domingo, 31 de agosto de 2014

Peter Tosh ‎- The Toughest, The Selection 1978-1987



Tracklist 

1 Coming In Hot
2 Don't Look Back
Written-By – White*, Robinson*
3 Pick Myself Up
4 Crystal Ball
5 Mystic Man
6 Reggaemylitis
7 Bush Doctor
8 Maga Dog
9 Johnny B. Goode
Written-By – Berry*
10 Equal Rights/Downpresser Man
11 In My Song

Disco e capa (com assinatura) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1988.
Saindo por R$ 30

Chico Buarque - Construção (1971)



"Construção foi o quinto álbum de Chico Buarque para a Philips. É um trabalho que se tornou um clássico e um marco de referência desse cantor de importância maior na música brasileira e mundial. Quase todas as músicas que compõem esse disco fizeram sucesso. Buarque aparece aqui num ambiente acústico. A orquestração do álbum foi influenciada por Duprat. 

Logo no início, o LP mergulha fundo nos ritmos tradicionais brasileiros, em canções que, implicitamente, criticam o regime ditatorial do país ("Deus Lhe Pague" e a música-título "Construção").

Como é comum na obra desse inigualável contador de histórias, ele realça os detalhes do dia-a-dia característicos e definidores das relações humanas (e da condição humana - como em "Ópera do Malandro"); em "Cotidiano", que fala da rotina da relação entre um homem e uma mulher. 

As três faixas seguintes, "Olha Maria", "Samba de Orly" e "Valsinha" são parcerias com outros grandes letristas e compositores da música brasileira - Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Toquinho ("Samba de Orly" faz referência ao aeroporto francês e a Paris, que se tornaram familiares aos brasileiros exilados). Outro destaque é "Valsinha", uma canção de amor de dois minutos que permaneceu nos ouvidos e no coração do público internacional.. Um disco obrigatório."

(resenha extraído do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer")

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1971.
Saindo por R$ 40


Various - Guitar Player (1977)



A1 –Lee Ritenour Valdez In The Country
Bass – Bill Dickenson*
Drums – Wilson Q. Wilson
Electric Guitar [Gibson Es-335] – Lee Ritenour
Engineer – F. Byron Clark
Keyboards – Patrice Rushen
Percussion – Steve Forman
Saxophone [Tenor] – Ernie Watts
Written-By – Donny Hathaway
6:31

A2 –B.B. King Guitar Player
Bass – Joe Turner (4)
Drums – John Starks*
Electric Guitar [Gibson Es-335 Stereo] – B.B. King
Engineer – David Coffin
Guitar [Rhythm] – Milton Hopkins
Organ – James Toney
Piano, Written-By – Leonard Feather
Saxophone [Tenor] – Bobby Forte
3:12

A3 –Joe Pass Django
Electric Guitar [Gibson Es-175] – Joe Pass
Engineer – George Charouhas
Written-By – John Lewis (2)
5:54

A4 –Barney Kessel & Herb Ellis Two More For The Blues
Bass – Monty Budwig
Drums – Jake Hanna
Electric Guitar [Gibson Es-175] – Barney Kessel
Electric Guitar [Gibson Es-175], Written-by – Herb Ellis
Engineer – George Charouhas
Piano – Pete Jolly
5:33

B1 –Larry Coryell Toronto Under The Sign Of Capricorn
Acoustic Guitar, Written-By – Larry Coryell
Engineer – George Charouhas
3:39

B2 –Larry Coryell Spain
Acoustic Guitar – Larry Coryell
Engineer – George Charouhas
Written-By – Chick Corea
5:17

B3 –Joe Pass Two Track Trip
Electric Guitar [Gibson Es-175], Written-by – Joe Pass
Engineer – George Charouhas
5:21

B4 –Laurindo Almeida Feelings
Acoustic Guitar, Arranged By – Laurindo Almeida
Bass – Monty Budwig
Drums – Jake Hanna
Engineer – George Charouhas
Written-By – Morris Albert
4:22

B5 –Laurindo Almeida Samba For Sarah
Acoustic Guitar, Written-By – Laurindo Almeida
Bass – Monty Budwig
Drums – Jake Hanna
Engineer – George Charouhas
3:39

C1 –B.B. King Counting My Tears
Bass – Joe Turner (4)
Drums – John Starks*
Electric Guitar [Gibson Es-335 Stereo] – B.B. King
Engineer – David Coffin
Guitar [Rhythm] – Milton Hopkins
Organ, Piano – James Toney
Piano, Written-By – Leonard Feather
Saxophone [Tenor] – Bobby Forte
6:38

C2 –Larry Coryell Autumn In New York
Electric Guitar [Gibson Les Paul Custom Copy] – Larry Coryell
Engineer – George Charouhas
Written-By – Vernon Duke
4:20

C3 –Irving Ashby & John Collins (2) Shivers
Bass – John Heard
Drums – Billy Higgins
Electric Guitar [Fender Telecaster] – Irving Ashby
Electric Guitar [Gibson Es-350] – John Collins (2)
Engineer – Don Henderson
Piano – Hampton Hawes
Written-By – Charles Christian*, Lionel Hampton
4:25

C4 –Irving Ashby & John Collins (2) Funkville U.S.A.
Bass – John Heard
Drums – Billy Higgins
Electric Guitar [Fender Telecaster] – Irving Ashby
Electric Guitar [Gibson Es-350] – John Collins (2)
Engineer – Don Henderson
Piano – Hampton Hawes
Written-By – Leonard Feather
3:35

C5 –Barney Kessel & Herb Ellis Tea For Two
Bass – Monty Budwig
Drums – Jake Hanna
Electric Guitar [Gibson Es-175] – Barney Kessel, Herb Ellis
Engineer – George Charouhas
Piano – Pete Jolly
Written-By – I. Caesar*, V. Youmans*
4:27

D1 –Lee Ritenour Bertha Baptist
Bass – Bill Dickenson*
Drums – Wilson Q. Wilson
Electric Guitar [Gibson Es-335] – Lee Ritenour
Engineer – F. Byron Clark
Keyboards – Patrice Rushen
Percussion – Steve Forman
Saxophone [Tenor] – Ernie Watts
Written-By – Stafford James
9:41

D2 –Laurindo Almeida Lament In Tremolo Form
Acoustic Guitar, Written-By – Laurindo Almeida
Engineer – George Charouhas
4:00
D3 –Joe Pass Allison II
Electric Guitar [Gibson Es-175], Written-by – Joe Pass
Engineer – George Charouhas
4:12

D4 –Barney Kessel & Herb Ellis Contrary-Ness
Bass – Monty Budwig
Drums – Jake Hanna
Electric Guitar [Gibson Es-175] – Herb Ellis
Electric Guitar [Gibson Es-175], Written-by – Barney Kessel
Engineer – George Charouhas
Piano – Pete Jolly
4:54







Credits
Executive-producer – Sonny Burke
Producer, Liner Notes – Leonard Feather

Discos (duplo) e capa (dupla) em ótimo estado. 
Importado USA.
Edição Original 1977.
Saindo por R$ 60

Bob Marley - Exodus (1977)



"1977 foi um ano turbulento para a música mundial, e não poderia ter um disco que melhor representasse a força do reggae nesse contexto do que Exodus. Bob criou um diálogo musical interessante com o punk rock da Inglaterra (“Punky Reggae Party”, que só foi lançada na versão de luxo), o groove universal de “Exodus”, a psicodelia de “The Heathen” e o roots meio pop de “Three Little Birds”, uma de suas canções mais conhecidas. Este disco marcou uma espécie de desprendimento de Bob às raízes jamaicanas. 

No ano anterior, Bob sofreu um atentado em sua terra natal que quase tirou sua vida. Há especulações de que a CIA ou mesmo o governo interino do país estariam envolvidos nessa tentativa de assassinato. Contudo, a mensagem ainda foi positivista. Afinal, como sugere a canção “So Much Things To Say”, ele ainda tinha muito o que dizer."

(http://namiradogroove.com.br/listas/especial-bob-marley-os-10-maiores-albuns)

Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira 1989.
Saindo por R$ 50

Elomar... Das Barrancas do Rio Gavião (1973)



Sobre este senhor, segue o texto de Vinícius de Moraes, para a contracapa do LP "Elomar ...das barrancas do Rio Gavião", de 1973:

"A mim me parece um disparate que exista mar em seu nome, porque um nada tem a ver com o outro, No dia em que "o sertão virar mar", como na cantiga, minha impressão é que Elomar vai juntar seus bodes, de que tem uma grande criação em sua fazenda "Duas Passagens", entre as serras da Sussuarana e da Prata, em plena caatinga baiana, e os irá tangendo até encontrar novas terras áridas, onde sobrevivam apenas os bichos e as plantas que, como ele, não precisam de umidade para viver; e ali fincar novos marcos e ficar em paz entre suas amigas as cascavéis e as tarântulas, compondo ao violão suas lindas baladas e mirando sua plantação particular de estrelas que, no ar enxuto e rigoroso, vão se desdobrando à medida que o olhar se acomoda ao céu, até penetrar novas fazendas celestes além, sempre além, no infinito latifúndio.

Pois assim é Elomar Figueira de Melo: um príncipe da caatinga, que o mantém desidratado como um couro bem curtido, em seus 34 anos de vida e muitos séculos de cultura musical, nisso que suas composições são uma sábia mistura do romanceiro medieval, tal como era praticado pelos reis-cavalheiros e menestréis errantes e que culminou na época de Elizabeth, da Inglaterra; e do cancioneiro do Nordeste, com suas toadas em terças plangentes e suas canções de cordel, que trazem logo à mente os brancos e planos caminhos desolados do sertão, no fim extremo dos quais reponta de repente um cego cantador com os olhos comidos de glaucoma e guiado por um menino - anjo a cantar façanhas de antigos cangaceiros ou "causos" escabrosos de paixões espúrias sob o sol assassino do agreste.

Elomar nasceu em Vitória da Conquista, cidade que também deu vez a Glauber Rocha e Zu Campos, e depois de formar-se em arquitetura pela Universidade Federal da Bahia, ocupa atualmente o cargo de Diretor de Urbanismo em sua cidade. Mas do que gosta realmente é de sua caatingueira, uma das mais ásperas do sertão brasileiro, onde cria bodes e carneiros. Já me foi contado que um de seus reprodutores, o famoso bode "Francisco Orellana", quando a umidade do ar apresenta seus índices mais baixos - que usualmente é 10 graus - senta-se em posição estratégica sobre as patas traseiras e não se peja de urinar na própria boca, de modo a aproveitar, num instintivo e engenhoso recurso ecológico, a própria água do corpo para dessedentar-se.

E tem a onça. Vez por outra, a madrugada restitui a carcaça sangrenta de um bode ou um carneiro, e todas as preocupações cessam, a não ser chumbar a bicha. E a conversa entre os fazendeiros fica sendo apenas essa: onça, suas manias, suas manhas, seus pontos fracos.

Todo mundo se oncifica. Elomar sai à noite para tocaiá-la, e quando a avista só atira nela de frente.
- Um bicho que vem de tão longe para matar meus bodes, esse eu respeito! - diz ele em seu sotaque matuto (apesar da boa cultura geral que tem) e que faz questão de não perder por nada, enojado que está da nossa suposta civilização.

Quando lhe manifestei desejo de passar uns dias em sua companhia e de sua família (Elomar é casado e tem um par de filhos, sendo que a menina tem o lindo nome de Rosa Duprado) para descobrir, em sua companhia e ao som do excelente violão que toca, essas estrelas reconditas que já não se consegue mais ver nos nossos céus poluídos, Elomar me disse:
- Pode vir quando quiser. Deixe só eu ajeitar a casa, que não está boa, e afastar um pouco dali minhas cascavéis e minhas tarântulas...

É... Quem sabe não vai ser lá, no barato das galáxias e da música de Elomar, que eu vou acabar amarrando um bode definitivo e ficar curtindo uma de pastor de estrelas..."

Vinícius de Moraes
Abril de 1973

Disco e capa (levemente envelhecida) em ótimo estado.
Edição 1982.
Saindo por R$ 35


Egberto Gismonti - Sol Do Meio Dia (1978)



"Na ocasião de seu lançamento, o crítico Roberto Muggiati escreveu a seguinte resenha, para a revista Manchete, intitulada O Xingu em Oslo:

'Não se pode falar no novo Lp de Egberto Gismonti, Sol do Meio Dia (EMI-ODEON), sem mencionar Manfred Eicher, dono das Edições de Música Contemporânea (ECM) e produtor deste álbum, gravado em Oslo. Esse jovem alemão, que já foi contrabaixista da Filarmônica de Berlim, lançou uma nova filosofia no mercado fonográfico: produzir 'música através de composições improvisadas espontâneas, em vez de colocar tudo no papel para ser executado por um intérprete clássico acadêmico'. Não só seu lema deu certo, como a ECM criou até um som próprio, embora dê aos músicos a maior liberdade, a ponto de permitir as edição de coisas como dez LPs de Keith Jarrett, feitos exclusivamente de solos de piano. Chick Corea, Gary Burton, Pat Metheny e Jack Dejonette são outros jazzmen que separam o seu trabalho mais comercial, feito nos EUA, da parte pura que fazem, geralmente na Europa, com a ajuda de Eicher - e ajudando-o, também, pois a ECM se tornou um sucesso.
Depois de Dança das Cabeças, Eicher volta a Gismonti. E outros ecemistas acompanham o brasileiro neste Sol: Jan Garbarek (sax), Ralph Towner (violão), Collin Walcott (tabla) e Naná Vasconcelos (percussão). Gismonti toca violão, piano, flauta de madeira e canta. Esse LP coloca a questão típica nos casos dos álbuns da ECM: seria jazz? Parece ser música de vanguarda, sem a camisa-de-força de rótulos mais específicos.
Assim como Jarrett na ECM se afasta das raízes do jazz e pende mais para o erudito, Gismonti parece se distanciar do que seriam as raízes desse LP - 'dedicado a Sapaim e os índios do Xingu' - para operar num nível musical mais elaborado. Como ele mesmo escreve no Jornal Caipira que acompanha o disco, 'tem uma brecha entre a razão e a loucura/o acabado e o provisório/a natureza e a cultura/a vida e a arte. Vamos procurar'."

(http://taratitaragua.blogspot.com.br/2012/03/preciosidades-em-vinil-sol-do-meio-dia.html)

Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira Original de 1978.
Saindo por R$ 30,00

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Raul Seixas, Moraes Moreira e Novos Baianos - Nova História da Música Popular Brasileira



Documento fantástico com informação de qualidade sobre esses monstros da nossa música... absurdamente histórico... acompanha disco 10 polegadas... esse do Raul e Novos Baianos é um dos mais cobiçados dessa coleção (relativamente raro)...







Disco e encartes em excelente estado.
Saindo por R$ 25,00

Cláudio Richerme - Villa-Lobos / Gottschalk (1985)



Lado A
Ciclo Brasileiro – Villa-Lobos
01 – Plantio do Caboclo
02 – Festa No Sertão
03 – Impressões Seresteiras
04 – Dança do Índio Branco

Lado B
Villa-Lobos
01 – Choros n.º 5 (Alma Brasileira)
Do Guia Prático:
02 – Na Corda da Viola
03 – Manquinha
04 – A Maré Encheu 
Louis Moreau Gottschalk
05 – Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, Op. 69

Disco e capa em excelente estado.
Edição Original 1985.
Saindo por R$ 25

Sounds of Soweto (1987)




Faixas:
A1 Johnny Clegg And Savuka – Asimbonanga 
A2 Lumumba – Yellow Mealie Meal 
A3 Brenda And The Big Dudes – Amalahle 
A4 Sankomota – Ramasela 
A5 Condry Ziqubu – Confusion (Ma Afrika) 
B1 Condry Ziqubu – Gorilla Man 
B2 Lumumba – Kiss Kiss 
B3 Mara Louw – Brother Joe 
B4 Kaputeni – Mali Kuhaba 

Disco e capa em ótimo estado.
Saindo por R$ 15

Queen - A Night at the Opera (75)



"Rock como objeto de culto. Disco como conceito, grande arte. Foram desvios inesperados - e, pensando bem, um pouco ridículos - para um tipo de música desencanada que começou animando bailinhos teen.

Mas os anos setenta foram mesmo inesperados, e todo mundo que cresceu nessa época é meio esquisito. Não vejo a hora de elegermos nosso primeiro presidente da República, alguém que saiba quem é o Space Ghost e tenha sonhado com uma calça Topeka.

De qualquer forma, se essa pretensão roqueira toda se justificou alguma vez, foi na primeira metade dos 70´s. Dark Side of the Moon, Physical Graffiti, Ziggy Stardust - naquela época gigantes caminhavam sobre a Terra, ou assim parecia.

Dentre esses inesquecíveis pedaços de plástico, nenhum alcançou a sobrevida de A Night at the Opera. Porque o Queen nunca parou de produzir, porque mudou de estilo, porque eles eram imensos no palco, porque Freddie Mercury foi o primeiro superastro a morrer de Aids, porque ... Principalmente, acho, pela variedade.

A Night at the Opera tem um pouco de tudo para todos. Metal cromado ("I'm In Love With My Car"), vingativo ("Death on Two Legs") e burro ("Sweet Lady", a coisa mais Kiss que o Kiss não fez). Brilhantes baladas: a alegrinha "You're My Best Friend", a quase country-épica "39" e, mamma mia, "Love of My Life". Cabaré variado: "Seaside Rendezvous", "Good Company", "Lazing on a Sunday Afternoon". Um épico progressivo viajante, "The Prophet's Song". E coisas indefiníveis e emocionantes, como a peça central do disco, "Bohemian Rhapsody".

Art rock era isso: tudo exagerado, ambicioso, super produzido, bem escrito e incrivelmente bem tocado (no synthethizers!). Os quatro tocavam, cantavam, compunham. "You're My Best Friend" é de (e com) John Deacon, o baixista. "39" e "Good Company", a mesma coisa com o guitarrista Brian May, "I'm in Love With My Car", idem com o baterista Roger Taylor. Sem falar em Freddie. Que banda em atividade hoje tem tanta gente talentosa?

No Brasil, o disco branco do Queen marcou demais (o preto, o seguinte, é A Day at the Races, ambos os títulos tirados de filmes dos irmãos Marx). Junto com News of the World formavam a dupla tiro-e-queda de qualquer discoteca que se prezasse - porque Queen, naquela época e lugar, era sinônimo de rock; quem não gostava do Queen, boa gente não era.

E tinha boa gente pra caramba neste país - o suficiente para lotar o Morumbi, no primeiro megashow de rock a que o Brasil já assistiu. Não existiam telões, a trilha de Flash Gordon tinha acabado de sair, as garotas não usavam sutiã, os meninos usavam tênis All Star e todo mundo sabia o repertório inteiro do show de cor. Nós éramos os campeões. God Save the Queen."

(André Forastieri, Seção "Discoteca Básica", Bizz#084, julho de 1992)

Disco em ótimo estado e capa (dupla) em ótimo estado; com encarte.
Edição Brasileira Original de 1975.
Saindo por R$ 40,00


Rod Stewart - Gasoline Alley (1970)



"O segundo e subestimado album de Stewart precedeu o mega sucesso "Every Picture Tells a Story", que incluía "Maggie May". Mas ambos oferecem um material parecido - releituras de folk, R&B, soul e clássicos do rock, além de músicas novas de conpositores da época - e usam, essencialmente, o mesmo time de músicos.

Naquele tempo, Stewart levava uma vida dupla como vocalista e líder dos The Faces e como artista solo. Os The Faces considerado por muitos como a banda que fazia os melhores shows da época, aparecem aqui e ali no álbum - seu rock´n roll festivo está estampado em "It´s All Over Now" -, mas Ron Wood é onipresente.

Uma grande parte do disco é acústica e, em "Gasoline Alley", Wood e Stewart se juntam num clásssico pouco valorizado, que lança um olhar nostálgico sobre os anos de adolescência, reforçado pelo vocal ousado. Um legião de instrumentistas que não aparece nos créditos - como o que toca rabeca na versão neo-acústica de "Cut Across Shorty" e o do bandolim da faixa-título - impregna o álbum de folk, apesar de os músicos, desajeitadamente, tentarem agitar nos rocks.

A delicada releitura feita por Stewart de "Only a Hobo" e o acompanhamento acústico bem elaborado tornam a canção uma das melhores regravações já feitas da música de Dylan, e as duas faixas originais no final mantêm a qualidade. Duas músicas vêm de antigas parcerias - a composta por Elton John ficou à altura do autor, mas a do Small Faces ganhou uma interpretação menos inspirada.

O co-produtor Lou Reisner contratou Stewart como como cantor solo depois de ele brilhar no The Jeff Group. O estrelato viria no álbum seguinte, mas o terreno foi preparado por Gasoline Alley."

(resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer")







Disco e capa (dupla) em excelente estado.
Importado USA.
Edição Original 1970.
Saindo por R$ 60


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Caetano Veloso (1971)



Também conhecido como "London, London", é o terceiro álbum solo de Caetano Veloso, editado em 1971 pela Philips. Composto durante seu exílio político em Londres, reflete essa experiência numa toada melancólica contraposta ao fulgor dos seus álbuns anteriores. A maioria das canções deste álbum são cantadas em inglês. Obra cult (aqui e lá fora)...

Disco (com um pouco de chuvisco em alguns momentos - sem riscos) e capa (levemente envelhecida, estado normal de uma edição original - vide foto) em muito bom estado.
Edição Original de 1971.
Saindo por R$ 50,00

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Luiz Melodia - Pérola Negra (1973)



"Luiz Carlos dos Santos é um nome comum em nossas terras brasileiras. Mas, dentre as dezenas de homônimos, um deles se destaca, e muito. Carioca, filho do sambista Oswaldo Melodia, residente do morro de São Carlos, bairro do Estácio. Romântico, poeta, sofredor, animado. Esse é o nosso querido Luiz Melodia, dono de uma das mais marcantes vozes negras da música popular brasileira.

Começou sua carreira em 1964, sem muito sucesso, com a banda Os Instantâneos. Suas composições, porém, eram reconhecidas por nomes fortes da MPB, como Jards Macalé, que, em 1972 fez uma versão de "Farrapo Humano" (Melodia depois retribuiria o favor, gravando "Mal Secreto" alguns anos mais tarde). Em 1973, com o término da banda, Luiz Carlos se lançou em carreira solo com "Pérola Negra", disco de belas e originais melodias próprias. A capa mostrava o músico em estado de choque em meio a uma feijoada, uma verdadeira Pérola Negra. Pode não ser um trocadilho muito modesto, mas o som presta. E muito.

"Estácio, Holly Estácio" e "Estácio, Eu e Você" são duas suaves baladas escritas em homenagem ao bairro de Melodia. Calmas, aconchegantes e belas, se destacam (aliás, o disco inteiro se destaca dos demais já produzidos até então) pelo timbre e pelo tom da voz do cantor. Sem falar que as letras são uma delícia!

A faixa-título é uma canção amorosa em tom sofredor regada por metais finos e agradáveis, em não-tão-contraste com o bilhete suicida "Farrapo Humano" e com o roquenrou agitado "Pra Aquietar" (que, recentemente, pintou na setlist de alguns shows do grupo Garotas Suecas, por sinal). Por fim, gostaria de destacar ainda o "Forró de Janeiro", faixa mais inusitada do disco, que encerra essa bela obra numa levada meio Jackson do Pandeiro, com direito a participação de Damião Experiença ao fundo (!!!!!!).

Pérola pouco reconhecida da música brasileira, esse disco merece toda a atenção que o ouvinte puder dar. Luiz Melodia, tanto como compositor como quanto cantor, consegue agradar a vários gostos distintos. Se você ainda não se deu ao trabalho de ouví-lo faça-o já!"

(http://saqueandoacidade.blogspot.com.br/2010/01/luiz-melodia-perola-negra-1973.html)

Faixas:
1. Estácio, Eu e Você
2. Vale Quanto Pesa
3. Estácio, Holly Estácio
4. Pra Aquietar
5. Abundantemente Morte
6. Pérola Negra
7. Magrelinha
8. Farrapo Humano
9. Objeto H
10. Forró de Janeiro


"Foi aqui que tudo começou para Luiz Melodia. O poeta Waly Salomão, assim que conheceu a música "Pérola Negra", levou correndo para Gal Costa, que a gravou, em 1972, em seu Gal a Todo Vapor. E Torquato Neto já vinha elogiando o "negro magrinho do Morro do São Carlos" pelas composições. Com Gal Costa como madrinha, Melodia gravou, no ano seguinte, o álbum Pérola Negra e, na sexta faixa, a música homônima. Só que, diferente do esperado, a música que vinha do morro não era samba, mas sim um som um pouco mais sofisticado, um jazz, com destaque para o piano e o baixo bem aparente. E, mesmo com as versões que surgiram posteriormente, a definitiva está aqui, no álbum Pérola Negra."

(Eleito pela Rolling Stone Brasil o 33º melhor album de música brasileira de todos os tempos: http://rollingstone.uol.com.br/edicao/37/noticia-4003)


Disco e capa (com assinatura) em ótimo estado.
Edição 1982.
Saindo por R$ 50


domingo, 3 de agosto de 2014

Kiss - Dressed To Kill (1975)



"No começo de 1975, Hotter than Hell dá sinais que não consegue projetar a banda para o lugar em que ela queria estar. Neil Bogart, num golpe político, juntamente com a então namorada Joyce Biawitz demite os produtores dos dois álbuns anteriores. Ao descobrir que a banda estava recebendo ofertas de outras gravadoras, percebem que deveria haver uma mudança no comando da banda, para que a própria banda se convencesse que o novo rumo resolveria o fracasso dos álbuns anteriores. Neil havia dito para a banda que ela necessitava de um hino, e a banda, antes da viagem para a tal reunião com caráter político, que mudara os rumos no comando, e ainda no Hotel Continental Hyatt House (Los Angeles), em Janeiro de 1975, cria Rock and Roll All Nite – Gene Simmons faz as estrofes, e Paul Stanley o refrão. Neil Bogart seria o produtor do novo álbum (mais por uma questão de custo, pois era mais conhecedor da sonoridade “Disco”, comum nas demais atrações da gravadora) e o grupo se convence a se manter na Casablanca Records, as gravações se dariam no Eletric Ladyland Studios em Nova Iorque.

DRESSED TO KILL marca uma mudança de som da banda, mais limpo, em relação aos anteriores, porém isso não deve ser creditado diretamente à mudança da produção. Paul Stanley se lembra de Ace Frehley tocando em um amplificador que ele próprio havia feito, e os outros amplificadores eram pequenos Fenders e pro baixo provavelmente um Ampeg B15 , ou seja amplificadores de 15 a 20 watts de potência , que eles usavam “no talo” – o que seria isto, um corte de custos ou uma idéia louca? Neil Bogart, que não era bem um produtor, estava fumando maconha durante as sessões, e talvez não tivesse a correta percepção da realidade do que estava sendo feito ali. Havia um problema maior: com exceção de She – que era tocada nos shows ao vivo e Love Her All I Can, não havia nenhum material prévio disponível para gravação. She foi adaptada da anterior versão do Wicked Lester, e Ace fez um solo, claramente influenciado pela música Five to One (The Doors), as outras músicas foram feitas durante a gravação do álbum. A banda literalmente parava as gravações para compor, mas tudo correu muito rápido, sem grandes elaborações. Novamente a intenção do “atual produtor” era tentar capturar o som da banda ao vivo no álbum. 

Outra novidade que seria estendida para os próximos álbuns: O processo de gravação começa a mostrar uma diversidade em quem toca o que, e isto não é exposto na capa do álbum. Gene toca guitarra em Ladies in Waiting e Paul sola em C´mon and Love me – e nada aparece na capa – indicando créditos para toda a banda, indiferentemente de suas participações. A avaliação de cada um em relação ao álbum é bem diversa: Simmons avalia como 2,5/5, Stanley dá 3,5/5, Criss daria 3/5 e Frehley é o mais satisfeito, avaliando como 4/5. No último dia de gravação, Bob Gruen vem para criar um momento clássico: A fotografia para capa do álbum com os membros em ternos – alguns esquisitos – e mascarados, é tirada em uma rua próxima ao estúdio de gravação, na esquina sudoeste da Rua Vinte e Três com a Oitava Avenida. Ao que parece, os ternos eram de Bill Aucoin, o empresário do conjunto, algumas das gravatas do próprio fotógrafo e o tamanco usado por Gene era da então esposa de Bob Gruen.

Apesar da correria na gravação do álbum e da “pouca” produção do mesmo, há um sentimento positivo no processo, até porque a banda retorna para sua cidade e se sente muito mais confortável para fazê-lo. Segundo Peter Criss, eles se esforçaram árduamente para que DRESSED TO KILL fosse realizado, mas estavam felizes, em casa e no estúdio de gravação que era o seu predileto (Eletric Lady , Studio B). Em 19/03/75 o álbum é lançado, e se inicia uma onda em que a gravadora começa a inovar na embalagem ou mesmo nas qualidades das capas. Neste caso, a capa era em alto relevo, destacando o nome da banda. Dois dias depois, Bill Aucoin, utilizando sua influência, consegue dois shows como Headliners no Bacon Theater em Nova Iorque. 

É a primeira vez como banda principal, um sentimento estimulante para quem havia tocado somente como banda de abertura, se sujeitando às vontades das outras bandas principais. Em 24/03/75, o primeiro passo na direção de uma acidental tacada de mestre: O show no Allen Theatre, Cleveland, Ohio é gravado por vários motivos. O principal: a banda vinha sendo constantemente abordada por outras gravadoras, e a Casablanca já se preocupava em preparar um material mais fácil para a gravação do quarto e talvez derradeiro álbum do contrato inicial. Outra grande vantagem, a redução de custos de uma futura gravação em estúdio, além do fato em que registrava aonde o grupo sempre brilhou: os shows ao vivo, o que até então não se conseguia transpor em vibração, espontaneidade, enfim o que era de melhor, para os álbuns em estúdio.

Na promoção do álbum, tocam She e Black Diamond em 1/04 no programa The Midnight Especial (disponível no Kissology Vol 1) e o sempre inovador Neil resolve alugar o Michigan Palace para gravação de dois vídeo-clips: Rock and Roll All Nite e C´mon and Love me – os dois singles lançados no álbum ( também disponíveis no Kissology Vol 1). Na mesma noite, a banda se apresenta novamente como Headliner no Cobo Hall. Em 3/5/75 tocam na Filadéfia,no Tower Theater, em um show inusitado que teria Paul Stanley usando óculos escuros por sobre sua máscara tradicional, em função de uma conjuntivite. A banda retornaria para o Cobo Hall em outra noite para gravações do show em 16/05, assim como em 21/06 em Cleveland e 23/07 em Wildwood, New Jersey. A turnê de DRESSED TO KILL terminaria em setembro daquele ano. Embora DRESSED TO KILL não tenha levado o KISS ao sucesso desejado, entrar entre os 40 da parada americana, foi um passo na direção correta. O pequeno sucesso de Rock and Roll All Nite, que atingiu o número 68 nas paradas de singles apontava uma confiança para o futuro. Uma coisa era clara: o álbum não correspondia com o já então relativo sucesso da banda como Headliners nos seus shows, mas pode se ressaltar que ele seria o primeiro de estúdio dos três primeiros a receber Gold RIAA certification, mostrando um avanço, ainda que refletido tardiamente. Bom, agora era partir para a conclusão do contrato com a Casablanca, lançando um álbum que realmente refletisse os shows do grupo: Kiss Alive! – mas isso é historia para o próximo post.

DRESSED TO KILL é um álbum mais leve, as guitarras quase sem peso, mas tem uma bateria mais bem gravada. É um álbum mais rock and roll na essência do que os anteriores. Talvez não traga tantos clássicos, mas as músicas menos conhecidas tem muita qualidade, como Love her all I can , tocada recentemente na turnê Rock the Nation. Para nós, do post, que gostamos de um pesinho… teria tudo para ser desprezado, mas não é. Não é, porque o álbum apresenta uma espontaneidade que transpira pelos alto-falantes. É um álbum curto, mas muito gostoso de ouvir, e que tem mais uniformidade de estilos do que os anteriores. Facilmente poderíamos escolher o KISS – primeiro – como um álbum melhor dos três, mas neste caso, cada um tem seu teor – KISS com mais musicas clássicas – HOTTER THAN HELL, mais pesado e DRESSED TO KILL – mais rock and roll (tirado do pé – Rolf!), se alternam em nossas preferências. Cabe destacar que em certos países o logotipo do KISS nas capas era modificado, com os SS invertidos, de forma a não remeter ao símbolo do nazismo. DRESSED TO KILL é o primeiro onde a capa brasileira mostra este logotipo alterado, embora outros que foram distribuídos na mesma época mostravam-se com logotipo original. Isto demostra que nossa distribuidora não seguiu nenhum padrão, e provavelmente procurava a forma mais barata de distribuição, não se importando com a opinião dos fãs."

(http://whiplash.net/materias/cds/109797-kiss.html)

Faixas:
1 - Room Service – 2:59
2 - Two Timer – 2:47
3 - Ladies in Waiting – 2:35
4 - Getaway – 2:43
5 - Rock Bottom – 3:54
6 - C´mon and Love me – 2:57
7 - Anything for my Baby – 2:35
8 - She – 4:08
9 - Love Her All I Can – 2:40
10 - Rock and Roll All Nite – 2:49

Disco e capa (com um pouco de desgaste) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1982.
Saindo por R$ 35


Santana (1969)



"Santana cravou, ao longo de sua carreira, um número relevante de clássicos. Na verdade, até Moonflower, de 1976, a discografia de Santana, a banda, e de Santana, o artista solo, beira a perfeição, com uma alta média de qualidade. Os anos de 1980 foram infelizes para o guitarrista (mas quem, entre os medalhões da década anterior, não chafurdou na lama nos anos de 1980?), e os de 1990 o consolidaram na condição de dinossauro, importante pelas façanhas passadas, mas pouco relevante naquele momento. Só no final desta última década, Santana recuperou seu peso comercial, voltando a vender discos aos milhões (mesmo já na crise do formato CD), mas produzindo peças que não entusiasmaram seus fãs dos primeiros tempos.

Apesar desta longa trajetória, e com discos irretocáveis, como já observado, sobretudo ao longo dos anos de 1970, bastariam a trilogia inicial da discografia para colocar Santana no panteão das grandes bandas da história do rock. Santana (1969), Abraxas (1970) e Santana (1971, mais conhecido como Santana III) seguem estabelecendo um padrão com o qual toda banda de rock, independentemente de estilo, precisa se medir.

“As pessoas veem várias razões para nossa popularidade (…), mas a principal razão, a motivação primeira para as pessoas saírem de casa para nos ouvir ou para comprar nossos discos é o grito”, disse uma vez Carlos Santana numa entrevista à revista Rolling Stone. A mesma revista, contudo, explicava que por trás do grito dos sustenidos da guitarra de Santana estava uma mistura de congas, timbales e tambores em geral com a potência eletrificada do rock’n’roll, um som jamais ouvido antes. De fato, o som da banda remetia a diferentes audições do jazz latino que chegou aos EUA a partir dos anos 40, das endiabradas brass bands cubanas que cruzaram a fronteira do estado da Flórida e penetraram nas madrugadas das metrópoles norte-americanas, da música negra que invadiu as rádios durante os anos 60 e das vertentes mais experimentais do rock contemporâneo (alguém falou aí Jimi Hendrix?). A sonoridade de Santana, plasmada na guitarra de Carlos, no órgão Hammond B3 de Gregg Rollie e na seção rítmica massacrante, era uma síntese dessas influências.

Esta sonoridade, hoje inconfundível, não veio, é claro, pronta. Uma tal abrangência de influências, além da inesperada introdução do jogo de cintura latino no rock sem cintura, levava a banda, antes de chegar ao disco, a se notabilizar por longas sessões de improviso quase jazzístico, em temas complexos e anticomerciais. O grande trabalho do maestro Albert Gianquinto, que arranjou o primeiro e o segundo discos, foi o de manter as complexas viagens instrumentais, mas recortadas num formato pop, na média de no máximo 4 ou 5 minutos por faixa. Esta medida, que originalmente visava a tornar a banda “tocável” no rádio, acabou por formatar as características básicas do som da banda, em primeiro lugar a capacidade de ser complexo sem ser chato nem reiterativo, males que afligiam boa parte das bandas mais inovadoras do final dos anos de 1960. Ao vivo, entretanto, Santana nunca abandonou as longas e empolgantes jam sessions de sua fase pré-discográfica.

PRIMEIRA CARTADA: SANTANA (1969)

Quando Santana embasbacou o mundo em agosto de 1969, com sua massacrante versão de “Soul Sacrifice”, no Festival de Woodstock, o álbum de estreia da banda já tinha vendido feito bolo em fim de feira no mercado americano, e “Evil Ways”, single extraído do disco, tinha se tornado viral na programação das emissoras de rádio. Woodstock, sobretudo o filme e o disco triplo, ambos de 1970, apenas internacionalizaram a popularidade de Santana.

“Evil Ways”, composta por Sonny Henry, foi aliás a música que detonou o processo criativo de Santana (1969), com sua mescla de balanço latino, eletricidade instrumental e uma melodia cativante, um single perfeito. Como explica Carlos Santana, o formato, com uma ligeira intensificada na componente rock da coisa, originou “Waiting”, faixa instrumental que inicia abusadamente o disco.

Mas a coisa entre em ebulição mesmo é com “Savor”, desembestada rumba elétrica puxada por uma percussão absurdamente pesada e rebolativa, sobre a qual Carlos e Gregg estraçalham em solos de órgão e guitarra de acordar o condomínio. Não por acaso, a faixa emenda com a não menos estraçalhante “Jingo” que, é verdade, é mais reflexiva, mas não perde a pegada rock’n’roll num back ground de tambores insanos. O medley das duas faixas no vídeo conhecido como “Tanglewood/Bill Graham Presents” dá uma ideia da intensidade desta sequência clássica. E para não deixar o ouvinte respirar, a banda emenda “Persuasion”, na qual a interação eletro-percussiva prossegue armando a cama para os voos solo de Carlos Santana e Gregg Rolllie.

Finalmente o pobre ouvinte tem um momento de relaxamento com a finíssima “Treat”, onde a percussão abolerada está à serviço de uma levada classic soul, com uma lindíssima evolução de Rollie ao piano elétrico. Santana arremata tudo com um de seus primeiros solos languidamente românticos que fizeram sua fama posterior. “You Just don’t Care” é um blues com guitarra e órgão, tão ao gosto da época. Energética, a faixa prepara a entrada do ápice do disco, com “Soul Sacrifice” que encerra esta primeira cartada de Santana.

“Soul Sacrifice” é talvez a faixa mais emblemática de toda a carreira de Santana, tendo sido, por anos, o ápice de seus concertos. Começa discreta com um riff de baixo, para depois deixar entrar a harmonia ao órgão. Pouco a pouco, a percussão vai ocupando seu lugar e, finalmente, o tema guitarrístico é tocado, para se repetir até o fim da faixa, mas somente depois de derivar em várias direções, no que um dia foi um improviso jazz rock. É como se Santana aplicasse a uma peça rock o método de “Ravel” no seu Bolero. A versão original, presente no disco de estreia, é arrasadora, mas a performance de Wodstock é que se tornará eterna por saeculum saeculorum.

O disco alcançou o quarto lugar no Billboard, e permaneceu na lista dos mais vendidos por 108 semanas. O single “Evil Ways” chegou ao quarto lugar, ficando entre os mais vendidos por 13 semanas.

Era só o primeiro disco, mas cabia perguntar: o que mais poderia vir pela frente? (...)"

(http://consultoriadorock.com/2013/12/25/santana-uma-trinca-de-ouros-para-a-eternidade/)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 80´s.
Saindo por R$ 30


sábado, 2 de agosto de 2014

Steve Hackett - Please Don’t Touch (1978)



"STEVE HACKETT é o tipo de guitarrista que agrada qualquer pessoa que goste de um estilo refinado e elegante de se tocar guitarra. Muito mais do que lembrar e, principalmente conhecê-lo como o ex-guitarrista do GENESIS, acho que todos deveriam tentar se aprofundar na obra solo do músico que construiu uma carreira de trabalhos de extrema qualidade e versatilidade, nunca se prendendo a rótulos, mas sempre soando de forma única, não importa qual gênero da vez que o mesmo estaria flertando, se com o jazz-rock, pop (talvez o único estilo que de fato não soava muito legal com ele), rock progressivo, música brasileira, blues, violão clássico ou música erudita. O que acontece de fato é que, pra STEVE HACKETT pouco importa qual seja o campo musical que o mesmo esteja pisando, no fim ele sempre vai fazer brotar música de extremo bom gosto acima dele.

Mesmo tendo saído do GENESIS apenas depois de 1977 pra dar início ao menos em minha opinião, a uma carreira solo infinitamente superior ao que sua ex-banda iria desenvolver em seus anos seguintes, dois anos antes o músico havia mostrado pela primeira vez o potencial de um guitarrista que embora tivesse alguns momentos de brilhantismo no GENESIS pós PETER GABRIEL, por muitas outras vezes teve que se deixar ofuscar pela “ditadura” de Banks imposta naquela época. O clima entre ambos não estavam nada bem, tanto que “coincidentemente” o único membro do GENESIS não convidado pra participar do seu álbum de estréia foi justamente TONY BANKS.

“Voyage Of The Acolyte”, álbum de estréia da carreira solo de STEVE HACKETT, mesmo cerca de 35 anos e mais de 15 albuns de estúdio lançados depois, continua a fazer parte do top 3 de 9 entre 10 fãs do guitarrista. Também pudera, o álbum faz jus a toda essa adoração sendo um dos grandes lançamentos do Rock Progressivo daquele ano de 1975, disco de sonoridade bastante complexa tocada por um guitarrista que embora influenciado pelos trabalhos de sua ainda atual banda, também soube mostrar uma visão particular de sua proposta sonora de forma bastante criativa e melodiosa alem de contar com uma excelente banda, que tinha como convidados os já mencionados amigos de GENESIS, PHIL COLLINS e MIKE RUTHERFORD. Nesse disco também se encontra uma das mais belas músicas da carreira do guitarrista, “Shadow of the Hierophant” que contem um dos finais mais belos que já ouvi até hoje, com uma melodia que começa tímida e cresce chegando a um fim épico, essa música inclusive conta com a participação de SALLY OLDFIELD, irmã do MIKE OLDFIELD.

Três anos após essa excelente estréia e agora totalmente desligado do Genesis, o guitarrista lança em Maio de 1978 seu segundo álbum, intitulado “Please Don’t Touch”, mais uma vez um grande time de músicos o acompanhando, entre eles seu irmão JOHN HACKETT, CHESTER THOMPSON, RANDY CRAWFORD, RICHIE HAVENS e STEVE WALSH., esse último por sinal faz o vocal na faixa do álbum que é uma homenagem a Agatha Christie, “Carry On Up The Vicarage”, e falando em homenagens, essa não foi a única, o guitarrista também homenageou sua esposa Kim na faixa de mesmo nome. Nessa segunda experiência solo, novamente se mostrou bastante inspirado e fez um trabalho que facilmente entra no rol de obrigatórios entre os fãs do músico. (...)"

(http://whiplash.net/materias/biografias/137451-stevehackett.html)

Disco (com sinais de uso) e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1978.
Saindo por R$ 30


The Police - Outlandos d´Amour (1978)



"Outlandos D’amour é o disco de estréia do power trio The Police, lançado em 1978. O álbum é uma mistura explosiva entre o pop, o punk e o reggae e influenciou bandas no mundo todo. Mas se engana quem pensa que o disco já chegou fazendo sucesso. 
A BBC, que acabava sendo a principal divulgadora dos novos artistas britânicos, encrencou com os dois primeiros singles do disco por causa dos temas tratados pela banda.

O primeiro, “Roxanne”, é sobre prostituição. Já o segundo single, “Can’t Stand Losing You”, fala sobre suicídio.
A banda precisou fazer sucesso nos Estados Unidos para depois, em 1979, ser aceita entre os britânicos. “Roxanne” foi relançada e alcançou a 12ª posição na parada britânica para, logo depois, “Can’t Stand Losing You” chegar à vice-liderança da mesma lista. E o mais curioso é achar uma resenha do disco no site da BBC, feita em 2007, com o título: “’Outlandos d’Amour’ não é apenas o primeiro disco do Police, é o melhor”.

Se até a BBC muda de ideia…"

(http://naopuloumafaixa.tumblr.com/post/77037252796/the-police-outlandos-damour-1978-por-marcos)

Tracklist
1 - Next To You (2:48)
2 - So Lonely (4:47)
3 - Roxanne (3:14)
4 - Hole In My Life (4:50)
5 - Peanuts (3:57)
6 - Can’t Stand Losing You (2:57)
7 - Truth Hits Everbody (2:51)
8 - Born In The 50’s (3:40)
9 - Be My Girl - Sally (3:20)
10 - Masoko Tanga (5:39)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1979.
Saindo por R$ 30


Bezerra da Silva - Alô malandragem, maloca o flagrante (1986)



Alô Malandragem, Maloca o Flagrante é um álbum de Bezerra da Silva lançado em 1986 pela Gravadora RCA/BMG. Contém sucessos como Malandragem Dá Um Tempo, que ralata sobre a prática dos “dedos-duro”, que delatam as práticas nas “bocas de fumo”. Outro sucesso no disco é Defunto grampeado (Faixa 2), que fala de um suposto funeral, que na verdade se tratava de um contrabando de um “cabrito importado”, que a polícia descobre o fato através de uma denúncia e prende todos os envolvidos no enterro. 

Outra música é Quem Usa Antena é Televisão em que se há uma desculpa pela violência contra a mulher do Chico: o adultério. Na letra da música, o Bezerra é claro, que o Chico agrediu sua companheira devido ao flagrante de adultério: "O Chico voltava lá da gafieira, Quando flagrou o esperto no seu barracão". Depois do ocorrido, o "Chico" conversa com o amante e prefere ficar no barraco, desde que ele levasse a nega: "Eu fico no barraco, você lava a nega","Essa piranha braba eu não quero mais não".

(wikipedia)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição 1986.
Saindo por R$ 20


George Harrison - Thirty Three & 1/3 (1976)



33 e 1/3 foi gravado em 1976 e apesar de não possuir nenhum grande sucesso como os discos anteriores de George Harrison - o maior foi Crackerbox Palace com a 14ª posição - é de seus melhores trabalhos e chama muito a atenção o humor pythonesco utilizado nos vídeos das músicas Crackerbox Palace, This Song e True Love. Além das canções já citadas merecem destaque Woman Don't Cry for me, Leaning how to love, See yourself e Beautiful Girl.

Músicas

"Woman Don't You Cry For Me" – 3:18
"Dear One" – 5:08
"Beautiful Girl" – 3:39
"This Song" – 4:13
"See Yourself" – 2:51
"It's What You Value" – 5:07
"True Love" (Cole Porter) – 2:45
"Pure Smokey" – 3:56
"Crackerbox Palace" – 3:57
"Learning How To Love You" – 4:13

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1977.
Saindo por R$ 40


Traffic - Shoot Out at the Fantasy Factory (1973)



"Traffic were a British rock band active from the late 60s to the early 70s. Their line-up changed numerous times, but the three constant members throughout their career were the core trio of Steve Winwood, Chris Wood and Jim Capaldi.

After a brief period of inactivity due to Steve Winwood falling ill, Traffic got back together in late 1972. Winwood, Chris Wood and Jim Capaldi had to put together a new lineup, as bassist Rich Grech and drummer Jim Gordon had left, with only percussionist Rebop Kwaku Baah staying with them. They found their new rhythm section in David Hood (bass) and Roger Hawkins (drums), part of the famed Muscle Shoals Rhythm Section. Capaldi had recently recorded his solo debut at Muscle Shoals, where he had met Hood and Hawkins. The new lineup started work on a new album, which was released in January 1973.

Shoot Out At The Fantasy Factory consisted of only five song (each at well over five minutes in length), which were for the most part darker in character than any of their previous output. Alongside four Winwood/Capaldi songs was a rare Chris Wood composition, the horn-based instrumental "Tragic Magic", with guest appearances from Hood and Hawkins' Muscle Shoals colleagues Barry Beckett and Jimmy Johnson. The other standout track was the lengthy, complex "Roll Right Stones", the most prog-rock the band had gone to date.

Even more so than on the previous album, Capaldi's contributions were diminishing, being listed in the credits as performing just percussion and backing vocals (in a band that featured both a drummer and another full-time percussionist). Though perhaps with a promising solo career now begun he had other things on his mind.
The album was a #5 hit in the US, and soon after its release the band started on a world tour to promote it."

(http://stuckinthepast08.blogspot.com.br/2012/09/traffic-shoot-out-at-fantasy-factory.html)

"Shoot Out at the Fantasy Factory" – 6:05
"Roll Right Stones" – 13:40
"Evening Blue" – 5:19
"Tragic Magic" (Chris Wood) – 6:43
"(Sometimes I Feel So) Uninspired" – 7:31

Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira 1986.
Saindo por R$ 35


Jimmy Cliff - The Harder They Come (1972)



"Balada Sangrenta" (título no Brasil) é um filme jamaicano de 1972 sobre Ivanhoé "Ivan" Martin (Jimmy Cliff), um pobre cidadão do interior que vai tentar alcançar sucesso musical na capital Kingston e acaba se tornando um criminoso procurado pela polícia local.

Disco clássico. Trilha sonora do filme The Harder They Come que mostra como é a vida pobre dos jovens (rude boys) de Trench Town e como – em meio a violência das periferias e o preconceito das elites – eles usam o reggae para conquistar algo na vida. A lista dos artistas é da pesada. Conta com Jimmy Cliff e seus grandes clássicos como “The harder they come” e “You can get if you really want”, Desmond Dekker com “007 (Shanty Town)”, The Maytals com “Pressure Drop”, entre outros. Destaque para “Rivers of Babylon” dos The Melodians e “Johnny too bad” dos The Slickers."

(http://www.jonnysize.com.br/website/blog/index.php/trilha-sonora-do-filme-the-harder-they-come-balada-sangrenta/)

Disco em ótimo estado. Capa em bom estado, com manchas esquisitas na borda direita e duas pequenas rasuras (vide foto); com encarte.
Edição Brasileira 1972.
Saindo por R$ 35


Los Jaivas - Alturas de Macchu Picchu / Rock Andino (1981)



"Los Jaivas es una banda de música rock chilena, destacada por la combinación del rock progresivo, junto con la incoporación de instrumentos y ritmos latinoamericanos, especialmente andinos.  

El grupo se formó en 1963 en Viña del Mar, en la costa de la región de Valparaíso, Chile, bajo el nombre de The High & Bass, que aludía a las diferencias de estatura entre los hermanos Parra, Gato y Mario. En esta etapa como estudiantes, tocaban covers de música de moda para animar fiestas universitarias, con un discreto éxito.

Posteriormente, fueron evolucionando musicalmente y con influencias del movimiento americanista y en el contexto de la reforma universitaria y los movimientos políticos de los años 60 y 70, empiezan a componer su propia música, integrando el folklore andino, la improvisación vanguardista y el rock progresivo. Su nombre se castellanizó y pasaron a ser Los Jaivas.

Su formación original, y más tradicional, estuvo compuesta por:

* Eduardo "Gato" Alquinta: Voz, guitarra, instrumentos de cuerda y viento, percusión
* Mario Mutis: Bajo, instrumentos de cuerda y viento, percusión, coros
* Gabriel Parra: Batería, percusión, instrumentos de cuerda y viento, coros
* Claudio Parra: Piano, acordeón, teclados, sintetizadores, percusión
* Eduardo Parra: Órgano, teclados, sintetizadores, percusión


En esta época se integran a movimientos culturales de vanguardia y componen la banda sonora de dos películas de producción nacional, una de las cuales nunca fue estrenada y la otra pasó 20 años sin poder estrenarse. Participan en el mítico (en Chile al menos :P ) festival hippie de Piedra Roja, nuestro Woodstock nacional.

Cuando en 1973 ocurre el golpe militar y entre los numerosos decretos dictados durante los primeros meses de la dictadura se comienza a detener a los hippies y "chascones" (con el cabello largo), cortándoles el pelo y prohibiendo cualquier tipo de manifestación con "aires de izquierda", el grupo se asila en Argentina donde se van a vivir a una comunidad hippie donde permanecen hasta 1977, cuando las tensiones entre Chile y Argentina casi desembocan en una guerra, de modo que parten a Francia, donde se instalan en una casona en París, conformando una nueva comunidad viviendo todos juntos con sus familias y criando a sus hijos en un ambiente musical y creativo.

Se les ha considerado a menudo como "una de las bandas más importantes e influyentes de Chile y el resto de Sudamérica" y hasta el día de hoy se mantienen en activo, con permanente inclusión de músicos invitados y cambios en su formación debido a la muerte de dos de sus integrantes originales, los que han sido reemplazados por sus propios hijos, manteniendo el espíritu familiar y de comunidad hippie en la que por muchos años han vivido.

En sus más de cuarenta años de actividad musical ininterrumpida, Los Jaivas se han caracterizado por la exploración y fusión de diferentes estilos, desde la música tropical de sus inicios, pasando por la improvisación al estilo del avant garde y el jazz, el rock clásico y la fusión latinoamericana. Durante su trayectoria, además de componer, arreglar e interpretar un gran número de temas propios, han musicalizado obras de Pablo Neruda y arreglado e interpretado, de manera ocasional, canciones de creadores como Violeta Parra, Víctor Jara, Osvaldo Rodríguez.

En los años 80, durante su estancia en París, compusieron un disco asombroso llamado Alturas de Macchu Picchu, donde musicalizaron textos del "Canto General" de Pablo Neruda. Este es uno de los discos de música chilena más vendidos de la historia. Posteriormente se filmó un documental donde interpretan en vivo los temas del disco en las mismísimas ruinas de la ciudadela Inca en Perú y como narrador participa el escritor peruano Mario Vargas Llosa."

(http://lavozenllamas.org/lvellsmf/index.php?topic=3856.0)

Disco e capa (com leve desgaste) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1981.
Saindo por R$ 60 (Relativamente Raro)