequista de bluegrass Byron Berline. Gravado no Criteria Studios, em Miami, este álbum conceitual bebe do rock, folk, música latina, country e blues - com a colaboração de Calvin "Fuzzy" Samuels (baixo), Dallas Taylor (bateria), Paul Harris (teclado) e Joe Lala (percussão).

A riqueza do material e do time de músicos resultou num álbum duplo ambicioso, talvez o maior lançamento da carreira de Stills - um trabalho saboroso e renovador, ainda que dentro da melhor tradição do rock. O repertório variado, que poderia parecer muito disperso, forma, na verdade, um todo coeso. A gravação se dividiu claramente em quatro partes, espelhadas nos quatro lados do lançamento original em vinil. 

"The Raven" junta rock e estilos latinos; "The Wilderness" é country e bluegrass, marcada pelo bandolim, violino pedal steel e uma harmonia excepcional em várias partes; "Consider" prioriza o folk e o folk rock; "Rock and Roll is Here to Stay" é mais blues e rock; e a épica "Treasure" se tornou uma das mais importantes faixas do grupo (a acústica "Blue Man" é dedicada a Jimi Hendrix, Al "Blind Owl" Wilson e Duane Allman).

O baixista dos Stones, Bill Wyman, ajudou Stills a terminar "The Love Gangster". Mais tarde, ele revelou a Dallas Taylor que queria ter saído dos Stones para se juntar ao time de Manassas - mas ninguém o convidou."

(resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer")




Discos (duplo) em ótimo estado.
Capa (dupla) em muito bom estado, com envelhecimento normal 
em uma edição (brasileira) original 1972.
Saindo por R$ 55