domingo, 29 de junho de 2014

Scorpions - Tokyo Tapes (1978)



"O Scorpions tomou forma na Alemanha em 1966 e começou a colocar a partir de 1972 seus sempre bons álbuns no mercado. E, graças à garra de suas composições e performances ensandecidas ao vivo, era um conjunto consagrado em vários países europeus na segunda metade dos anos 70, mesmo com a ascensão do punk derrubando vários gêneros musicais – entre eles o próprio rock pesado.

Em seus cinco primeiros álbuns de estúdio, muito do reconhecimento que o conjunto havia conseguido até então era creditado em grande parte ao criativo guitarrista Ulrich Roth, que não negava suas influências de Jimmy Hendrix e aquela sua faceta mística típica do final dos anos 60. Porém, na verdade, o time todo era excelente, contando ainda com o vocalista baixinho Klaus Meine, o outro guitarrista Rudolf Schenker, Francis Buchholz no contrabaixo e Herman Rarebell nas baquetas.

Chegam 1978 e o Scorpions se prepara para sua primeira excursão ao Japão, que era uma nação onde a banda tinha legiões de fãs. Rodaram o país por uma semana divulgando o álbum “Taken By Force” e nos dias 24 e 27 de abril se apresentaram no Sun Plaza Hall, na cidade de Tóquio, registrando as canções que viriam fazer parte de seu primeiro disco ao vivo chamado “Tokyo Tapes”, produzido por Dieter Dierks.

Aqui o ritmo das canções é bem mais veloz que as versões de estúdio, mostrando claramente que o habitat natural do Scorpions realmente é o palco, fato comprovado pela admiração dos amantes de discos ao vivo, que consideram “Tokyo Tapes” outro dos grandes registros deste período. Muitos de seus clássicos estão presentes, em especial faixas do álbum Virgin Killer, além de uma boa seleção de músicas de seus outros trabalhos. O hino “Steam Rock Fever” é um dos grandes destaques, além de um bom solo de bateria na “Top Of The Bill”. "He's A Woman, She's A Man", "Polar Nights" (cantada por Ulrich Roth) e "In Trance” mostram as melhores guitarras da banda nos anos 70.

“Tokyo Tapes” veio a consolidar ainda mais a grande fase que o Scorpions estava vivendo, porém, internamente nem tudo ia bem. Já no álbum “Virgin Killer”, Ulrich Roth vinha mostrando sinais de descontentamento com o direcionamento musical que seus companheiros queriam seguir, soando mais melódico e refinado. Na verdade, o conjunto alemão estava modificando sua música visando o distante e forte mercado norte americano. E confirmada esta decisão, Ulrich resolve por fim deixar o Scorpions e montar o “Eletric Sun” que, mesmo com o grande talento deste guitarrista, tem uma trajetória despercebida das grandes massas.

Com seu próximo álbum “Lovedrive”, o Scorpions começa a reorientar sua música e atinge seu objetivo, se tornando uma das maiores bandas de hard rock dos anos 80 a nível mundial, mas isso já é outra história... O importante aqui é que “Tokio Tapes” é o último disco do Scorpions que contou com a presença de Ulrich Roth, considerado um dos maiores nomes em se tratando de guitarristas alemães, marcando também um fim de uma bem sucedida primeira fase da longa carreira da banda."

(http://whiplash.net/materias/cds/062711-scorpions.html)

01. All Night Long
02. Pictured Life
03. Backstage Queen
04. Polar Nights
05. In Trance
06. We’ll Burn The Sky
07. Suspender Love
08. In Search Of The Peace Of Mind
09. Fly To The Rainbow
10. He’s A Woman, She's A Man
11. Speedy’s Coming
12. Top Of The Bill
13. Hound Dog
14. Long Tall Sally
15. Steamrock Fever
16. Dark Lady
17. Kojo No Tsuki
18. Robot Man


Disco (duplo) e capa (dupla) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1984.
Saindo por R$ 50


Weather Report - Procession (1983)



Procession is the thirteenth studio album from Weather Report. It is the first album to feature the newest lineup of Weather Report. Victor Bailey replaced Jaco Pastorius as the bassist and Omar Hakim replaced Peter Erskine as the drummer. José Rossy was also added to the line up as percussionist. Omar Hakim is credited with finding Bailey and Rossy, they were all signed with Weather Report before Zawinul or Shorter even met them. This is one of the band's finest albums according to many fans and critics.

(wikipedia)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira 1983.
Saindo por R$ 20

Rolling Stones - Voodoo Lounge (1994)



"Sem contar mais com o baixista Bill Wyman, que largou a banda oficialmente em 1992, os Stones inauguram essa nova década pedindo auxílio às forças obscuras dos cultos africanos, e o resultado obviamente é magnífico! Pra não banalizar o termo “clássico”, não irei utilizá-lo na definição de Voodoo Lounge, mas a verdade é que esse disco é de fato muito bom, um disco agradabilíssimo de ser ouvido, simplesmente a melhor coisa que os Stones fizeram desde 1973! 

O que me agrada em Voodoo Lounge talvez seja a sonoridade própria do início dos anos 90, pois, apesar de ser um adorador de décadas passadas, aqui eu me sinto em casa. Apesar da tentativa do produtor Don Was de fazer o disco soar como os Stones clássicos, tal sonoridade pode ser notada em faixas com características bem diversas, tais como a luminosidade de “New Faces”, o clima de viagem espacial de “Moon Is Up”, o hard arrastado de “I Go Wild” ou mesmo o balanço suave de “Sweethearts Together”, entre outras. 




Além do título do disco, percebe-se a intervenção do sobrenatural na faixa de abertura “Love Is Strong”, que, tanto em seu arranjo grave como no timbre da voz de Jagger, nos remete claramente a “Dancing with Mr. D”, que abria Goats Head Soup. No entanto, as primeiras faixas do álbum são relativamente fracas, se comparadas com ótimos momentos que surgirão ao longo do disco. O primeiro destaque vai para um verdadeiro clássico chamado “The Worst”, provavelmente a melhor das baladas com Keith nos vocais! A faixa peca por não dar um melhor tratamento às estrofes, tendo ênfase apenas no refrão, mas isso não diminui sua força. Seu principal pecado é na verdade sua duração curtíssima, tornando uma verdadeira obrigação ouvi-la no mínimo duas vezes seguidas! 

Pode-se destacar também: “Suck on the Jugular”, uma das melhores incursões da banda na seara do funk; a balada “Blinded by Rainbows”, cuja melodia, aliada a vocais cristalinos, nos remete – até pelo título – a “She’s a Rainbow”; e a lenta “Thru and Thru”, cantada por Keith, que se assemelha bastante à sonoridade do Pink Floyd a partir do álbum The Wall. Quando esta faixa termina, você pensa que o disco acabou, mas eis que entra “Mean Disposition”, uma música bem rápida, sem a menor cara de encerramento. 

Talvez tenha sido uma tentativa de resgatar algo de Exile on Main St, mas, tal como “Mean Disposition” nem chega aos pés de “Soul Survivor”, o encerramento de Voodoo Lounge termina sendo uma grande falha. O que, no entanto, não consegue retirar o mérito desse ótimo álbum, o último grande disco dos Stones."

(http://consultoriadorock.blogspot.com.br/2011/03/discografias-comentadas-rolling-stones.html)




Discos (duplo) e capa (dupla) em excelente estado - com encartes (fotos e letras).
Edição Brasileira 1994.
Saindo por R$ 90

sábado, 28 de junho de 2014

Woodstock 2 (1969)



(or woodstock two as on the cover) is the second live album released of the 1969 Woodstock Festival concert. The 2-LP set contains more material from many acts featured on the first Woodstock album with additional performances from Mountain and Melanie. Woodstock 2 was originally released in 1971 as a double LP set. (wikipedia)

Track listing

"Jam Back at the House" – 7:28
"Izabella" – 5:04
"Get My Heart Back Together" – 8:02
Tracks 1–3 performed by Jimi Hendrix.

"Won't You Try/Saturday Afternoon" – 5:54
"Eskimo Blue Day" – 6:22
Tracks 4–5 performed by Jefferson Airplane.

"Everything's Gonna Be All Right" – 8:36
Performed by The Butterfield Blues Band.

"Sweet Sir Galahad" – 3:58
Performed by Joan Baez.

"Guinnevere" – 5:20
"4+20" – 2:23
"Marrakesh Express" – 2:32
Tracks 8–10 performed by Crosby, Stills, Nash And Young

"My Beautiful People" – 3:45
"Birthday of the Sun" – 3:21
Tracks 11–12 performed by Melanie.

"Blood of the Sun" – 3:35
"Theme for an Imaginary Western" – 5:03
Tracks 13–14 performed by Mountain.

"Woodstock Boogie" – 12:55
Performed by Canned Heat.

"Let the Sunshine In" – 0:50
Performed by the Audience during Rainstorm, after the Joe Cocker performance.''

Discos (duplo) e capa (dupla) em ótimo estado.
Edição Brasileira 1978.
Saindo por R$ 70


Engenheiros do Hawaii - Longe Demais das Capitais (1986)



"Não há como falar de rock gaúcho sem citar Engenheiros do Hawaii. A banda, liderada pelo vocalista Humberto Gessinger (um dos melhores compositores de rock que o Brasil já viu), cravou sua marca na música através de trabalhos repletos de qualidade lírica e crítica. Canções como “Toda Forma de Poder”, “Terra de Gigantes”, “Infinita Highway” e “Pra Ser Sincero”, acabaram por se tornar clássicos do rock nacional, bem como alguns álbuns de sua discografia, a se destacar “A Revolta dos Dândis”, de 1987. Só que para se tornar uma grande banda, não é possível surgir simplesmente do nada – obviamente, os Engenheiros tiveram que partir de um princípio. E este se deu em 1984, quando Gessinger, Carlos Stein, Marcelo Pitz e Carlos Maltz, estudantes de arquitetura da UFRGS, resolveram montar uma banda para uma apresentação em um festival da faculdade. O nome do projeto musical veio de uma sátira: como bem se conhece, a rixa entre estudantes de arquitetura e engenharia é eterna, tanto que as bermudas floridas dos engenheiros bastaram para a criação do provocativo nome da banda dos arquitetos.

O primeiro show dos Engenheiros do Hawaii aconteceu em 11 de janeiro de 1985, e daí ao estrelato foi um pulo. Após algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre e do interior do Rio Grande do Sul, a banda, com apenas quatro meses, já conseguia emplacar duas músicas em um disco de uma grande gravadora; este foi a coletânea “Rock Grande do Sul”, lançada pela RCA a fim de revelar novas bandas do rock gaúcho. Assim como os Engenheiros, outras bandas emergentes, como TNT, Os Replicantes e Garotos da Rua acabaram por tocar neste projeto – se bem que a presença dos Engenheiros ocorreu devido a um golpe do acaso: um grupo que havia sido selecionado para o projeto, através de um concurso, acabou desistindo de sua participação em um último momento, sobrando então um espacinho para a banda de Humberto Gessinger.

“Sopa de Letrinhas” e “Segurança”, canções presentes no projeto, acabaram sendo muito bem recebidas por público e crítica, levando a banda, dessa forma, a ter uma oportunidade de gravar um álbum completo. Pouco tempo depois foi então lançado “Longe Demais das Capitais”, primeiro disco do Engenheiros do Hawaii, e já sem Carlos Stein, que havia deixado o grupo. Com uma sonoridade fugindo de qualquer complicação, com instrumentações simplórias, brincando com o mesmo ska do The Police e dos Paralamas do Sucesso, o disco acabou sendo construído com a intenção principal de popularizar a banda. A tática acabou dando certo, tanto que “Toda Forma de Poder” e “Segurança” acabaram por entrar em trilhas sonoras de novelas, assegurando assim a presença da banda em rádios de todo o país. Porém, no início, nem banda e nem gravadora esperavam que o álbum desse algum resultado comercial positivo; em suma, o sucesso chegou bastante cedo e de forma surpreendente.

A ótima “Toda Forma de Poder”, que abre o álbum, já é uma grande prova da gigantesca capacidade lírica de Gessinger, mesmo quando ainda era apenas um jovem começando a carreira; é, ainda hoje, uma das canções mais conhecidas da banda, com um espírito jovial característico de “Longe Demais das Capitais”. O álbum, cujo principal destaque está nas letras de Gessinger, acaba tratando de dilemas da juventude, contemplando crises de existencialismo, insegurança e falta de perspectiva; os toques políticos, tão constantes nas composições da banda, aqui estão minguados, aparecendo apenas em alguns momentos. Talvez, por se tratar de um primeiro álbum, Gessinger e seus pupilos ainda não estavam totalmente à vontade para fazer o que realmente gostariam, recebendo das tendências comerciais muitas das diretrizes que o disco deveria seguir.

“Segurança” é outro clássico, com uma instrumentação bem característica da época, e, segundo o próprio Gessinger, contém uma letra fictícia, mas cuja história pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento; fala que, independente do que você for, tiver ou fizer, nada vale se não haver segurança. “Eu Ligo Pra Você” não é um espetáculo lírico, mas é, porém, um dos números instrumentais mais competentes do álbum, repleto de enevoados riffs cheios de atitude, que acabam temperando a canção de forma deliciosa. De uma crise existencial é feita a letra de “Nossas Vidas”, com um instrumental mais reggae do que nunca.

A quinta é a rebelde “Fé Nenhuma”, que desacredita do que é universalmente aceito, enquanto “Beijos Pra Torcida”, com uma instrumentação mais relacionada ao blues, é uma visão negativa do mundo e dos rumos que ele tomava no início da segunda metade dos anos oitenta. Claramente, apesar de não ser um dos trabalhos mais fortes dos Engenheiros, “Longe Demais das Capitais” apresenta uma banda iniciante muito mais completa que as bandas iniciantes comuns; a qualidade das letras de Gessinger é gritante, explorando elementos críticos e reflexivos com maestria, e mesmo que, em um primeiro momento, a qualidade da instrumentação não fosse tão espetacular, não dá para negar que se tratava de uma base competente, que nem necessitava brilhar para construir belas canções. E assim também acontece em “Todo Mundo é uma Ilha”, que faz referência a um poema de John Donne, o qual diz justamente o contrário; é, indiscutivelmente, uma das melhores faixas do álbum, um espetáculo lírico auxiliado por um instrumental simples e rápido. A oitava é a faixa-título, e se trata de uma canção estranha, meio sem rumo, com uma instrumentação confusa.

Certos deslizes, porém, são compreensíveis. Além de “Longe Demais das Capitais” ser um álbum de produção barata, que vai pouco além do amadorismo, e de ser um primeiro trabalho de uma banda pouco experiente, temos que levar em consideração quão jovem a banda era. Os Engenheiros não tinham experiência de estúdio, assim como sequer tinham grande experiência em palco; era um grupo extremamente jovem, apenas engatinhando na música. Enquanto a maioria dos grupos geralmente grava seu primeiro disco profissional tendo já alguma boa vivência, uns bons quilômetros de estrada, os Engenheiros mal tinham saído de Porto Alegre, ficando perto demais da capital gaúcha e demasiadamente longe das demais. Por isso, de certa forma, a consistência do trabalho chega a ser surpreendente… Humberto Gessinger podia até ter percorrido poucos quilômetros, mas conseguia falar do mundo como poucos viajantes internacionais poderiam fazer.

“Sweet Begônia” continua brincando com ska, com uma letra que fala sobre uma relação amorosa de forma tão adolescente, tão juvenil, que chega a mergulhar diretamente na mente conflitante do personagem. “Nada a Ver” tem, na realidade, tudo a ver: se trata de umas das composições mais formidáveis de Gessinger no primeiro álbum, discutindo a melancolia juvenil com impecável performance, em uma divertida letra, citando inclusive Yoko Ono e Duran Duran. A décima-primeira e penúltima música do álbum, “Crônica”, é uma crítica fantástica, inteligentíssima, pondo em dúvidas a evolução do mundo e do homem; é uma boa evidência da genialidade de Gessinger, que viria a aflorar de forma muito mais clara no segundo disco dos Engenheiros.

A última faixa é “Sopa de Letrinhas”, tendo um instrumental mais pesado, mas nem por isso menos simplório; o destaque fica, novamente, para a qualidade lírica acima da média, fazendo um jogo, uma brincadeira de palavras e significados, assim como a sopa de letrinhas faz com os símbolos do nosso alfabeto. No fim, acaba ficando claro que, neste álbum, nascia uma das mais interessantes bandas de sua época, e um dos mais talentosos compositores da nossa música. Os nomes Engenheiros do Hawaii e Humberto Gessinger, que em 1986 ainda eram novos, pouco conhecidos, pouco maduros, acabaram por crescer e se tornar lendas do rock nacional, sinônimos e marcas do sempre bem-vindo rock do Rio Grande do Sul.

“Longe Demais das Capitais” pode não ser um primor, e pode até ser instrumentalmente preguiçoso, sem muito inovar. Mas o principal do trabalho está nas suas palavras, na sua atitude, nas suas ideias. As letras, mesmo que ainda não totalmente maduras, se encontram em um estágio lírico invejável, de enorme qualidade, críticas e criativas, fugindo muito distante do lugar-comum.

Foi ótimo os Engenheiros do Hawaii terem surgido, dando um maior destaque ao rock gaúcho, servindo como uma ótima alternativa além das bandas de Brasília e do eixo Rio-São Paulo… Afinal, a música de qualidade, independente do lugar em que for feita, deve sempre estar ao alcance dos ouvintes de todas as estâncias. E, estando no campo ou na região metropolitana, no interior ou no centro da capital, Engenheiros é sempre uma audição inteligente, indo muito além do marasmo que permeia muitas das bandas de rock. Sempre, independente de quando ou onde, Gessinger nos prega interessantes peças, nos fazendo pensar um pouco mais sobre nossa vida e o mundo que nos rodeia."

(http://rpblogging.wordpress.com/2012/10/02/1986-longe-demais-das-capitais-engenheiros-do-hawaii/)


01. Toda Forma de Poder [03:14]

02. Segurança [03:18]

03. Eu Ligo Pra Você [03:36]

04. Nossas Vidas [03:05]

05. Fé Nenhuma [02:45]

06. Beijos Pra Torcida [01:46]

07. Todo Mundo É Uma Ilha [02:45]

08. Longe Demais Das Capitais [04:07]

09. Sweet Begônia [02:29]

10. Nada A Ver [03:18]

11. Crônica [02:45]

12. Sopa de Letrinhas (Gessinger/Pitz) [03:08]


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Original 1986.
Saindo por R$ 25

Janis Joplin - I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969)



Ao sair da banda Big Brother (final de 1968), Janis formou um grupo chamado Kozmic Blues Band, que a acompanhou no festival de Woodstock e gravou este álbum, premiado como disco de ouro... mas sem o mesmo brilho de Cheap Thrills - mas isso, em se tratando de Janis, é um elogio... basta ouvir "Kozmic Blues".

"Eu compus Kozmic Blues com K, é uma viagem muito desesperada para ser levada a sério, tem que ser como uma piada do Crumb, se não não dá para agüentar. Kozmic Blues quer dizer que não importa o que você faça, não vai ganhar a guerra." (Janis)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira de 1971.
Saindo por R$ 35,00


John Lee Hooker - This is Hip (1955-1964)



Foi um influente cantor e guitarrista de blues norte-americano, nascido no condado de Coahoma próximo a Clarksdale, Mississipi. Foi considerado o 35º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

A carreira de Hooker começou em 1948 quando ele alcançou sucesso com o compacto "Boogie Chillen", apresentando um estilo meio falado que tornaria-se sua marca registrada. Ritmicamente, sua música era bastante livre, uma característica que ele tinha em comum com os primeiros músicos de delta blues. Sua entonação vocal era menos associada à música de bar em relação aos outros cantores de blues. Seu estilo casual e falado errado seria diminuído com o advento do blues elétrico das bandas de Chicago mas, mesmo quando não estava tocando sozinho, Hooker mantinha as características primordiais de seu som.

Ele o fez, entretanto, levando adiante uma carreira solo, ainda mais popular devido ao surgimento de aficcionados por blues e música folk no começo dos anos 60 - ele inclusive passou a ser mais conhecido entre o público branco, e deu uma oportunidade ao iniciante Bob Dylan. Outro destaque de sua carreira aconteceu em 1989, quando se juntou à diversos astros convidados, incluindo Keith Richards e Carlos Santana, para a gravação de The Healer, que acabaria ganhando um Grammy.

Em 1994 Hooker passou por uma operação para a retirada de uma hérnia, o que acabou o afastando dos palcos por um tempo, depois das gravações de "Chill Out" (1995) parou de fazer shows regulares continuando apenas com aparições ocasionais.

Hooker gravou mais de 500 músicas e aproximadamente 100 álbuns, morreu de causas naturais enquanto dormia em 21 de junho de 2001 na sua casa em Los Altos, California. Foi casado e divorciado 4 vezes, teve oito filhos e era dono de um clube noturno em São Francisco chamado "Boom Boom Room", nome este inspirado em um de seus sucessos."

(wikipedia)

"JOHN LEE HOOKER This Is Hip (1980 UK 16-track vinyl compilation LP issued as part of the 'Charly R&B' series, featuring tracks originally recorded for the Vee Jay label between 1955 & 1964, including This Is Hip & House Rent Boogie which were both previously unissued. The sleeve shows minimal shelfwear & the vinyl is flawless CRB1004)." 

(http://eil.com/shop/moreinfo.asp?catalogid=281693)

1. Dimples
2. I Love You Honey
3. I'm In The Mood
4. Time Is Marching
5. Big Legs, Tight Skirt
6. Onions
7. Take Me As I Am
8. Boom Boom
9. This Is Hip
10. Boogie Chillun
11. Crawlin' King Snake
12. Blues Before Sunrise
13. Will The Circle Be Unbroken
14. House Rent Boogie
15. It Serves Me Right To Suffer
16. Bottle Up And Go

Disco em excelente estado.
Capa em ótimo estado (com leve "amarelecimento" nas bordas).
Edição Brasileira - Selo Rarity.
Saindo por R$ 50


Iron Maiden - Piece of Mind (83)



"Em 16 de maio de 1983 o adorável mascote do IRON MAIDEN, Eddie, perdeu sua cabeça (além de sua cabeleira grisalha) e os fãs de Heavy Metal em todo planeta perderam as deles por causa de um dos mais queridos álbuns de metal de todos os tempos, "Piece of Mind".

Na verdade, para muitos fãs do MAIDEN, o quarto disco de estúdio da banda continua a ser o favorito. Para os membros do IRON MAIDEN, "Piece of Mind" foi um álbum crucial, que foi muito bem recebido assim como seu predecessor "The Number of The Beast".

Como de costume, foi o líder e baixista da banda, Steve Harris, que liderou a veia criativa por trás de "Piece of Mind". Ele elaborou sozinho a faixa de abertura "Where Eagles Dare", o épico encerramento "To Tame a Land" e a implacável e galopante faixa central "The Trooper", além da relativamente modesta "Quest For Fire".

Felizmente, Harris também contou com as constantes ajudas do guitarrista Adrian Smith e do vocalista Bruce Dickinson - que havia se juntado à banda um pouco tarde demais para adicionar suas idéias ao álbum "The Number of The Beast". Smith e Dickinson escreveram "Flight of Icarus", single de "Piece of Mind" e "Sun and Steel" e ambos colaboraram com Harris em "Die With Your Boots On". Bruce também mostrou do que era capaz na multi-facetada "Revelations". Dave Murray, guitarrista da banda, co-escreveu a interessante "Still Life" com Harris.

Finalmente, "Piece of Mind" marcou a chegada do baterista Nicko McBrain, que não só preencheu o posto do saudoso e amado Clive Burr (RIP) com uma boa proficiência técnica (no lugar do feeling clássico de Burr), mas também fez isso sem sacrificar seu pessoal e praticamente único som de bateria de jazz, que vários críticos da época diziam "não ser forte o suficiente" para o metal.

Na verdade, ninguém poderia saber na época que o IRON MAIDEN tinha finalmente garantido sua formação clássica (incluindo a equipe de apoio dos managers Rod Smallwood e Andy Taylor, o extraordinário produtor Martin Birch e até mesmo o ilustrador Derek Riggs, entre outros) que permaneceria inalterada pelos próximos cinco anos."

(Resenha - Piece of Mind - Iron Maidenhttp://whiplash.net/materias/cds/179714-ironmaiden.html#ixzz2VHwzmfrP)

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira de 1985.
Saindo por R$ 40,00

David Gilmour (1978)



"Quando ainda era um garoto, em 1963 em meio a explosão da Beatlemania, David formou sua primeira banda que segundo ele “Era uma bandinha horrível!!, mas que tinha o mérito de abrir um concerto para Paul Simon em inicio de carreira !!”. O nome da banda era Joker's Wild e chegaram a gravar um mini-lp que na época vendeu apenas 50 cópias. Na verdade foram compradas por amigos e parentes. A banda tinha além de David na Guitarra, Rick Wills no Baixo, John Willie Wilson na Bateria e David Altham nos vocais e se apresentou em vários lugares sem expectativa alguma de obter sucesso comercial. Com a saída do vocalista D. Althan em 67, eles se tornam um trio, com David assumindo os vocais e agora passam a se chamar Bullitt, até que um dia, começo de 68, um amigo de David o convida a integrar sua banda e assim, os Bullitt se separam em definitivo.O amigo em questão era Syd Barret líder do Pink Floyd.

Mas você deve se perguntar, para que biografar o inicio de carreira de Gilmour se o assunto aqui é o seu disco de estréia solo. Ora, simplesmente por que o seu disco de estréia de 1978 foi gravado nada mais nada menos pelos proprios Bullitt !! Sim ! David reuniu os velhos companheiros de vacas magras para gravar seu disco, e assim, pode matar a saudade dos companheiros que a dez anos não tocavam juntos. 

Sobre o desmanche dos Bullitt em 67, o baixista Rick Wills e o batera John Willie Wilson, montariam a banda Cochise em 69, uma banda que tocava na onda do Creedence, e que chegou a obter um relativo sucesso na época, lançando alguns bons discos, hoje clássicos. Rick ainda tocaria com Peter Frampton e integraria duas grandes bandas, o Roxy Music e Small faces. E ainda, depois de colaborar com David, integraria a formação do Foreigner e Bad Company.

A arte gráfica do disco mostra como Gilmour estava unido com seus companheiros naquele momento. O trio esta na capa com um destaque obviamente para David, e na capa interna do disco ha varias fotos em momentos de descontração e ainda uma foto de David da Época dos Joker´s Wild.

O Disco abre com Mihalis canção instrumental com aquela base de Stratocaster com timbre limpo e suave. Começa a melhorar quando sai das bases repetitivas e começa os solos improvisados de David sempre encaixando notas de bom gosto absurdo. A cozinha baixo e batera é competente, mas faz um serviço modesto. Gilmour usa e abusa do reverb.There's No Way Out of Here é um dos melhores momentos do album, pois a guitarra está mais tensa e contrasta com os vocais suaves de David. Bom trabalho de backing-vocals.

Cry from the Street, tem guitarras distorcidas e teclados climáticos , com nuances e mudanças contantes de cadencia. É algo mais para o rock, mas que caberia bem num disco do Floyd.

So Far Away é uma balada linda que depois de ouvi-la duas vezes seguidas, é capaz dela ela não sair da cabeça. Um ótimo arranjo e interpretação como poucas dentro do repertorio de David. Tem guitarras dobradas exatamente como tem no Animals do Pink Floyd.

Short and Sweet, começa impressionando com uma guitarra distorcida, em uma serie de pausas. Raise My Rent inicia com uma base dedilhada com teclados para David voar com seus solos que inclusive é muito semelhante a alguns temas do The Wall. É um deleite para quem é fã da guitarra do chamado por muito como “O rei da guitarra melódica”

No Way, parece ter alguma intenção country, percebe-se que a guitarra é quem acaba roubando mesmo a cena. Lembra muito coisas do Jeff Beck, mas com o pé no freio obviamente. 

It's Deafinitely, outra faixa mais roqueira, começa com um sintetizador misturando mini-moogs em uma parede sonora com a base de Gilmour. Depois entra David fazendo o que sabe fazer melhor que é criar suas belas frases pentatonicos mas com com a diferença desta faixa ser mais experimental do que as demais.

I Can't Breathe Anymore, encerra o disco em um riff pesado de guitarra distorcida. É curioso, mas apesar da sonoridade não ter nada de parecido, ela lembra um pouco o jeito de compor de Syd Barret em seus discos solos, seguindo a linha te tema sem refrão e mudança drástica de andamento.

Este disco foi muito injustiçado pela comparação inevitável e sem o menor sentido com o Pink Floyd. É um disco com toques que lembra muito de fato a banda, mas colocá-lo no mesmo peso que um disco da banda é desnecessário, já que as informações aqui são outras."

(http://botecodosbloggers.blogspot.com.br/2009/12/david-gilmour-david-gilmour-1978.html)

1.Mihalis - 5:46
2.There's No Way Out of Here - 5:08
3.Cry from the Street - 5:13
4.So Far Away - 6:05
5.Short and Sweet - 5:30
6.Raise My Rent - 5:33
7.No Way - 5:32
8.It's Deafinitely - 4:37
9.I Can't Breathe Anymore - 3:05 

Disco em excelente estado. Capa (dupla) em ótimo estado com pequeno rasgo na contracapa.
Importado Holland, Original 1978.
Saindo por R$ 40


Motorhead - Another Perfect Day (1983)



"Com a saída do guitarrista original, Fast Eddie Clarke, Lemmy e Philthy Animal Taylor viram-se obrigados a rapidamente encontrar um substituto à altura, para “não deixar a bola cair”. A escolha recaiu sobre um nome conhecido do cenário britânico, embora muitos a tenham estranhado pela diferença de estilos: era o escocês Brian Robertson, um dos guitarristas do Thin Lizzy.

Fast Eddie Clarke saiu da banda para formar com o baixista Pete Way, então egresso do UFO, o novo grupo Fastway. Em paralelo, nascia um novo Motorhead, mais melódico e, por que não dizer, mais comercial. Ou pelo menos mais aceito por fãs de música de fora do seu gueto tradicional. Isso se mostrou uma idéia ousada e brilhante tanto do ponto de vista musical quanto mercadológico, como os anos seguintes mostrariam.

Musicalmente o que ocorreu foi de fato uma transformação grande, mas que evitou por outro lado que o grupo entrasse pelo caminho da mesmice, que era o que se desenhava à sua frente. Robertson acrescentou grandes doses de melodia e harmonia ao grupo, que passou a soar como uma versão mais sofisticada de si mesmo. O peso e a energia visceral ainda estão lá, porém agora com uma riqueza nunca antes vista. Este é certamente um disco polêmico, que dividiu os que preferiam a maior crueza dos trabalhos anteriores, e os que gostaram das mudanças (que foi o meu caso).

Logo aos primeiros acordes de “Back At The Funny Farm”, mesmo um desavisado notaria que algo de esquisito havia ocorrido. Em paralelo ao tradicional baixo destorcido tocado com palheta, de Lemmy, estava uma guitarra mais preocupada em preencher espaços do que em brigar por eles. Brian Robertson não somente acrescentou um toque de classe ao grupo, como adequou o seu estilo de forma convincente ao Motorhead. A segunda faixa, a ótima “Shine”, virou single e videoclipe que passou bastante nos primeiros programas do gênero a pintarem por aqui (antes mesmo da chegada da MTV ao Brasil). É possível notar-se mudanças também no estilo de tocar bateria de Clarke, que passou a utilizar-se de sutilezas, digamos assim, antes desnecessárias. Ventos refrescantes de uma nova era, e algo que persistiria e de certa forma até se desenvolveria nos próximos álbuns.

É interessante perceber como novos estilos de composição abriram-se ao grupo, como fica claro em músicas como “One Track Mind” e a faixa-título (esta no início poderia ser até confundida com uma música do Whitesnake ou similar!), que contavam ainda com inspirados solos de guitarra. Para quem acha que Lemmy poderia estar meio deslocado nesse novo cenário, isso não foi de forma alguma verdade, e na realidade representou exatamente o que ele estava buscando naquele momento, ou seja, aproveitar a saída de um membro-chave para fazer as necessárias alterações de rumo, e progredir.

Dignas de destaque são também as músicas “Dancing On Your Grave”, que Lemmy costumava dedicar em shows aos críticos de revistas que picharam o disco por achá-lo descaracterizado em relação ao estilo anterior da banda; “Rock It” e “I Got Mine”, ambas com criativas partes de guitarra e melodias cativantes, trafegando por mares nunca antes navegados pela banda.

Uma pena que esta formação tenha gerado apenas este disco. Mesmo assim, ele se transformou em mais um álbum indispensável a qualquer discoteca de peso (no caso, literalmente)."

(Fonte: Resenha - Another Perfect Day (2-Disc Deluxe Expanded Edition) - Motorhead http://whiplash.net/materias/cds/040424-motorhead.html#ixzz35xzdR9NM)

Tracklist:

1. Back At The Funny Farm
2. Shine
3. Dancing On Your Grave
4. Rock It
5. One Track Mind
6. Another Perfect Day
7. Marching Off To War
8. I Got Mine
9 Tales Of Glory
10. Die You Bastard!


Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira de 1983.
Saindo por R$ 50,00